sexta-feira, 24 de março de 2017

Recordar é Viver: "Clube Atlético Ipiranga, um clube de glórias"










Por Wanderley `Tico´ Cassolla


A última terça feira (21) foi uma data significativa para os eternos ipiranguistas de nossa cidade. Se estivesse em atividades, o Clube Atlético Ipiranga estaria completando 57 anos. Um time que marcou época no amadorismo garcense e até hoje é lembrado pelos esportistas. Falo com bastante convicção porque tive a oportunidade de vestir a gloriosa camisa vermelho e branca, onde vivi momentos marcantes e inesquecíveis na minha carreira. Foram mais de 20 anos disputando o varzeano, muitos torneios e jogos amistosos. Títulos de campeão foram 3, nos anos de 1.976, 1.979 e 1.993. Na Copa Lions (Taça Cidade de Garça) foram 6. De quebra, 10 troféu de artilheiro do Campeonato Amador. Por isto quando escrevo sobre o Ipiranga a emoção fala um pouco mais alto.

A história do Ipiranga começou no dia 21 de março de 1960, quando um grupo de garotos, tendo à frente Cristian Kotinda, Takashi Kitamura, Ademar Cassimiro da Silva, Admir Martinelli, Mário Zapata e Luiz Zachelo, resolveram fundar um time de futebol. O reduto da garotada era no Bairro Labienópolis, proximidades do extinto Hospital Samaritano, onde jogavam bola nos terrenos baldios.

Depois de algumas reuniões a primeira decisão foi escolher o nome: Clube Atlético Ipiranga, até porque na época era comum se homenagear um time da capital paulista. Para se evitar conflitos entres os simpatizantes dos clubes de maior torcida: Corinthians, Palmeiras, São Paulo ou Santos, por consenso geral, a garotada decidiu por Ipiranga, um dos mais antigos clubes do futebol paulista. O primeiro uniforme, comprado as duras penas, era nas cores preta e branca. Só que por ser uma cor comum entre os adversários, foi trocado pelo vermelho e branco. Depois de alguns jogos realizados, sempre conseguindo bons resultados, não somente aqui, como em toda a região, foi a vez de se inscrever nos campeonatos promovidos pela então Comissão Central de Esportes, hoje SEJEL.

O curioso é que no início, nos amistosos realizados em Gália, Duartina, Vera Cruz e Marília, a delegação se deslocava de trem, na época o meio mais prático. Vale lembrar que cada jogador comprava a sua própria passagem. Todos também vendiam “rifas” e participavam ativamente das quermesses, tão comum na época, para angariar fundos. Época do amadorismo puro, do amor à camisa por parte do atleta.

O primeiro título de campeão amador foi no ano de 1976, depois de 16 anos da fundação. Anteriormente foram vários títulos em competições de menor expressão. Agora na Taça Cidade de Garça, evento promovido pelo Lions Clube, conquistou nove edições, recorde que dificilmente será batido. Sem falar nos torneios inícios, que era uma especialidade da equipe. No amador o Ipiranga conquistou mais dois títulos, nas temporadas de 1.979 e 1.993.

Recordarmos alguns flagrantes dos jogadores/dirigentes que fizeram a história do Ipiranga. Em recente encontro, em pé da esquerda para direita: Mauro Val, Nelson Carvalho (diretor), Marquito, Corinho Gervásio (diretor) e Béia. Sentados: Tico, Alcides Vaz (treinador), Chico Ramalho, Sarará, Caíque, Tonhá e Toninho Marques. Num amistoso na Fazenda São José dos Bonini, no ano de 1.979, quando o Ipiranga venceu pelo placar de 4 a 1: Corinho, Ricardinho, Chico Ramalho e Tico. Nos anos 80, jogando no “Platzeck”, com a camisa branca: Béia Galvão, Gaúcho e Ricardinho. Depois o reencontro no campo do futebol suíço do Joatan, Marcos “Pí” Lucas e Celino, uma geração de ouro que marcou época.