terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Coluna Bate Pronto (04/01)



O mercado continua agitado na primeira semana de 2017. O Palmeiras – deve renovar com a Crefisa e a Inter-ITA já liberou Felipe Melo - se aproxima do lateral-direito Samuel Xavier, do Sport, enquanto o Corinthians fechou com o atacante Kazim, ex-Coritiba. O São Paulo, que viu Michel Bastos acertar com o Verdão, ganhou Cícero, por dois anos, com o Fluminense ainda pagando 30% dos salários do meio-campista.

De Rodrigo Mattos, blogueiro do UOL: “Quando decidiram fazer seus estádios, Palmeiras e Corinthians adotaram modelos de negócios completamente diferentes. Houve uma longa discussão sobre quem teria a melhor fórmula Passados dois anos das arenas em funcionamento, o clube alviverde teve uma vantagem de cerca de R$ 150 milhões em renda sobre o rival, de acordo com levantamento do blog. No modelo escolhido, o Corinthians decidiu criar uma estrutura de empresas para financiar a construção de seu estádio com empréstimo do BNDES e incentivo fiscal. Depois, ainda usou dinheiro da Odebrecht. As rendas da arena seriam todas destinadas ao pagamento desta conta, o que tirava a renda do clube com bilheteria. Hoje, a perspectiva é de que se alongue o pagamento da dívida por pelo menos 20 anos.”

“Já o Palmeiras fechou uma parceria com a W/Torre pela qual cedida o estádio e o terreno por 30 anos. A construtora realizava toda arena e cedia as rendas de bilheteria para o clube, ficando com o direito de exploração para shows e outros eventos. Levantamento nas contas do fundo Arena Imobiliário e nas bilheterias do clube mostra que o estádio corintiano teve uma arrecadação em torno de pelo menos R$ 147,5 milhões em dois anos e meio de funcionamento. Pelas contas do fundo, foram R$ 119,3 milhões até o meio de 2016. As bilheterias corintianas somadas no segundo semestre foram de R$ 28,2 milhões.”

“No mesmo período, o Palmeiras deve registrar receita um pouco superior com o Allianz Parque. Em 2015, descreveu R$ 87,2 milhões em arrecadação com jogos em seu balanço. Não há um número total fechado para 2016 já que o balanço não se encerrou. Mas as receitas de bilheteria do ano foram de R$ 59,6 milhões. Ou seja, o total chega a pelo menos R$ 146,8 milhões. Esse número certamente será maior já que o Palmeiras tem direito a um percentual pequeno da renda de eventos e de naming rights. Feitas as contas, em dois anos com os estádios novos, o Palmeiras teve uma vantagem de cerca de R$ 150 milhões em seus cofres sobre o rival o que se reflete na situação financeira dos dois clubes. E pelo cenário atual isso deve perdurar.”

“Como deve prolongar a dívida com o BNDES por 20 anos, e tem outros débitos com a Odebrecht, o Corinthians pode ficar duas décadas sem bilheteria. A situação se agrava porque há a dívida privada, pela falta de venda de naming rights e de negociação da maior parte dos CIDs. Assim, é difícil dizer quando de fato o clube conseguirá cobrir o R$ 1,1 bilhão do custo do estádio. No cenário mais otimista, de pagamento do débito corintiano em 20 anos,  a escolha do modelo de negócios de estádios representará uma diferença de R$ 1,5 bilhão em favor do Palmeiras sobre o rival em neste período. E, em 10 anos mais, o próprio Palmeiras terá seu estádio integralmente. Ou seja, não há dúvida hoje de quem fez o melhor negócio.”

Mais uma vinda de um blogueiro, agora do José Roberto Malia: “O senador pitbull Romário engordou a poupança em mais R$ 6 milhões. Após anos de muita briga na Justiça, o ex-jogador e o Flamengo assinaram acordo de paz. Por conta de uma velha dívida, o clube rubro-negro vinha pagando R$ 190 mil mensais a Romário, com reajuste anual. A última parcela do carnê das ‘Casas Romário’ iria vencer apenas em 2022. Toma lá, dá cá, e as partes chegaram a R$ 12 milhões para liquidar a fatura. Mas o Baixinho, imbuído em espírito natalino, deu 50% de desconto e bateu o martelo: R$ 6 milhões à vista. Ano passado, o Flamengo havia quitado outra dívida com o ex-jogador, no valor de R$ 4,5 milhões. Romário também recebeu R$ 4 milhões do Vasco em 2015. O time de São Januário ainda lhe deve mais R$ 4 milhões.”

Você se lembra do ex-tricolor Jorge Wágner. Após passagens por vários clubes, ele se acertou com o Fluminense de Feira de Santana, para disputar o campeonato baiano. O jogador, no auge de seus 38 anos, atendeu a pedidos de seu pai, velho torcedor daquela agremiação. Aliás, JW é natural daquela aprazível localidade.

O atacante do Atlético Nacional, Borja, ganhou a disputa com Gabriel Jesus pelo título de ‘Rei da América’, do jornal ‘El País’, do Uruguai. Novo reforço do Palmeiras, Guerra ficou em terceiro lugar. Entre os treinadores, Reinaldo Rueda, também do time colombiano, superou Tite. Borja e Rueda foram campeões da Libertadores.

Começou a Taça São Paulo de Júniores. Na atual temporada são 120 times participantes. Um `prato cheio´ para os empresários, sedentos por vender os seus jogadores.

Fonte: Jornal Comarca de Garça