Eduardo Davi tem uma bela trajetória esportiva, em duas modalidades diferentes |
Ele é nascido há 63 anos na
sul-matogrossense Campo Grande. Antes de chegar a Garça, em 1971, sempre por
conta do serviço do pai, funcionário público federal, residiu em José
Bonifácio, Araçatuba e São Paulo. Por mais de uma década elevou o nome de Garça
em provas de rua no pedestrianismo, cuja equipe chegou a se tornar a segunda do
país. Porém, nunca conseguiu se afastar de sua grande paixão esportiva: o
futebol. Você conhecerá hoje uma história muito rica do esporte garcense,
aquela escrita por Eduardo Davi, o nosso `Destaque Esportivo´ da semana.
Sendo o mais velho entre sete irmãos,
Eduardo Davi mudou-se para Garça há 43 anos, logo se tornando funcionário da
Inspeção Federal. Aos poucos, começou a jogar futebol por equipes conhecidas de
nossa cidade, como Rodoviário, Trans-Ribas, Frigus e São José dos Boninis.
O tempo foi passando e ele continuando a
atuar em nossa várzea, atingindo a década de 80 onde defendeu o Municipal e o
América, entre outros. Sem conseguir se afastar da modalidade, mesmo com a idade
chegando, continuou jogando. “Eu me orgulho de ter defendido o time do Lorão
(União), do Zé das Medalhas (Nacional/Morada do Sol) e do Guarda-Roupa (Jardim
dos Eucaliptos)”, cita, num momento de saudosismo. Também veio a lembrança
quando envergou a camisa do Americano, time de vila Manolo da década de 70, que
tinha à frente o falecido Shell.
Como bem frisou o Eduardo Davi ao ser
entrevistado pelo `Comarca´, “O pedestrianismo foi uma fase muito boa da minha
vida, mas o futebol é uma `coisa doentia´, que eu não consigo me afastar”.
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Rodoviário foi a equipe que o `revelou´ para o futebol (último agachado) |
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Anos 70 e Eduardo Davi defendeu o Frigus (antepenúltimo em pé), uma das equipes mais famosas da historia |
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Também jogou pelo Municipal, com essa formação sendo do ano de 1984 |
No
pedestrianismo, iniciou a carreira por influência de amigo
Eduardo praticou o atletismo entre os anos
de 1971 a 1985. “Fui influenciado pelo Roberto S. Marins, que hoje reside em
Campinas. Na época eu era muito mais atleta de rua do que de pista, um corredor
de fundo, a partir dos 3.000 metros”, relembra.
Novamente batendo a saudade, ele se
recordou das equipes formadas em Garça, Café São João e Frigus, que chegaram a
ter 20 corredores. “Fomos numa temporada a 2ª melhor equipe do país, apenas
atrás da Polícia Militar de São Paulo. Foi a época de ouro do nosso
pedestrianismo”.
Durante a sua trajetória, Eduardo Davi
alcançou inúmeras vitórias e incontáveis pódios. Calcula, sem falsa modéstia,
ter faturado entre 150 a 200 medalhas, além de mais de 50 troféus.
Ele destacou aquele que foi ganho em 1974,
na Volta Universitária, no Campus da USP, na capital, quando chegou em 2º
lugar, com o campeão e o terceiro colocado sendo atleta da seleção brasileira.
Eduardo ainda disputou 7 edições da
tradicional Corrida de São Silvestre, no último dia do ano, em São Paulo. O 69ª
lugar na 50ª edição, em 1974, foi a sua melhor colocação.
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Por mais de uma década, Eduardo Davi representou Garça em diversas provas, sempre com ótimos resultados |
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Em 1974, nos Jogos Regionais de P. Prudente, logo atrás do irmão Joathan, que fez muito sucesso defendendo Firgus e Ipiranga |
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Um flagrante histórico: a equipe de pedestrianismo de Garça, que era patrocinada pelo Frigus, nos anos 70 |
Fundador,
presidente, técnico e jogador do Corinthians de Garça
Eduardo Davi faz questão de salientar que o
`seu´ Corinthians, integrante do futebol suíço máster, foi fundado em
20/03/2004. A ata que faz questão de mostrar a quem lhe pergunta algo sobre a
equipe é a prova do momento histórica para ele.
A partir do ano seguinte, passou a realizar
amistosos em Garça e em toda a região, sendo que em 2009, aventurou-se pelo
Campeonato Amador, na única temporada em que integrou aquele certame. “Depois
paramos e retornamos na atual temporada”, orgulha-se.
Após defender Cavalcante e Cyborg, Eduardo
Davi é o comandante não só da zaga, como de toda a equipe alvinegra. Deixa bem
claro que é o `faz tudo´ do time e sempre analisa suas atuações em cada jogo.
Recentemente, quando de derrota para o
Motorista, 6 x 0, no Master não teve dúvidas em afirmar: “O jogo foi seis, pois
eu estava na zaga, se eu não tivesse, seria 12”.
Esbanjando vitalidade, aos 63 anos, defendendo a equipe que fundou no master |