É a justiça com as próprias mãos, no
entanto, não mais vivemos em terras de Coronéis. Contudo existem
pessoas que tem certeza que vivemos numa!
Começo assim essa conversa com os nossos
milhares de seguidores, para fazer alguns esclarecimentos sobre Portaria
publicada nesta terça-feira (12) no jornal Comarca de Garça, página 10, onde,
com base no Artigo 175, Parágrafo V, fui demitido após Processo Administrativo
Disciplinar aberto pela atual Administração Municipal.
Passando por cima da Declaração Universal
dos Diretos Humanos, que considera sagrado o direito à vida e à liberdade de
expressão, e com base no Estatuto do Servidor Municipal, datado de 1991, pasmem, elaborado logo após a Constituição de 1988, os membros da Comissão que
julgaram o Processo, todos comissionados (indicados pelo Executivo e detentores
de cargo de confiança ) assim concluíram, creio, por seus juízos e que ousamos discordar.
Esquecendo do pai de família, da labuta de
todos os dias, do sustento tirado ao final de cada mês, dos seres humanos que
dependem da renda para viverem com dignidade, execraram um funcionário
estatutário por "Incontinência Pública" e "Atitude
Escandalosa". Esses foram os termos utilizados para justificar esse
absurdo ocorrido, que na verdade são sinônimos claros, e todos sabem
disso, de uma potencial perseguição política, de desrespeito à liberdade
de expressão, de retaliação, enfim, de uma série de atrocidades, típicas de um
período de trevas, que pensávamos não existir mais.
Um funcionário que nunca faltou um dia
sequer em sua trajetória no serviço público. Um professor, elogiado por seu
profissionalismo, assiduidade e pontualidade pela direção e coordenação da
escola onde vinha atuando desde janeiro de 2013. Uma pessoa de grande
contribuição ao esporte e com uma vida proba e honesta, reconhecida por quem o
verdadeiramente conhece.
Inconformados com a atuação do jornalista
Marco Antonio Morais - esqueçam o professor agora -, aquele que não tem rabo
preso com ninguém e que mostrou fatos relevantes sobre o declínio esportivo de
nossa querida cidade, além de muitas mazelas e absurdos ocorridos nos últimos
tempos, procuraram usar a máquina pública para puni-lo. Para cerceá-lo. Para
intimidá-lo. Para impedi-lo de continuar publicando a verdade. Para calá-lo,
simplesmente desprezando o direito sagrado da liberdade de expressão. De
quebra, evidenciaram o desejo de destruir uma família, de desprovê-la dos mais
essenciais itens de subsistência, a partir do mais baixo dos atos: a potencial
perseguição política.
Porém, todas as providências estão sendo
tomadas. Confiamos, eu e o meu defensor, na Justiça. Provaremos a grande
injustiça e o verdadeiro`justiçamento´ ocorrido. Mostraremos que Garça não tem
dono, não é uma terra de Coronéis. Que aqui a Justiça deve predominar e
imperar.
Um lugar onde possamos viver felizes,
desempenhando as nossas funções profissionais e criando os nossos filhos,
valorizando os nossos familiares e amigos. Sem perseguição, retaliação ou
ódio. Uma cidade feliz. Uma feliz cidade.
Para finalizar, gostaria de agradecer o
grande apoio que tenho recebido. Até me surpreendeu a intensidade dos mesmos,
sempre seguidos de alguns substantivos como “absurdo”, “ inacreditável”,
“força”, “acredite”, “vergonha”, entre tantos outros.
Muito obrigado.