sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Recordar é Viver: "Sempre é Carnaval!"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Novamente a coluna dá um tempo para a bola e entra no pique do carnaval. Muito embora carnaval que é bom, nada este ano para os garcenses. É o que sempre comentamos, carnaval só mesmo nas grandes cidades, nos grandes centros. Tal como o futebol profissional em cidades pequenas, o carnaval já faz parte do passado. 

E pensar que outrora os principais clube de Garça, com destaque para o Grêmio Teatral e o Tênis Clube, ficavam superlotados nas cinco noitee de folia. Sem falar no Clube do Garça, e também no famoso “Panelão”, onde aconteciam os bailes populares. Há!!! tinha também o carnaval de rua, com as escolas de samba desfilando perante um grande público pela rua Carlos Ferrari.

Hoje a maior festa brasileira está perdendo o seu brilho e glamour nas cidades interioranas. Raríssimas ainda vem mantendo a tradição. Na região somente em Gália teremos carnaval. Em Garça o Clube da Terceira Idade ainda se arrisca com o “Forróval”. Quem brincou, brincou, quem pulou, pulou, que não pulou, não pula mais. Para os mais saudosistas, que caíam numa folia, e vivenciaram os saudosos carnavais do passado, estas marchinhas jamais serão esquecidas: “Mamãe eu quero, Cabeleira do Zezé, Saca-Rolha, Turma do Funil, Transplante de Corinthiano, Marcha da Cueca, Me dá um dinheiro aí, Allah-la-o, as românticas Máscara Negra e Cidade Maravilhosa e tantas outras”. Marchinhas que marcaram os carnavais de norte a sul do Brasil. Para quem ainda aprecia a folia, só resta acompanhar pela TV. o carnaval de São Paulo e do Rio de Janeiro, além da Bahia e do Nordeste.

O folião Zé Luiz: Além de um ótimo ponta direita, ele foi um grande folião. Estamos falando do José Luiz dos Santos, mais conhecido por “Português”.  Não perdia uma noite sequer e ainda tinha folego para ir na passarela do samba, ou melhor, na rua Carlos Ferrari, desfilar pelo Grêmio Teatral Leopoldo Fróes. Veja nos flagrantes: na escola de samba do Grêmio, no carnaval de 1.978. No outro, ao lado do amigo e palmeirense Zé Fernandes, vestindo de palhaço, a alegria do circo e do carnaval. No último, como mestre salas, ao lado da porta bandeira Rita Guedes. Segundo o Zé Luiz, uma época que marcou sua juventude, que jamais será esquecida.  

Em se falando de futebol, o Zé Luiz “Português” foi bicampeão amador pelo Induscômio, nas temporadas de 1972/73. Segundo seu treinador, o professor Ednalvo Cardoso de Andrade, ele foi um dos melhores ponta direita com quem trabalhou. Era muito bom tecnicamente, além que do que, sabia como ninguém cruzar a bola na área para os companheiros finalizar. Tinha tudo para se tornar um profissional, pois futebol ele tinha de sobra.