sexta-feira, 11 de maio de 2012

Recordar é Viver: Vicentinho jogou no Garça


Por Wanderley 'Tico' Cassolla 
Nesta semana fomos questionado numa roda esportiva se é verdade que o ex-jogador Vicentinho jogou mesmo no Garça. Tudo por causa da “nota” que saiu na edição de sábado passado da Comarca. É que o Antonio Augusto, diretor do jornal, encontrou-se recentemente com o Edu Américo, ex-ponta-esquerda do Santos, que num bate-papo confirmou que seu irmão, Vicentinho, teve uma passagem pelo Garça.
O que se confirma plenamente. Verificando nosso arquivo fotográfico, encontramos uma das formações do Garça Esporte Clube, do final da  década de 50, com o Vicente Américo posando no ataque garcense. Em pé da esquerda para direita:  Agamenon, Aldo, Adilson, Xisto, Altamiro Gomes e Dadico; Agachados: Haroldo, Vicentinho, China, Cecí e Plínio Dias. Naquela temporada também defenderam a equipe, o Sabiru, Moscatel, Tantos, Paulista, Luizinho, Carlinhos e Ricci. O presidente era Danilo Fagá e o vice, Jaime Nogueira Miranda. O Garça era popularmente conhecido nos meios esportivos “como o representante do maior centro exportador de café”, produzindo o então “ouro verde” para o mundo todo.
De acordo com o corintiano Tonhô “o Vicentinho era um habilidoso meio-campista, dotado de muita técnica, tal qual o irmão Edu, só que não teve a mesma sorte que ele no futebol. Sua passagem pelo Garça foi somente por um ano”.
Além do Garça, Vicentinho defendeu o Guarani e a Portuguesa Santista nos anos 60, quando atravessou ótima forma, se consagrando como um bom artilheiro e quase foi para o Corinthians no ano de 1967. Faleceu em Jaú, sua terra natal, no dia 22 de maio de 1993.
Agora da família Américo, quem fez sucesso (e ainda faz) no futebol é o Jonas Eduardo Américo, o ex-ponteiro esquerdo Edu, que teve uma trajetória vitoriosa no Santos de Pele. Edu estreou no time profissional do “Peixe” com apenas 15 anos de idade, contra o Botafogo, em pleno Maracanã. 
No ano seguinte, com 16 anos, envergou a camisa da seleção brasileira durante um amistoso, e foi convocado para a Copa de 1966, na Inglaterra. Depois foi titular nas eliminatórias da Copa de 1970, e com 20 anos se sagrou campeão do mundo no México.
Ainda integrou a seleção brasileira na Copa de 1974 na Alemanha. Defendeu o Santos entre os anos de 1966 à 1978, jogando 584 partidas e marcando 183 gols. Na temporada de 1972 conseguiu uma façanha, ao disputar 90 dos 92 jogos do Santos. Para se ter uma idéia destes números, o craque Neymar, do Santos foi o atleta que mais entrou em campo no Brasil no ano passado, com um total de 61 partidas. Edu é considerado por muitos torcedores, ao lado de Pepe, como o melhor ponta-esquerda da história do futebol, o eterno camisa 11 do Peixe é o sétimo maior artilheiro da história do alvinegro, ficando atrás de Pelé, Pepe, Coutinho, Toninho Guerreiro, Feitiço e Dorval.  Edu ainda foi campeão paulista pelo Corinthians no ano de 1977, quando o “Timão” corria desesperadamente atrás de um título. Na equipe alvinegra foram 39 jogos e quatro gols. Na maioria das vezes era suplente do Romeu Cambalhota.





Fonte: Recordar é Viver - Jornal Comarca de Garça