Por Wanderley `Tico´ Cassolla
A coluna homenageia
aquele personagem indispensável numa
disputa de futebol: o árbitro. O que seria de uma competição se não tivesse
este mediador, hein? Será que teríamos um final feliz? Com certeza não. Principalmente em se falando de futebol amador, onde o árbitro tem a difícil e
complicada missão de aplicar as 17 regras básicas. No papel tudo é bonito,
fácil de entender, o que é uma falta, lateral, pênalti, etc. Mas na prática a
coisa muda, e como muda. Aí entra em campo a interpretação do árbitro e a
paixão do torcedor.
“Ruim com eles, pior sem
eles”, sempre me dizia o conhecido Nelson Carvalho de Souza, ex-dirigente do
futebol amador e também comandante da antiga CCE – Comissão Central de
Esportes, atual SEJEL.
Polêmicas à parte,
recordamos grandes árbitros (juízes e bandeirinhas) que apitaram jogos no
varzeanos nas décadas de 70/80. Num flagrante, da esquerda para direita: João
Luiz Zancopé, Moisés Rodrigues Santana,
Antenor de Souza e José Roberto Ferrez Lopes, representante de jogos. O quarteto posou para
a posteridade no Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, momentos antes de mais
um prélio válido pelo certame citadino. Ao
fundo, onde hoje existe a arquibancada descoberta, vemos como era o placar que
mostrava o resultado dos jogos. A
esquerda havia um “buraco” onde eram mostrados os gols do Garça, a direita, o gol
dos adversários. O placar foi ofertado
pelo Óleo e Sabão Serenata, e nele havia aquela celebre frase direcionada aos
torcedores: “Palavrões nunca. Bons exemplos, aplausos sempre”.
No outro flagrante, o
árbitro João Luiz Zancopé (esq), que apitou o primeiro jogo noturno no
“Platzeck”, na memorável noite de 18 de agosto de 1978. A seu lado, está o Waldir
Perez, então goleiro do São Paulo FC., que se apresentou no jogo festivo. Ainda
aparece na foto o vereador Argemiro Beguine.
No outro flagrante, outro
trio de peso da arbitragem garcense, pronto para mais um peleja do Campeonato Amador: Ranulfo José da Silva, Moisés Rodrigues Santana e Cláudio “Tatinha”
Felício. O campo é o “Toyotão”, recém
inaugurado. Ao fundo ainda era só mato, e hoje tudo por lá mudou, com várias
construções. A cidade que terminava no campo, cresceu e muito naquela região.
O destaque fica para o
sempre polêmico Moisés Rodrigues Santana,
o árbitro dos grandes clássicos e decisões. Com excelente preparo
físico, apitava em cima do lance, correndo ao lado da bola. Apitou por muito
tempo, e ainda hoje já ultrapassando os 80 anos, se arrisca a “assoprar a
latinha” em jogos amistosos.