sexta-feira, 27 de julho de 2012

Recordar é viver: Alfa venceu amistoso em Tupã




Por Wanderley Marcos 'Tico' Cassolla 

No mês de setembro de 1992, o sempre lembrado time de futebol suíço do Alfa, realizou um interessante jogo na cidade de Tupã, e venceu a Rial – Produtos de Limpeza, pelo placar de 2 a 1.
Teria sido um simples amistoso, não fossem duas curiosidades: foi a última vez que os irmãos Alves,  João, Cláudio e o Cido atuaram juntos, e também porque marcou a despedida dos gramados do Plínio Dias, eterno ídolo dos esportistas garcenses.  Segundo o Carlinhos Lima foi o ultimo jogo que o Plínio Dias disputou. O Plínio Dias se destacou como excepcional atleta do futebol profissional, defendendo o Garça Esporte Clube e também o Garça Futebol Clube por vários anos, entre o final dos anos 50 até o início dos anos 70.
Em Tupã, o Alfa fez o suficiente para sair com a vitória, gols do atacante Zé Bicha e o outro uma dúvida: do Sardinha ou Cláudio Alves? No flagrante o Alfa posando para a posteridade. Em pé, da esquerda para direita: Toninho Ribeirão (dirigente do Rial), Pedro Habache, Carlinhos Lima, Cezinha, João Habache, Plínio Dias e Waldimir; agachados: Cláudio Alves, Zé Bicha, João Alves, Tonho Nego, Mirão, Sardinha e Cido Alves.  Na outra foto, Carlinhos Lima (esq) e Plínio Dias, vestindo o uniforme como jogador do Alfa pela ultima vez, depois de já ter encerrado a carreira no futebol profissional.

ALFA:  Uma equipe que marcou época no futebol de nossa cidade. Foi fundada no dia  09 de abril de 1.979. Tudo começou por causa de um cursinho para o vestibular que funcionava onde hoje é o Sacolão Garça, na Rua José Augusto Escobar, nº 133, centro da cidade.  Ali os alunos, tendo a frente o Álvaro Chagas, Guidinho Gaion, Ernesto Kagueiama, Ataliba, Gilmar, Fernando Lopes e os professores Sérgio Correia e Ernesto Kagueiama, deram o “pontapé” inicial que culminou com a formação do Alfa.
Depois em se falando do Alfa, já como integrante do campeonato de futebol suíço,  não podemos deixar de registrar o nome do esportista Fernando Lopes, o seu mais fiel dirigente. O Alfa representou para o suíço garcense, uma equipe guerreira, que vendia caro a derrota, jamais “entregou os pontos”. Era um osso duro doer! Os adversários que o digam. Em nossos registros não consta o Alfa como campeão do futebol suíço. Porém, foi um “campeão” de organização, voluntariedade e principalmente de disciplina. Seus jogadores tinham em mente “que o importante era competir”. O resultado ficava sempre para um segundo plano.  Por isto não tinha quem não torcia ou tinha um carinho especial pelo Alfa. Era uma espécie de Juventus (São Paulo) ou América (Rio), todo mundo gostava, não tinha torcida contra. Durante o período que esteve em atividades vários atletas envergaram sua camisa, sempre primando pela disciplina, lealdade e coleguismo no meio esportivo.

Fonte: Jornal Comarca de Garça
Coluna: 'Recordar é Viver'