Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Durante a Festa da Cerejeira na semana passada, a cidade recebeu um grande numero de visitantes. A maioria vinda de fora, e a outra parcela de garcenses, hoje residentes em outras localidades. Além de prestigiarem a nossa mais importante festa, vieram matar um pouco da saudade da terrinha. E lá encontramos muitos conterrâneos e a conversa logo mudava para futebol e o Garça Futebol Clube.
Um deles foi o são-paulino Vagner Antonio da Silva, hoje morador na longínqua Caruaru (PE), que nos pediu para fazer uma matéria da história do “Azulão” e da participação na fase final do campeonato em São Paulo. O Vagner também relembra de sua juventude em Garça, quando gostava de acompanhar o campeonato amador. Com uma memória invejável, recordou dos grandes times das décadas de 60 e 70. Não só falava o nome dos times como também dos grandes jogadores da época: Bangu, Real Garcense, Ferroviária, Botafogo, Serenata, Frigus, Ipiranga, Casa Ipiranga, SASP, Induscômio, eram os times que ele gostava de ver jogar. Desde os tempos do Campo do Municipal até o “Frederico Platzeck”.
E pra matar saudade do Vagner, vamos recordar um pouco
da história do Garça FC, cuja fundação foi no dia 15 de fevereiro de 1.965. O primeiro presidente foi o esportista Antonio Alexandre
Marques. De início não havia um campo de tamanho oficial que atendesse as
exigências da Federação Paulista de Futebol. Então a diretoria foi obrigada a
participar do Campeonato Amador do Estado. Com a inauguração do Estádio
Municipal “Frederico Platzeck”, no dia 14 de outubro de 1.966, o Garça ingressou
no profissionalismo.
No ano de 1971 foi montado um dos melhores times. Na
época o presidente era o sr. João Bento. A cidade vivia um ótimo momento com a
cafeicultura em expansão. O presidente de honra era o sr. Manoel Joaquim
Fernandes, o “Manolo”, que dava um grande apoio ao time, principalmente na
parte financeira.
Como técnico foi
contratado José Carlos Coelho. Chegaram
o goleiro Lula, da Ferroviária de Araraquara, Tuta (Santacruzense), Abegar
(Nacional de Rolândia - PR), Cláudio Belon (Paraguaçuense), Toninho Bodini
(Noroeste), Itamar Belasalma, Zinho e Daniel (Platinense de Santo Antonio da
Platina – PR), Bô e Helinho (Linense). Alguns foram trazidos pelo conhecido
Mazolinha Calegaro. Os novos reforços se juntaram ao Ari Lima, Pedroso,
Rogerinho, Plínio dias, Osmar Silvestre, David e outros remanescentes de
temporadas passada. Veja uma das formações do memorável Garça, um time que
encantava os torcedores. Em pé da esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima,
Fernando, Belmiro, Luizão e Dadi.
Agachados: Helinho, Grilo, Osmar Silvestre, Rogerinho e Coró.
E falando na Festa
da Cerejeira quem esteve prestigiando o evento foi o ex-centroavante Rogério
Amadeu Atílio, o “Rogerinho”, o maior goleador do futebol profissional
garcense. Segundo o livro “Trajetória do Futebol Profissional do Garça”, de
autoria do professor Luiz Maurício Teck de Barros, Rogerinho marcou 54 gols, entre o final do anos 60 e começo
70. No flagrante Rogerinho (à esq), posando ao lado do conhecido Carlão
Pintado, ex-atacante do futebol amador.
Na outra foto Valeriano (técnico), o goleiro Chiquinho e o Zé massagista, que também passaram pelo
Garça.