Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Hoje recordamos os bons tempos do futebol amador
garcense. Assim como homenageamos dois grandes times que marcaram época: Clube
Atlético Ipiranga e Flamengo Esporte Clube, que por coincidência fariam
aniversário neste mês de março, se estivessem em atividade. O Ipiranga foi
fundado no dia 21 de março de 1.960, enquanto o Flamengo nascia no dia 30 de
março de 1.977.
O Ipiranga é o time de maior longevidade da cidade,
pois participou de exatos 39 anos de forma ininterrupta de todas competições
promovidas na cidade, entre os anos de 1.960 à 1.999. Já o Flamengo é
simplesmente o maior campeão da história, com 12 títulos só no Campeonato Amador. Sempre comento nas resenhas que são dois recordes que dificilmente
serão batidos, acho até mesmo impossível.
Ainda mais levando-se em conta que nem campeonato
amador tem mais. O que antigamente era uma competição disputadíssima e
atraente, chegou ao fim de forma melancólica. Perdeu para o tempo, para o
progresso e para um mundo globalizado.
E pensar que antigamente, lá nos anos 50/60, os
campos eram de terra batida, o campo da Vila Manolo, Campo da Vila Nova,
Congregação, Campo do Bandeirante e o “charmoso” Municipal, ao lado do Bosque
Municipal. Nesta época surgiram grandes times e bons jogadores.
Depois, a partir dos anos 70 começaram a ser gramados: Campo de Vila Rebelo, o famoso “Beira Zona”, que virou o “Toyotão”, Nassim Cotait (extinto), Campo da Escola Agrícola, que virou o Módulo Esportivo e finalmente o Platzeck. Nesta época poucos times e poucos jogadores. Aí entrou em campo o “futebol suíço” e o futebol amador tomou uma verdadeira goleada e não resistiu. Tá eliminado.
Creio que a curto e a médio prazo, é impossível a volta do Campeonato Amador. A longo prazo quem sabe. Está difícil até mesmo arrumar jogadores que tenham disposição e vontade de ir jogar bola. Hoje para o dirigente é bem mais difícil e complicado “tocar “ uma equipe no futebol suíço do que no amador.
Para matar a saudade dos torcedores, recordamos o Flamengo, campeão amador de 1.992: Em pé da esquerda para direita: Betão Aguiar (treinador), Renato Desiderato (dirigente), Luiz Quine (dirigente), Roberto Bertuço, Ênio Aguiar, Renato Miranda, Dinho Parreira e Betão; agachados: José Luiz (massagista), Dinho Scartezini, Betinho Calegari, Luizinho, Tonho Alves, Tino, Esquerdinha e Pôneis. Veja na outra foto Dinho Parreira e João Paulo, posando com o troféu de campeão, em pleno “Platzeck”.
E o Ipiranga, posando com a faixa de campeão na temporada de 1.976: Em pé, da esquerda para direta: Alcides Vaz (treinador), Róbson “Pezão”, Berto Nico, Corinho, Ricardinho, Jair Proença e Marcelo; agachados: Mauro Val, Gilvan, Heitor “Tiarim”, Chico Ramalho, Toninho Marques e Béia Galvão. No flagrante dois consagrados jogadores que passaram pelo Ipiranga: Gaúcho e Alcir, posando com o troféu de campeão, no recinto da antiga Câmara Municipal, que ficava na Praça Hilmar Machado de Oliveira.