sexta-feira, 22 de abril de 2016

Recordar é Viver: `O árbitro Cássio Zancopé, trabalho e paixão´









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Se muitos jogadores nascidos em Garça conseguiram sucessos na árdua carreira, o Cássio Luiz Zancopé bem que tentou ser um jogador. Mas não conseguiu. Como um esportista nato, partiu para outros campos, e se tornou árbitro de futebol. Dizem que “filho de peixe, peixinho é”. Pois bem, o Cássio Zancopé decidiu seguir os passos do pai, João Luiz Zancopé, um grande goleiro e ex-árbitro do nosso amadorismo.

Depois de frequentar o difícil curso em São Paulo, Cássio Zancopé foi aprovado e passou a ser árbitro na Federação Paulista de Futebol, desde o ano de 2.001. Hoje faz parte do grupo de elite, integrando a Categoria 1 (acima só tem a especial), e abaixo tem mais quatro categorias. Neste ano já apitou doze jogos oficiais, incluindo a Copa São Paulo de Juniores e Campeonato da Série A-2 e A-3 no profissional.  Veja a seguir o bate papo de Cássio Zancopé com a coluna:

01 – Qual o esporte que sempre gostou de praticar?
        R) Comecei no futebol, mas atualmente pratico ciclismo de estrada e voleibol  

02 - Times que jogou?
       R) lembro dos Fraldinhas da CCE (Comissão Central de Esportes) e do Guarani. Joguei ainda no time do Garça Tênis Clube, comandado pelo Ditinho Bola, hoje treinador de goleiros. 

03 - Quando decidiu que seria arbitro?
        R) Depois que o Professor Sérgio de Stefani me incentivou a ser árbitro no futebol amador da cidade, aprendi a gostar do ofício e em 2000 surgiu a oportunidade de fazer o curso da Escola de Árbitros Flávio Iazetti (FPF), tendo como diretor na época o Senhor Gustavo Caetano Rogério.

04 - Como foi fazer o curso arbitragem na Federação? Quantos anos durou?
       R) Foi uma experiência gratificante, pois se tem acesso ao que há de mais avançado no país, não somente em matéria de Regras e Regulamentos, mas também em preparação física e psicológica, instrutores altamente capacitados e acompanhamento profissional/social. 

05 - Que ano se formou, e que categoria de arbitro voce está na FPF
        R) foi em 2.001 e atualmente estou na categoria 1.

06 - Até que idade um árbitro pode apitar?
       R) 45 anos (atualmente o Cássio está com 40). 

07 - Pode chegar a ser um arbitro da CBF ou FIFA?
        R) Hoje pela minha idade e também disponibilidade de tempo não, pois a política de arbitragem hoje é pela renovação do quadro de árbitros. 

08 - E mais fácil apitar um jogo profissional ou no amador garcense?
       R) Com certeza profissional. 

09 - Já saiu alguma vez de "camburão" de um campo?
        R)  Não. Não tive esse privilégio ainda. 

10 - Qual o seu ídolo na arbitragem ou em que arbitro espelhou na carreira?
       R) Tenho grande exemplos de árbitros, partindo do meu saudoso pai. Trabalhei com a maioria dos "grandes" árbitros de São Paulo: Wilson Luiz Seneme, Oscar Roberto de Godoi, Paulo Cesar de Oliveira, etc). No contexto geral o Sálvio Fagundes Spinola Filho, atualmente comentarista de arbitragem de TV, foi o que tive mais identificação. 

11 - O que você acha da profissionalização dos árbitros?
       R) Já passou do momento do árbitro também ser um "profissional". Até pela exigência física existente hoje no futebol de alto nível; não podemos arbitrar uma partida de 22 atletas que que se preparam especificamente pra aquilo, sendo que somos obrigados a ter uma outra profissão no dia a dia, é um contrassenso. 

12 - Sua opinião do "ponto-eletrônico".
       R) Foi uma ferramenta que veio pra ficar. Muito dinâmica e eficaz. Melhorou muito desde a sua introdução como praticidade, peso e qualidade de som. A tendência é que ainda passe por inúmeras melhorias, até porque o avanço do futebol e suas exigências também não param.

Nos flagrantes o garotinho Cássio com o pai João Luiz Zancopé; na final do Campeonato Amador, ao lado do Eide e Xande: Apitando jogo do São Paulo, e mostrando o cartão vermelho para o jogador Ganso, do são Paulo.