Spigolon defendeu grandes equipes do futebol garcense |
Um
polivalente que desfilou a sua categoria no futebol amador por mais de 15 anos
Ele encerrou a sua participação no futebol
amador garcense há três décadas, deixando escrita uma historia exemplar onde a
técnica e a dedicação foram as suas principais características. Sempre
defendendo equipes tradicionais, atuou como um verdadeiro polivalente,
destacando-se em várias posições. Você conhecerá hoje a trajetória de José
Spigolon, que construiu uma página especial no amadorismo de nossa cidade.
Spigolon é um dos casos raros de atletas
inesquecíveis que nunca jogaram futebol suíço. Sempre esteve no amador. Logo
aos 13 anos, no fim dos anos 60, já integrava o elenco do Barol, time que
precedeu o Frigus. Ainda jogou pelo Garcinha, Aracéli, Serenata, Casa Ipiranga
e Guanabara.
Mas foi no Frigus, agremiação memorável dos
anos 70 e início da década seguinte, que ele mais se identificou. Por lá chegou
em 1975, prosseguindo até o encerramento das atividades do alvi-anil, fato
ocorrido no fim de 1981.
Encerrou sua carreira em 1984, defendendo o
Ramec, time de vila Manolo, resultado da
unificação entra Ramos e Vimec, que existiu por pouco tempo em nossa várzea.
“Como o meu trabalho era autônomo, preferi parar, pois poderia me prejudicar em
caso de contusão”, explicou.
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Início dos anos 70, em premiação da Taça Cidade de Garça, ao lado de Tonho Nêgo e Tiguinha |
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Em 1974, recebendo as faixas como campeão amador pela Casa Ipiranga FC |
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Concedendo entrevista ao então repórter da Rádio Clube de Garça, José Henrique, no gramado do Platzeck |
“Só
não joguei como goleiro”
Spigolon sempre chamou a atenção por sua
facilidade em atuar em diversas posições. Inclusive, lembra-se com muito
saudosismo, de uma formação do meio-campo de quando defendeu o Aracéli, no início
dos anos 70: “Era eu, o Berto Nico e o Gininho”.
Recordando um pouco mais, não pestanejou em
indicar de primeira, que o melhor jogador que viu jogar e que teve o orgulho de
ter sido companheiro de equipe foi Ditinho Marcola, que há anos reside na
cidade de Bauru. “Ele era fantástico, o melhor que eu vi no futebol amador de
Garça”, asseverou.
Igualmente sem titubear, cravou quem foi o
melhor treinador de todos os tempos: “Juvenal Hilário do Nascimento”.
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Grandes nomes da época do Frigus: Tonho Nêgo, Spigolon, Vardinho, Natal e Natalino |
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No jogo que marcou a inauguração dos refletores do Platzeck, Spigolon estava defendendo o Frigus (penúltimo em pé); Ditinho Marcola é o quarto em pé |
Também
atuou em regionais e foi até diretor de equipe
Sua condição atlética, aliada ao refinado
futebol, rendeu-lhe alguns convites para disputar campeonatos regionais. Com as
oportunidades surgindo, acabou defendendo Ocauçu, Reginópolis e o Flamengo de
Pirajuí.
Também teve experiência como diretor de
futebol, quando por anos, integrou a diretoria do Vimec, equipe que disputou o
Campeonato Amador até 2004. “Parei, pois não concordava com o fato de ter que
pagar jogador”.
Atualmente, Spigolon, 59, pode ser visto
nos campos do futebol suíço, ao lado dos vários amigos, acompanhando as
partidas da modalidade. Sem dúvida, um nome que deixou muita saudade.
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A equipe que ele encerrou a carreira, o Ramec, ano de 1984 |