Por Wanderley Marcos 'Tico' Cassolla
No mês de setembro de 1992,
o sempre lembrado time de futebol suíço do Alfa, realizou um interessante jogo
na cidade de Tupã, e venceu a Rial – Produtos de Limpeza, pelo placar de 2 a 1.
Teria sido um simples
amistoso, não fossem duas curiosidades: foi a última vez que os irmãos Alves, João, Cláudio e o Cido atuaram juntos, e também porque marcou a despedida dos gramados do Plínio Dias, eterno ídolo dos
esportistas garcenses. Segundo o
Carlinhos Lima foi o ultimo jogo que o Plínio Dias disputou. O Plínio Dias se destacou como
excepcional atleta do futebol profissional, defendendo o Garça Esporte Clube e
também o Garça Futebol Clube por vários anos, entre o final dos anos 50 até o
início dos anos 70.
Em Tupã, o Alfa fez o
suficiente para sair com a vitória, gols do atacante Zé Bicha e o outro uma
dúvida: do Sardinha ou Cláudio Alves? No
flagrante o Alfa posando para a posteridade. Em pé, da esquerda para direita:
Toninho Ribeirão (dirigente do Rial), Pedro Habache, Carlinhos Lima, Cezinha,
João Habache, Plínio Dias e Waldimir; agachados: Cláudio Alves, Zé Bicha, João
Alves, Tonho Nego, Mirão, Sardinha e Cido Alves. Na outra foto, Carlinhos Lima (esq) e Plínio
Dias, vestindo o uniforme como jogador do Alfa pela ultima vez, depois de já
ter encerrado a carreira no futebol profissional.
ALFA: Uma
equipe que marcou época no futebol de nossa cidade. Foi fundada
no dia 09 de abril de 1.979. Tudo
começou por causa de um cursinho para o vestibular que funcionava onde hoje é o
Sacolão Garça, na Rua José Augusto Escobar, nº 133, centro da cidade. Ali os alunos, tendo a frente o Álvaro Chagas,
Guidinho Gaion, Ernesto Kagueiama, Ataliba, Gilmar, Fernando Lopes e os
professores Sérgio Correia e Ernesto Kagueiama, deram o “pontapé” inicial que
culminou com a formação do Alfa.
Depois em se falando do Alfa,
já como integrante do campeonato de futebol suíço, não podemos deixar de registrar o nome do esportista
Fernando Lopes, o seu mais fiel dirigente. O Alfa representou para o suíço
garcense, uma equipe guerreira, que vendia caro a derrota, jamais “entregou os
pontos”. Era um osso duro doer! Os adversários que o digam. Em nossos registros
não consta o Alfa como campeão do futebol suíço. Porém, foi um “campeão” de organização,
voluntariedade e principalmente de disciplina. Seus jogadores tinham em mente
“que o importante era competir”. O resultado ficava sempre para um segundo plano.
Por isto não tinha quem não torcia ou
tinha um carinho especial pelo Alfa. Era uma espécie de Juventus (São Paulo) ou
América (Rio), todo mundo gostava, não tinha torcida contra. Durante o período
que esteve em atividades vários atletas envergaram sua camisa, sempre primando
pela disciplina, lealdade e coleguismo no meio esportivo.
Fonte: Jornal Comarca de Garça
Coluna: 'Recordar é Viver'