Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Definitivamente a Festa da
Cerejeira já virou tradição e é o maior evento turístico de nossa cidade. A 27ª
edição, que aconteceu no último final de semana, serviu para demonstrar todo o
sucesso, resgatando principalmente a cultura oriental. Muita gente compareceu,
estima-se que cerca de 150 mil pessoas passaram na área do lago artificial e da
concha acústica, onde ficaram concentradas as principais atrações para o
público.
E também serviu para marcar
o encontro de muitos garcenses, que agora estão morando em outras cidades, e
vieram ver de perto a florada da cerejeira. Passeando por lá tivemos a
oportunidade de rever amigos de longa data, principalmente esportistas em geral,
torcedores do Garça ou jogadores que defenderam equipes amadoras de outrora. Olha se colocasse “na ponta do lápis” daria
para montar uns dois times, com direito a reserva e tudo mais.
Pois bem, um dos mais
entusiasmados com a festa foi o Celso Luiz Ramos, que estava acompanhado de
toda a família, e de antemão reclamava por não ter comparecido nas
anteriores. O Celso é outro embaixador
de Garça, faz questão de divulgar o nome de nossa cidade por anda, em especial
na capital São Paulo, onde reside desde o ano de 1967.
Batemos um longo papo onde o
Celso recordou dos momentos inesquecíveis de sua adolescência e juventude cá na
terrinha. Dos bons tempos de estudos no primário no “Grupão João Crisóstomo” e no Ginásio Industrial, dos
amigos Chico Bosquê, Mário Nakata, Oscar Ogawa, Dú Frasson, Ezequiel Moisés,
Barbante, Celso Kotinda, Veríssimo, Rôla, e tantos outros.
Um ele fez questão de fazer
uma visita especial: Inocêncio Martins, que não o via fazia um bom tempo.
Segundo o Celso, o Rabudinho era um craque da bola, tinha tudo para jogar numa
equipe profissional. Realizava cada jogada dentro de campo, assim como fazia muitos
“malabarismo” com a bola. Os dois jogaram juntos no Corintinha, do presidente
Luiz Conessa, cujo goleiro era o garotinho Waldir Peres. No “bate papo” entre
os dois muitas histórias e causos que viveram num passado de muita nostalgia,
tudo começando em Vila Rebelo.
Na foto o flagrante da
visita. Em pé da esquerda para direita: a esposa Terezinha Ramos, Celso Luiz,
Inocêncio “Rabudinho”, a filha Erika Cristina e o amigo José Carlos Zagati, companheiro
de bola e corintianos dos bons.
O Celso também jogou no
juvenil do Botafoguinho, do Egídio e Esportiva, do Jaci Fernandes. Outro
jogador bom de bola na época era o Pelezinho, com quem fez dupla de ataque na Ferroviária,
treinada por Jair Cassola. Lembra que em
sua estréia, no Campo do Bandeirantes, em Vila Mariana, marcou cinco gols, três
de passes do Pelezinho. Isto valeu um
convite para defender o Corintinha, da vizinha Marília. Mas foi por pouco tempo,
em seguida tentou a sorte no Paulista, de Jundiaí, onde passou por um período
de testes, só que não ficou pois não havia alojamentos para garotos e resolveu
parar com o futebol. Depois chegou em São Paulo e não saiu mais. Sempre que
pode, o Celso não perde a oportunidade de encontrar os conterrâneos na “Terra
da Garoa”. Recentemente participou do programa Encontro de Craques, do Canal
BandSports e registrou o flagrante, junto com o Bidiu (esq) e o goleiro Waldir
Peres.
Fonte: Jornal Comarca de Garça