Num cenário de
`terra arrasada´, após a humilhante e vexatória derrota para a Alemanha nas
semifinais, 7 x 1, o Brasil voltará a campo amanhã, 17 horas, em Brasília, na
decisão do terceiro lugar da Copa do Mundo. Vai enfrentar a Holanda, que
anteontem perdeu nas penalidades para a Argentina (0 x 0, no tempo normal; 4 x
2, nas penalidades máximas. A seleção volta a decidir o bronze após 36 anos, pois
a última vez que isso ocorreu, foi em 1978, quando derrotou a Itália, na
Argentina. Por sua vez, a Holanda decidiu o terceiro lugar em 1998, sendo
derrotada pela Croácia. Um jogo que não atrai a motivação de nenhum jogador
envolvido nele. Simplesmente melancólico.
Luiz Felipe
Scolari, de salvador da pátria a culpado pelo maior vexame da historia do
futebol brasileiro. Desde que a seleção foi atropelada pela Alemanha, o
treinador tem sido duramente criticado. De todos os lados. Dentro da própria
seleção, atletas estariam descontentes, desde o episódio em que ele se
encontrou com meia dúzia de jornalistas para pedir conselhos antes da
semifinal. Para alguns, o fato de se reunir com quem não é `boleiro´, mostrou
bem como ele estava perdido à frente do time. As críticas aumentaram de forma
tão violenta que, o homem que foi chamado de `pai´ da família Scolari em 2002,
agora é citado como `avô´, pelo fato de estar totalmente superado e não ter
conseguido acompanhar a evolução tática da modalidade.
O jogo de amanhã,
valendo o terceiro lugar do Mundial, será o último de Felipão à frente do
comando da seleção brasileira. Tomara que também seja o último de Carlos
Alberto Parreira, figura constante na CBF desde a Copa de 70. O nome de Tite
aparece muito forte, como o natural sucessor do gaúcho. Alexandre Gallo ficaria
responsável pela seleção olímpica, que começaria a preparação para 2016. A CBF
já tem a sua programação definida para o 2º semestre, com a seleção entrando em
campo no dia 5 de setembro, em Miami, ante à Colômbia. Depois terá o
Superclássico das Américas contra a Argentina, em Pequim e mais um amistoso, em
Istambul, contra a Turquia, nos dias 11 de outubro e 12 de novembro.
Difícil
acreditar, mas oito pessoas pelo mundo acertaram o inusitado placar de 7 x 1,
em que a Alemanha humilhou o Brasil, pelas semifinais da Copa. Um cidadão na
Europa pegou 20 dólares (R$ 44) e apostou no resultado em questão. E ainda
acrescentou que um dos gols seria anotado por Sami Khedira, um exímio volante
de contenção! Foi o que bastou para faturar algo em torno de R$ 102 mil. Na
Inglaterra, uma casa de apostas recebeu quatro palpites vencedores, sendo que o
maior deles no valor de U$ 8. Este recebeu U$ 4.277 como prêmio pelo
inacreditável acerto.
Ele
esteve no Mineirão, torcendo pelo Brasil diante da Alemanha. Deu no que deu.
Estamos falando de Mick Jagger, que demonstrou mais uma vez ter os pés oriundos
de um iceberg. Foi a primeira partida em que acompanhou no Mundial, porém,
anteriormente, havia declarado apoio à Itália e Inglaterra. E todos sabem o que
aconteceu. Só para ilustrar: em 2010, na África do Sul, Jagger também estava
torcendo pela seleção, na derrota que selou a eliminação frente à Holanda, 2 x
1.
Caso
venha se classificar para o Mundial da Rússia, daqui a 4 anos, o Brasil deverá
cumprir uma campanha pífia. Ocorre que Pelé fez uma previsão: o Brasil será
hexa na próxima edição da Copa do Mundo. Ela foi divulgada, via Twitter, após a
brutal humilhação sofrida pelo Brasil nas semifinais. O `Rei do Futebol´ ainda frisou:
“Eu sempre disse que o futebol é uma `caixinha de surpresas´!”.
Alemanha
x Argentina, pela terceira vez na história, decidirão a Copa do Mundo. Nas duas
anteriores, uma vitória para cada lado: `los hermanos´, com Maradona em campo,
venceram no México/86, 3 x 2, e perderam quatro anos depois, na Itália, 1 x 0,
com o tento que selou a vitória sendo marcado através de uma penalidade máxima
totalmente inexistente. Aliás, os dois países são aqueles que mais vezes se
enfrentaram numa decisão de Mundial.
A
Argentina não sofre gols há 373 minutos, enquanto a Alemanha, quando encaixa o
seu verdadeiro futebol, é capaz de estraçalhar qualquer um, como aconteceu
contra o Brasil. Os germânicos terão, obviamente, a simpatia dos brasileiros,
mas numa decisão, pode se esperar tudo da Argentina, inclusive de Lionel Messi.
A Alemanha soma três títulos mundiais (1954/74/90), enquanto os argentinos
comemoraram em 1978/86. O jogo, com transmissão para o todo o planeta, será no
Maracanã, 16 horas, no domingo.
Fonte: Jornal Comarca de Garça