terça-feira, 15 de abril de 2014

Destaque Esportivo: um toque de bola refinado, uma visão de jogo incomparável


Juarez Antonio dos Santos, o Tiguinha

Ele começou a se destacar no futebol amador garcense no início dos anos 70, como um meio-campista que chamava a atenção por sua técnica e categoria com a bola nos pés. Defendeu grandes times à época e, passadas mais de quatro décadas, segue em atividade, no futebol suíço máster. Você vai conhecer um pouco mais de Juarez Antonio dos Santos, o Tiguinha, o nosso Destaque Esportivo da semana.
Na década, considerada por muitos, como uma das mais promissoras do futebol amador garcense, onde surgiam verdadeiros craques de bola, apareceu um meio-campista de toque de bola refinado, de visão de jogo que chamava a atenção de todos, de passes certeiros e seguidas assistências – `tapas´ na bola que resultavam em gols dos companheiros.
Juarez Antonio dos Santos logo se transformou no `Tiguinha´, que jogou pelo Garcinha, Serenata, Frigus e Salec, entre tantos times grandes de nossa várzea. Um atleta que sabia antever a jogada, que, antes da bola chegar aos seus pés, já havia feito a leitura do que aconteceria lá na frente. Uma característica que lhe diferenciava dos demais.
Esteve nos gramados por vários anos, enchendo os olhos de quem teve o privilégio de lhe acompanhar nos gramados de nossa cidade. Sempre com a sua habilidade em orquestrar jogadas ofensivas e desmoronar sistemas defensivos que sentiam grande dificuldade em conseguir conter aquele meia cerebral, que sempre conseguia `tirar coelhos da cartola´.
Esse foi o Tiguinha, que deixou uma grande e positiva marca em sua atuação destacada pelos campos planaltinos.



Olha o nosso `Destaque´ defendendo o Garcinha, no início dos anos 70, no extinto Rebelão (1º em pé)


Tiguinha passou pelo Serenata, em 1973 (4º agachado)


Um flagrante que já tem 40 anos: no torneio Início com o Frigus, em 1974 (último agachado)


Defendendo o Salec no Regional, início dos anos 80 (4º em pé)

Técnica apurada causou `puxão de orelha´ no próprio irmão
Tiguinha é irmão de João Bosco dos Santos, que também jogou na várzea garcense, mas que encerrou a sua carreira cedo, após defender o Internacional e o campeão Induscômio.
Bosco foi um viril defensor, conhecido pelo seu porte físico e pelo respeito que impunha. Quis o destino que num belo domingo, no Platzeck, os irmãos se encontrassem, mas em lados opostos.
Em lance ofensivo, sobrou na lateral, uma bola dividida entre os `Santos´. Resultado: sem pestanejar, Bosco, com a sua tradicional vontade, nem quis saber se o Tiguinha era o seu irmão ou não, jogando-o lá na pista de atletismo. Para ele um lance absolutamente normal.
Porém, chegando em sua casa, o zagueiro tomou um grande ´puxão de orelha´, do `seo´ Antonio Alfredo, saudoso patriarca da família, que não titubeou em criticar a forma como o filho mais velho agiu com o habilidoso mais novo. “Se você não tem técnica, deixa o menino jogar, pô!”, teria dito, reprovando a atitude do então zagueiro. Uma passagem que ambos nunca se esquecem.



João Bosco: `puxão de orelha´ do `seo´ Alfredo após jogar o irmão na pista de atletismo

Ainda hoje atua no futebol suíço máster
Passado tanto tempo de sua estreia na várzea garcense, logicamente em ritmo mais lento, Tiguinha segue jogando futebol. Ele está inscrito pelo Rebelo, no futebol suíço máster.
Porém, não está atuando, pois se contundiu recentemente, devendo retornar após a recuperação. Ele sempre tem marcado presença nas competições municipais, inclusive tendo defendido o Guanabara e a Cotrag em edições anteriores da modalidade.



Tiguinha (último em pé), em sua passagem pelo Guanabara, no suíço master


Acompanhando a decisão do último municipal de futebol suíço, ao lado do Miltinho Palmeirense