Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Mais uma perda no esporte garcense. A cidade sofreu um
duro golpe com o falecimento do Jaime de Matos, o conhecido Jaiminho, na última
semana. Garça perdeu um grande esportista, daqueles à moda antiga, que
vivenciava “o mundo da bola” 24 horas por dia. Ultimamente o “professor
Jaiminho” ensinava jovens valores a prática
salutar do esporte. Radicado no bairro Cavalcante deixa uma lacuna que
dificilmente será preenchida.
Tive os primeiros contatos com o Jaiminho no inicio
dos anos 70, quando comecei a jogar bola na varzeano, envergando a jaqueta 9 do
Clube Atlético Ipiranga. Enfrentei o Jaiminho em várias oportunidades, quando
ele jogava pelo Vasquinho e no
Cavalcante. Seus companheiros de clube eram o Carlito Bernardes, Amaral goleiro,
Maurão Socó, Ari Pessoa, Paixão, Airtão, do diretor Batatinha e tantos outros. Era
um becão versátil, firme na marcação, chegava firme e tinha bom senso na antecipação.
Só que sua carreira de atleta foi curta, passou logo para diretor e técnico. E
se revelou um grande dirigente. Desde aquela época sempre tive conhecimento do
Jaiminho no esporte, ora colaborando com a SEJEL na montagem de times
masculinos e femininos, ora engajado na excelente equipe de futsal do RCG
(fotos).
Mas para falar melhor o que representou o Jaiminho
para o esporte garcense, reproduzimos a seguir o “post” do Manoel Mascarenhas,
ex-secretário municipal de Esportes: “Hoje, sem dúvida nenhuma, o bairro Cavalcante,
comumente chamado, amanheceu entristecido, perdemos o nosso querido Jaiminho ou `seo´ Jaime, como alguns o chamava. Vítima de uma doença incurável que o
incomodava há muitos anos, hoje veio a
perder a batalha. Sempre amigo, prestativo e competente, lutou, lutou e nunca
reclamou, trabalhou muitos anos como voluntário no esporte que era a coisa que
ele mais gostava, até que um dia recrutado pelo diretor da RCG/Futsal, Raimundo
Castro, veio a fazer parte da equipe da RCG, muito
querido por todos os atletas, mais com ele não tinha nada disso, ajudava tanto
no juvenil, como no principal, era uma espécie de coringa.
`Seo Jaime, você vai deixar muita saudade a rua São Benedito, Maria Izabel e outras adjacente, não serão mais a mesma, com sua partida, vai com Deus e de lá do céu, que com certeza você estará, ajude a cuidar de seus dependentes que não são poucos e sentirão muito a sua falta. Conhecia o Jaime há muito tempo, mais só depois de começar a trabalhar diretamente com ele é que fui conhecer as inúmeras virtudes de um esportista apaixonado, mesmo diante de uma doença tão grave, de nada reclamava e ainda ajudava a levantar o moral das equipes que ele compunha, ajudou-nos no futebol e no futsal, tanto no masculino, quanto no feminino, santista apaixonado, sempre procurou dar o máximo de si pela nobreza do esporte em geral”.