Por Wanderley `Tico´ Cassolla
A cidade perdeu mais um
grande esportista: José Manchini, faleceu na semana passada em nossa cidade. Zeca
Manchini como era conhecido, jogou bola por muito tempo, mas ficou marcado
mesmo, por defender o Kosminho (futebol suíço), onde foi um tradicional
“peladeiro”. Com certeza está entre os
jogadores de maior longevidade de Garça, até porque sempre gostou de praticar
esporte.
Nas décadas de 50/60 defendeu os times do
Imprensa e do Bandeirantes. Segundo o professor Sérgio de Stéfani, o Zeca
Manchini era um lateral esquerdo firme na marcação e possuía um bom vigor
físico. Com ele não tinha bola perdida, além do que, era um atleta
disciplinado. Outro contemporâneo de sua
época, o também professor Mário Baraldi, destaca a lealdade do Zeca Manchini:
“Jogamos bola juntos por muito tempo.
Com ele não tinha bola perdida não. A grande vantagem do Zeca era que
realmente ele “suava a camisa em campo”. Foi um dos melhores laterais daquela época, com quem tive a oportunidade de jogar."
Zeca Manchini ajudou a montar o
Kosminho, tradicional equipe da modalidade do futebol suíço, cuja fundação foi
no dia 25 de maio de 1.975, com origem
no Garça Tênis Clube. Recordamos uma das formações
do Kosminho, posando com a faixa de campeão, depois de vencer mais uma competição.
Em pé da esquerda para direita: Washington Guanaes, Dr. Caio, João Alexandre
Colombani, Carlos Mancini, Toninho Orujian, Edgar Alves de Souza, Luiz Carlos
Piazentin, Alemão, Erônides Barbosa e Zeca Manchini; agachados: Paulo Renato,
Agenor, Gervásio, Mario Baraldi, Plínio Dias, Sérgio Encarnação e os garotinhos
Serginho Stefani e Renê.
A tradicional agremiação
verde e branca, dos anos 70, era praticamente imbatível jogando em seus
redutos, nas noites de quinta feira e domingo de manhã, no campo de “pelada e de terra” do Garça Tênis Clube. O Kosminho sempre
contava com um reforço a mais: o muro, pois a bola não saia para a lateral,
batia e voltava e o jogo seguia. Chegou a manter uma invencibilidade de 2 anos,
totalizando uma centena de jogos sem derrotas. O jornalista e também atleta
João Alexandre Colombani registrava tudo nas páginas do Jornal Correio de
Garça. Se o Kosminho foi disputar o
campeonato municipal, o Zeca Manchini ficou atuando nas “peladas” do clube, não
perdia um jogo sequer. Sempre um “gentleman”
era admirado e respeitado por todos associados.
Zeca Manchini recebeu duas
grandes homenagens nos últimos anos. A primeira foi no futebol suíço master,
quando o troféu de campeão levou o seu nome. Veja no flagrante, no dia da
entrega, juntamente com o esportista Enéas filho no conjunto Poliesportivo
“Manoel Gouveia Chagas”.
A outra foi do grupo os “Peladeiros.com”,
quando recebeu o convite para dar o pontapé inicial dos jogos e ganhar mais um
troféu. Na vida profissional, Zeca
Manchini começou como praticante de despachante no escritório do Sr. João
Miguel Chaves. Depois trabalhou por vários anos no Departamento de Trânsito de
Garça, até atingir a merecida aposentadoria. Zeca Manchini foi casado com
a Sr.ª Adige e o casal teve três filhos: Reinaldo, Rosangela e Rosana.