sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Recordar é Viver: " Refletores do Platzeck, 38 anos da inauguração"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Há exatos 38 anos eram inaugurados os refletores do Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. Tudo aconteceu numa inesquecível noite de sexta-feira, no dia 18 de agosto de 1.978. Para abrilhantar o evento jogaram pela primeira vez sob luzes artificiais, o São Paulo Futebol Clube, que era o campeão brasileiro, que realizou um treinamento coletivo, contando com alguns reforços de jogadores de nossa cidade.

Esta semana conversamos com o palmeirense Ari Beguine, um dos responsáveis pela manutenção dos refletores durante anos, quando era funcionário da Companhia Paulista de Força e Luz. Segundo o Ari, a iluminação ficou uma das melhores dos campos da região. Diferente das torres da época, que utilizavam várias lâmpadas, a do campo do Garça tinha poucas e bem mais potentes. Os jogadores tinham total visão e parecia que “estavam jogando do dia”. Para o Ari foi uma grande realização profissional ter prestado serviços ao Garça, até porque ele sempre fui um fervoroso torcedor. E também porque pode rever o Waldir Perez, que praticamente viu nascer e crescer “nos fundos de minha casa”, onde moravam seus pais, o Sr. Edil e Dona Emília, meus vizinhos. Hoje vejo tudo aquilo lá numa escuridão só, e nem o glorioso “Azulão” tem mais. Uma pena, finalizou.

Voltando ao jogo inaugural, o prefeito Francisco de Assis Bosquê promoveu, digamos um “plebiscito”, através da Rádio Clube de Garça, para saber qual o time que seria escolhido para abrilhantar a festa. Era só ligar e pedir. Disparadamente o escolhido foi o Corinthians Paulista. Só que a apresentação do todo poderoso Timão era inviável, um dos primeiros motivos, era o financeiro. A escolha recaiu sobre o São Paulo. Tudo porque no domingo seguinte, o tricolor paulista enfrentaria o MAC, em Marília, pelo Campeonato Paulista - Divisão Especial. Além do mais, seria uma de forma de se homenagear o goleiro Waldir Peres, garcense de nascimento, e uma das principais atrações do São Paulo.

Não houve qualquer solenidade especial para assinalar a inauguração dos refletores. A apresentação do São Paulo, então campeão brasileiro, mesmo realizando um treinamento coletivo, levou cerca de 10 mil pessoas no campo.


Como aperitivo, na preliminar jogaram o Frigus x Seleção Varzeana. O pontapé inicial foi dado pelo Sr. Edil Peres, pai do Waldir Perez. O primeiro gol noturno foi marcado às 21h05, pelo atacante Milton, que quase sem ângulo, finalizou para as redes do Waldir Peres. Entretanto o gol mais comemorado foi do atacante Gaúcho, ex-atleta do CA Ipiranga, após receber passe do Rogerinho, outro atleta garcense, e tocar no canto, na saída do goleiro Toínho.


O técnico Rubens Minelli, escalou o São Paulo, da seguinte forma:  Equipe “A” – Toinho (Waldir Peres); Getúlio, Estevam, Bezerra e Antenor; Chicão, Neca e Viana; Edu Bala, Milton e Zé Sérgio; Equipe “B” – Waldir Perez (Toinho); Osmar, Tecão, Goiano (Plínio Dias) e Mário Valter; Teodoro, Muller e Peres; Rogerinho, Armando e Osmar Silvestre (Gaúcho). Gols: Milton 3 e Zé Sérgio para os titulares e Gaúchos para os suplentes. Arbitragem: João Luiz Zancopé, auxiliado por Carlos Roberto e Luiz “Sorocaba” Guerino; Renda: aproximadamente Cr$-110.000,00. Veja nos flagrantes, João Luiz Zancopé (pai do Cássio Zancopé), árbitro do jogo, ao lado do Waldir Peres e do vereador Argemiro Beguine. Numa vista área como era o “Platzeck”, quando da inauguração dos refletores.  Em foto recente, o ex-eletricista Ari Beguine (a esquerda), posando ao nosso lado, durante jogo no último domingo na sede do GRUP.