sábado, 11 de fevereiro de 2017

`Recordar é Viver´: Plínio Dias sempre foi destaque no futebol








Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Na semana passada conversamos com a Betty Dias, esposa do Plinio Gonçalves Aredes Dias, ex-atleta do Garça, e a mesma nos falou que iria nos presentear com algumas fotos e objetos da carreira dele. Para nossa surpresa ganhamos um verdadeiro arsenal, contendo inúmeras fotos, cartão de prata, livro da história do Garça, enfim documentos que contam a história do Plínio Dias jogando pelo Garça Esporte clube e Garça Futebol clube, desde a década de 50 até os anos 80. Também fotos da sua passagem no futebol amador e suíço garcense. Um rico material que ilustraria qualquer museu. 

Nesta hora fico a pensar: há se em nossa cidade existisse um museu do futebol/esporte. Acho que está passando da hora. Temos que preservar as pessoas que marcaram época ou que participaram ativamente do esporte garcense ao longo dos anos. E olha que tem um montão. Uns ficaram em Garça outros alçaram grandes voos e foram destaque no desporto nacional e até mesmo internacional. Temos que resgatar esta memória e deixar paras as gerações futuras. O Plínio Dias deixou seu nome registrado na história do futebol Foi mais um que por aqui chegou, fincou raízes, constituiu família, e não saiu mais. Até subir para um plano superior.

Ele jogou na época romântica do futebol do interior paulista. Jogou no São Bento, de Marilia, no XV de Jaú e no Garça Esporte Clube e Garça Futebol clube. Ao lado do Agamenon e Haroldo são os únicos que tiveram o privilégio de vivenciar as duas fase do futebol profissional em nossa cidade.

Confesso que não vi o Plínio Dias jogar futebol profissionalmente, mas os torcedores mais antigos sempre me falaram que era de fato “um craque” da bola. Até porque o Plínio foi “boleiro” a moda antiga, jogava por prazer e porque sabia, o dinheiro ficava para um segundo plano. Nem mesmo quis seguir carreira, jogar num time grande, preferiu ficar por perto de sua terra natal, Duartina. Segundo o Zancopé Simões, o Plínio Dias foi um dos melhores jogadores que ele já viu em campo. Era versátil, jogava no meio de campo e também na ponta-esquerda. E olha que o Zento,  o embaixador de Garça em São Paulo,  conheceu um montão de “craques” desfilando nos gramados paulistanos.

Tive a felicidade de jogar com ele no Clube Atlético Ipiranga (anos 80), quando estava encerrando a carreira, depois de defender o Serenata. Ele jogou ainda no futebol suíço pelo Kosminho, Alfa, Café Delicioso, Deusa. Por fim nos reencontramos nos veteranos do Garça. Adorava o futebol que chegou a ocupar o cargo de presidente da Comissão Central de Esporte (hoje SEJEL).

Veja nos flagrantes: Plínio Dias, com a camisa do Garça, num “Platzek” completamente lotado de torcedores. Depois quando ocupou o cargo de presidente da CCE-Comissão Central de Esportes, prestigiando uma disputa de baralho (truco). Por fim recebendo uma placa de agradecimento, quando encerrou a carreira como atleta do Garça, no ano de 1.972. A esquerda está o jovem repórter José Nello Marques, da então Rádio Clube de Garça