sexta-feira, 13 de março de 2015

Recordar é viver: "Béia Galvão, de atleta a presidente"












Por Wanderley `Tico´ Cassolla

A coluna procura sempre encontrar jogadores que outrora participou dos campeonatos varzeanos garcense. Alguns conseguiram mais destaques, foram campeões, outros nem tanto.  Na atualidade com o advento da internet e redes sociais nossa missão fica mais facilitada.  Mesmo assim alguns “somem do mapa” e desaparecem. E de vez em quando dão o ar da graça nossa cidade. Foi o que aconteceu com o José Roberto Galvão, o famoso “Béia”, que encontramos na semana passada,  juntamente com o Corinho, depois de muito tempo sem mandar notícias, calculo que uns 35 anos.

E o Béia Galvão foi parar longe. Desde o ano de 1993 está morando na longínqua cidade de Amapá, capital do Estado de Macapá. Depois de ser  campeão pelo Ipiranga, no ano de 76, acabou ingressando, por concurso, no Banco do Brasil onde fez carreira. Começou a trabalhar no Estado do Paraná, depois foi para o Norte e Nordeste, até alcançar a aposentadoria.

Um dos primeiros times que jogou foi no Internacional. Mas o grande feito do Béia Galvão, foi ser bi-campeão amador  nas temporadas de l972 e 73, jogando pelo ótimo time do Induscômio, comandado pelo corintiano Ednalvo Cardoso de Andrade.  Na época o Béia Galvão também era funcionário do Banco do Comércio e Indústria de São Paulo, que mantinha o time campeão. O Béia era um jogador polivalente e versátil. Gostava de atuar na meia direita e também na zaga, de lateral direito. Tendo uma boa forma física, sabia se posicionar em campo, e com a bola nos pés entrega a bola redondinha para os companheiros.   

Recordamos uma das formações do Induscômio, que posou para a posteridade no Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. Em pé da esquerda para direita: Fontes, Osni Goleiro, Corinho, Washington, Reinaldo Portelinha, Goiano e Paulão. Agachados: José Luiz Português, Sarará, Béia Galvão, Jonas Zago e Peba.


Depois da passagem pelo time bancário, Béia Galvão foi para o Clube Atlético Ipiranga e se fixou mais na lateral direita. Disputou quatro temporadas na equipe do presidente Paulo Renato Alves de Souza e do dirigente Nelson Carvalho de Souza. Ajudou o time ipiranguista a ganhar o primeiro titulo do campeonato amador, no ano de l976, dentro e fora do campo: era o lateral e o presidente.  Com esta importante conquista continuou na presidência no ano de 1977, até que por razões profissionais mudou de Garça. Veja uma das formações do Ipiranga. Em pé da esquerda para direita: Bertoza, Béia Galvão, Tim, Corinho, Robson e Berto Nico. Agachados: Gilvan, Toninho Marques,  Heitor “Tiarim”, Chico Ramalho e Sarará.

Na semana passada, o Béia Galvão reencontrou dois jogadores que foram responsáveis diretos pelos dois títulos do Induscomio. O ponta direita Claudiomiro da Silva Vicente, o Sarará, autor dos dois gols no Serenata, no ano de 72.  Na outra foto ao lado do beque central Laerte Moreno Carrenho, o “Corinho”, que na final do amador de 73, praticamente segurou todo o time do Serenata, além de ter marcado um gol de falta, lá do “meio da rua”. A bola bateu no travessão, nas costas do goleiro Osni e entrou. Um gol incrível que valeu o título.