Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Na semana passada conversamos com a Betty
Dias, esposa do Plinio Gonçalves Aredes Dias, ex-atleta do Garça, e a mesma nos
falou que iria nos presentear com algumas fotos e objetos da carreira dele. Para
nossa surpresa ganhamos um verdadeiro arsenal, contendo inúmeras fotos, cartão
de prata, livro da história do Garça, enfim documentos que contam a história do
Plínio Dias jogando pelo Garça Esporte clube e Garça Futebol clube, desde a
década de 50 até os anos 80. Também fotos da sua passagem no futebol amador e
suíço garcense. Um rico material que ilustraria qualquer museu.
Nesta hora fico
a pensar: há se em nossa cidade existisse um museu do futebol/esporte. Acho que
está passando da hora. Temos que preservar as pessoas que marcaram época ou que
participaram ativamente do esporte garcense ao longo dos anos. E olha que tem
um montão. Uns ficaram em Garça outros alçaram grandes voos e foram destaque no
desporto nacional e até mesmo internacional. Temos que resgatar esta memória e
deixar paras as gerações futuras. O Plínio Dias deixou seu nome registrado na
história do futebol Foi mais um que por aqui chegou, fincou raízes, constituiu
família, e não saiu mais. Até subir para um plano superior.
Ele jogou na época romântica
do futebol do interior paulista. Jogou no São Bento, de Marilia, no XV de Jaú e
no Garça Esporte Clube e Garça Futebol clube. Ao lado do Agamenon e Haroldo são
os únicos que tiveram o privilégio de vivenciar as duas fase do futebol
profissional em nossa cidade.
Confesso que não vi o Plínio
Dias jogar futebol profissionalmente, mas os torcedores mais antigos sempre me
falaram que era de fato “um craque” da bola. Até porque o Plínio foi
“boleiro” a moda antiga, jogava por prazer e porque sabia, o dinheiro ficava
para um segundo plano. Nem mesmo quis seguir carreira, jogar num time grande,
preferiu ficar por perto de sua terra natal, Duartina. Segundo o Zancopé Simões, o Plínio Dias foi um
dos melhores jogadores que ele já viu em campo. Era versátil, jogava no meio de campo e
também na ponta-esquerda. E olha que o Zento, o embaixador de Garça em São Paulo , conheceu um montão de “craques” desfilando nos
gramados paulistanos.
Tive a felicidade de jogar
com ele no Clube Atlético Ipiranga (anos 80), quando estava encerrando a
carreira, depois de defender o Serenata. Ele jogou ainda no futebol suíço pelo
Kosminho, Alfa, Café Delicioso, Deusa. Por fim nos reencontramos nos veteranos
do Garça. Adorava o futebol que chegou a ocupar o cargo de presidente da
Comissão Central de Esporte (hoje SEJEL).