Ao longo dos anos grandes
jogadores vestiram a camisa do “Azulão”, desde os tempos do Garça Esporte Clube
e também do Garça Futebol clube. Uns começaram
a carreira aqui e se consagraram lá fora. Outros de renome do futebol
brasileiro, passaram por aqui ou mesmo encerraram a carreira no Garça.
Dentre os inúmeros
que deram o “ultimo chute na bola” cá na terrinha está o outrora famoso Oswaldo
Silva, o Baltazar, mais conhecido como “o cabecinha de ouro”. Tudo porque ele
tinha uma incrível facilidade de marcar gols de cabeça. Segundo apuramos o
Baltazar foi um goleador implacável, não era lá muito bom com os pés, mas com a
cabeça, nem o Pelé, foi melhor que ele.
Em final de carreira
Baltazar se aventurou pelo interior paulista e no ano de 1958 jogou no Garça,
um dos últimos times que defendeu. A foto
recebemos esta semana, do amigo da coluna Enéas Filho, que pode ser
considerado “o Milton Neves do interior
paulista”.
Em pé da esquerda para direita: Joaquim
Brandão (dirigente), Aldo, Xisto, Adilson, Dadico, Altamiro Gomes, Agamenon e
Danilo Fagá (presidente); agachados: Moscatel, Baltazar, China, Ceci, Plínio
Dias e o massagista Antonio.
O atacante China era outro destaque , alcançando
projeção no São Paulo FC entre os anos de 1947 a 1949. No outro flagrante, os ex-craques
do Garça, Agamenon Soares Galvão (esq) e Plínio Dias, durante homenagem recebida
no futebol suíço.
A grande fase do Baltazar foi no
Corinthians, no período de 1946 a 1957, onde
no início era meia direita, depois passou para centroavante. Disputou 401 jogos pelo Timão, com 247
vitórias, 70 empates, 84 derrotas, 266 gols marcados a favor e um contra. De
cabeça foram "só" 7l gols, o
que valeu o apelido de “Cabecinha de Ouro” e muita popularidade. De acordo com
o corintiano Fábio dias, ao lado de Neco, Luizinho e Cláudio, Baltazar tem um
busto em sua homenagem no Parque São Jorge.
É o segundo maior artilheiro da história do Corinthians, atrás de
Cláudio. Jogou em outros clubes menores,
dentre os quais o Juventus, Jabaquara e o União Paulista. Com status de um dos melhores
atacantes brasileiros da época, Baltazar
teve diversas passagens pela Seleção Brasileira, sendo convocado, inclusive,
para as Copas do Mundo de 1950 e 1954. Disputou 31 jogos pela Seleção Brasileira (21 vitórias, 6 empates e 4
derrotas), e marcou 17 gols. Sua passagem pelo Garça foi meteórica. Segundo o
“bécão” Agamenon, o Baltazar já estava praticamente no final de carreira. Foram
poucos jogos e nenhum gol. O físico já não ajudava mais. Não restou outra
alternativa senão largar o futebol profissional. E como a maioria dos jogadores
daquela época, assim que parou com a bola, passou por momentos difíceis na vida. Faleceu pobre
no ano de 1997, em São Paulo, depois de ficar desaparecido por uns dias, sendo
encontrado perambulando pelas praias de Santos, sem destino, como um indigente.