Carlos Alberto S. L. Soares, o inesquecível Bô
Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Bô foi um craque da bola. Se estivesse entre nós, aqui na terra, o zagueiro Carlos Alberto Sabione Lemos Soares, estaria aniversariando durante a semana, completando, 76 anos.
Nascido em Ibitinga/SP, no dia 28 de julho de 1949, o Bô pra mim, está entre os melhores jogadores que defendeu o Garça. Senão o melhor. Acredito também para muitos outros torcedores do "Azulão". O Bô foi contratado junto ao Linense em 1970, veio com o meio campista Helinho. Logo em sua estreia, no dia 13 de junho de 1970, marcou um gol, na vitória de 4 a 1 em cima do Araçatuba, jogo válido pelo então Campeonato da Primeira Divisão paulista.
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Timaço do Garça, do ano de 1971. Em pé, da esquerda para direita: Plínio Dias, Ari Lima, Tuta, Lula, Bô e Abegar. Agachados: Davi, Cláudio Belon, Osmar Silvestre, Itamar e Helinho |
Jogou ainda em 1971, quando o Garça montou um dos melhores times de todos os tempos. Quem não se lembra desta formação: Waldir Peres ou Lula; Ari Lima, Pedroso, Bô e Abegar; Helinho e Osmar Silvestre; Toninho Bodini, Cláudio Belon, Itamar e Davi. Ainda tinha o Plinio Dias, Grilo, Tuta, Zé Carlos Coelho e Rogerinho.
No ano seguinte jogou no Marília e depois no Guarani de Campinas, Noroeste de Bauru, Umuarama/PR, Comercial (Ribeirão Preto) e Atlético Goianense. No ano de 1978 sofreu uma lesão no joelho, teve que encerrar a carreira com apenas 29 anos de idade.
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Bô e Estevam Soares nos anos 70 |
Se fosse hoje, com o avanço da medicina esportiva, seria recuperado, e ainda jogaria muita bola. O Bô foi técnico do Garça no ano de 1984, no retorno ao futebol profissional, conquistando o vice-campeonato da então 3ª Divisão, e o acesso à 2ª divisão. O Bô é irmão do também zagueiro Estevam Soares, que foi campeão brasileiro pelo São Paulo, no ano de 1977 e pai do professor Dudu Soares, há anos integrando o corpo docente do Colégio Lúmen e na ativa como técnico do Inter de Milhões no suíço livre e também do ex-zagueiro Xandão, com passagens pelos júniores do Garça FC, além de destacada presença no Campeonato Amador e em Jogos Regionais, dirigido pelo próprio pai. Ainda tem o Cadado, que também atuou no Clube Atlético Ipiranga.
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Os saudosos Bô (E) e Dr. Romeu, ao lado de Tico Cassolla, quando defendiam o extinto Vetaranos do Garça FC |
Faleceu no dia 31 de agosto de 2008, com 59 anos de idade. Inegavelmente um craque da bola, que deixou seu nome marcado na história do futebol profissional garcense.