O simpática e sorridente Viola, no auge de seus 77 anos |
Ele
foi o maior goleador do futebol amador nas décadas de 50 e 60. Com sua incrível
facilidade em estufar as redes adversárias, escreveu o seu nome na história.
Começou cedo, aos 13 anos, e encerrou a sua trajetória brilhante, aos 51 anos.
Estamos falando de Jaci Vieira, ou simplesmente Viola, um artilheiro que nunca
será esquecido. Ele é o nosso `Destaque Esportivo´ da semana.
Exímio
goleador, Viola é natural de Santa Terezinha, onde nasceu há 77 anos. Seu
primeiro time foi a fda. Santa Esméria, onde logo começou a chamar a atenção
pela quantidade de gols marcados. Veloz e preciso, raramente deixava um
confronto sem vencer o goleiro adversário.
Foi
o bastante para logo envergar a camisa nove de Santa Terezinha nos campeonatos
regionais, isso, com apenas 17 anos. Num amistoso que serviu para preliminar de
Garça x América-RP, em 1958, no antigo campo de vila Willians, marcou dois
belos gols, um deles, quase do meio de campo, com a bola entrando no ângulo.
Foi a senha para que fosse imediatamente convidado pelo conhecido dirigente da
época, Tarorinha, que o convidou para atuar no Bar Antárctica. Com Viola sendo
o artilheiro máximo do certame municipal, com 12 gols, aquela inesquecível
agremiação tornou-se campeã amadora de 1959.
Depois
do Bar Antarctica, defendeu outras equipes bem conhecidas ao longo dos anos,
como Supergaz, Bangu, Barol, Serenata e São José dos Bonini, entre outros.
Presume
que foi artilheiro do futebol amador ao menos em meia dúzia de certames. Deixou
muita saudade, ainda mais pela certeza que outro centroavante igual, nunca mais
surgirá.
Um flagrante do Bar Antarctica, com Viola segurando a bola do jogo, há 55 anos |
O terceiro agachado, no torneio Início de 1973, jogando pelo Fluminense |
Com o Serenata, temporada/71, o antepenúltima agachado, numa formação clássico de um dos maiores times de todos os tempos |
Como atleta profissional, defendeu
duas equipes
Em
alta pelo fato de ter se tornado uma referência em termos de artilharia, Viola
teve a oportunidade de se tornar profissional da bola. Jogou no Garça FC (2ª
divisão) e também no Municipal de Vera Cruz (3ª divisão), numa época onde
enfrentou beques duros e por vezes, desleais
Saudosista,
não se esquece de grandes nomes que teve ao seu lado num campo de futebol,
entre eles: Hélder Bosquê, Erônides, Edgar Souza, Plínio Dias, Rici e Morozine,
a quem julga um atleta que `sabia tudo de bola´.
Regionalmente,
também defendeu o Gália Esporte Clube, sempre anotando belos gols.
Viola (D), numa foto do início dos anos 60 |
Artilheiro encerrou a carreira em
1988
Exatamente
há 26 anos, os campos garcenses deixaram de contar com o futebol de Viola. Ele
parou de atuar aos 51 anos, jogando no futebol suíço, nos tempos do `terrão´.
Jogou
por várias equipes, mas reserva um carinho todo especial ao Dinos, sua última
agremiação. Aos 77 anos, Viola hoje não acompanha mais as competições que
acontecem na cidade. Durante anos teve um estabelecimento comercial, porém,
agora, desfruta de merecida aposentadoria. Sempre bem humorado, Viola pode ser
visto em alguns passeios por vila Rebelo, com a sua moto. Foi num desses que o
`Comarca´ o encontrou e teve o privilégio de lhe entrevistar, em momentos bem
agradáveis.
Ao lado de Walmir Marini, que não cansa de elogiar o ex-centroavante |
Juntamente com o amigo de grandes jornadas, Carlão Cabeça |
Feliz, com a homenagem recebida no master garcense de 2009, quando nominou o troféu de artilheiro |