sexta-feira, 26 de outubro de 2012

'Recordar é Viver': amigos homenageiam Inocêncio Martins





Por Wanderley Marcos 'Tico' Cassolla 


Na noite da última sexta-feira (19), vários amigos se reuniram e num ambiente agradável recordaram os bons tempos de outrora. Época que  trabalharam no Banco Bradesco, no início dos anos 70, quando a agência  funcionava na rua Barão do Rio Branco, centro da cidade, onde hoje está a Câmara Municipal de Garça.
Estiveram presentes:  José Lourenço, Vicente Martins, Roberto Garcia, Laércio Padroni, Neto, Manflin, Inocêncio Martins e alguns convidados, entre eles: Roberto Mariano, Rafael, Michel, Diogo, Henrique e o Tiago, que “pilotou” a churrasqueira. A turma, bastante animada, reviveu os grandes momentos da vida cotidiana de um bancário. A maioria entrou garotinho no banco, contínuo ou office-boy, foi crescendo e ocupando cargo elevado naquela instituição bancária. Depois se mudaram, cada um seguiu seu destino e muitos não se viam  há mais de 40 anos. Enfim, neste reencontro, mataram saudades de uma época que jamais será esquecida.
Mas o grande momento foi a homenagem prestada ao amigo Inocêncio Martins, o conhecido “Rabudinho”, sem sombras de dúvidas o melhor jogador que passou pelo banco. Coube ao Roberto Garcia, num emocionante discurso, fazer a entrega de um quadro com a foto do time do Serenata, cuja principal estrela era o Rabudinho. O Serenata era uma verdadeira seleção varzeana, e foi bi-campeão regional inédito, nas temporadas de 1972/73, competição  promovida pela Liga Municipal de Marília.
Voltando ao Rabudinho, ele foi um grande meio-campista, tipo “clássico”. Guardada as devidas proporções, pelo que fiquei sabendo, era considerado o Ademir da Guia, tendo em vista a semelhança de seu futebol com o Divino – ex-craque palmeirense.  Tinha ótima colocação em campo e dificilmente olhava para a bola. O pensamento já estava no lance seguinte. Não foi um grande finalizador, sua especialidade mesmo era armar jogadas e colocar os companheiros na cara do gol.  Seus gols (não muitos) foram de rara beleza. Daí o porque de seu curioso apelido “Rabudo”, que no linguajar do futebol é o jogador que tem habilidade ou mesmo sorte para fazer jogadas de efeitos e marcar gols impossíveis.
Dentre os principais times que jogou estão o Paulistinha, Mercado, Rebelo, Serenata e o Ramos. Também se aventurou no suíço, defendendo o próprio time do Bradesco e  o Expressinho RCG. Segundo o Luiz Tucilo, o “Bidiu”, desde a época do  Paulistinha, o Rabudinho nunca errou um pênalti. Era goleiro de um lado, bola do outro. Recordamos o time do Serenata, do ano de 1972. Em pé da esquerda para direita: João Truzzi (treinador), Zé Walter, Dadi, Jorjão, Picova, Mário, Nelsinho, Jaime Miranda (interventor federal), Adalberto e Marchello (massagista); Agachados: Edgard, Titica, Dominguinhos, Rabudinho, Noriva, Chico Ramalho e Edílio.
No outro flagrante, Roberto Garcia entregando o quadro do Serenata. Também estão na foto: Michel, Zé Lourenço, Manflin, Tico, Inocêncio Rabudinho, Laércio, Neto e Vicente.

Fonte: Jornal Comarca de Garça