sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Recordar é Viver: "Zeca Manchini, um grande esportista"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla

A cidade perdeu mais um grande esportista: José Manchini, faleceu na semana passada em nossa cidade. Zeca Manchini como era conhecido, jogou bola por muito tempo, mas ficou marcado mesmo, por defender o Kosminho (futebol suíço), onde foi um tradicional “peladeiro”. Com certeza está entre os jogadores de maior longevidade de Garça, até porque sempre gostou de praticar esporte.

Nas décadas de 50/60 defendeu os times do Imprensa e do Bandeirantes. Segundo o professor Sérgio de Stéfani, o Zeca Manchini era um lateral esquerdo firme na marcação e possuía um bom vigor físico. Com ele não tinha bola perdida, além do que, era um atleta disciplinado. Outro contemporâneo de sua época, o também professor Mário Baraldi, destaca a lealdade do Zeca Manchini: “Jogamos bola juntos por muito tempo.  Com ele não tinha bola perdida não. A grande vantagem do Zeca era que realmente ele “suava a camisa em campo”. Foi um dos melhores laterais daquela época, com quem tive a oportunidade de jogar."

Zeca Manchini ajudou a montar o Kosminho, tradicional equipe da modalidade do futebol suíço, cuja fundação foi no dia 25 de maio de 1.975,  com origem no Garça Tênis Clube. Recordamos uma das formações do Kosminho, posando com a faixa de campeão, depois de vencer mais uma competição. Em pé da esquerda para direita: Washington Guanaes, Dr. Caio, João Alexandre Colombani, Carlos Mancini, Toninho Orujian, Edgar Alves de Souza, Luiz Carlos Piazentin, Alemão, Erônides Barbosa e Zeca Manchini; agachados: Paulo Renato, Agenor, Gervásio, Mario Baraldi, Plínio Dias, Sérgio Encarnação e os garotinhos Serginho Stefani e Renê.  

A tradicional agremiação verde e branca, dos anos 70, era praticamente imbatível jogando em seus redutos, nas noites de quinta feira e domingo de manhã, no campo de  “pelada e de terra”  do Garça Tênis Clube. O Kosminho sempre contava com um reforço a mais: o muro, pois a bola não saia para a lateral, batia e voltava e o jogo seguia. Chegou a manter uma invencibilidade de 2 anos, totalizando uma centena de jogos sem derrotas. O jornalista e também atleta João Alexandre Colombani registrava tudo nas páginas do Jornal Correio de Garça. Se o Kosminho foi disputar o campeonato municipal, o Zeca Manchini ficou atuando nas “peladas” do clube, não perdia um jogo sequer. Sempre um “gentleman”  era admirado e respeitado por todos associados.

Zeca Manchini recebeu duas grandes homenagens nos últimos anos. A primeira foi no futebol suíço master, quando o troféu de campeão levou o seu nome. Veja no flagrante, no dia da entrega, juntamente com o esportista Enéas filho no conjunto Poliesportivo “Manoel Gouveia Chagas”.

A outra foi do grupo os “Peladeiros.com”, quando recebeu o convite para dar o pontapé inicial dos jogos e ganhar mais um troféu. Na vida profissional, Zeca Manchini começou como praticante de despachante no escritório do Sr. João Miguel Chaves. Depois trabalhou por vários anos no Departamento de Trânsito de Garça, até atingir a merecida aposentadoria. Zeca Manchini foi casado com a Sr.ª Adige e o casal teve três filhos: Reinaldo, Rosangela e Rosana.