Por Wanderley Marcos 'Tico' Cassolla
Na
noite da última sexta-feira (19), vários amigos se reuniram e num ambiente agradável
recordaram os bons tempos de outrora. Época que
trabalharam no Banco Bradesco, no início dos anos 70, quando a agência funcionava na rua Barão do Rio
Branco, centro da cidade, onde hoje está a Câmara Municipal de Garça.
Estiveram
presentes: José Lourenço, Vicente
Martins, Roberto Garcia, Laércio Padroni, Neto, Manflin, Inocêncio
Martins e alguns convidados, entre eles: Roberto Mariano, Rafael, Michel, Diogo,
Henrique e o Tiago, que “pilotou” a churrasqueira. A turma, bastante animada,
reviveu os grandes momentos da vida cotidiana de um bancário. A maioria entrou
garotinho no banco, contínuo ou office-boy, foi crescendo e ocupando cargo
elevado naquela instituição bancária. Depois se mudaram, cada um seguiu seu
destino e muitos não se viam há mais de
40 anos. Enfim, neste reencontro, mataram saudades de uma época que jamais será
esquecida.
Mas o grande
momento foi a homenagem prestada ao amigo Inocêncio Martins, o conhecido
“Rabudinho”, sem sombras de dúvidas o melhor jogador que passou pelo banco.
Coube ao Roberto Garcia, num emocionante discurso, fazer a entrega de um quadro
com a foto do time do Serenata, cuja principal estrela era o Rabudinho. O
Serenata era uma verdadeira seleção varzeana, e foi bi-campeão regional
inédito, nas temporadas de 1972/73, competição
promovida pela Liga Municipal de Marília.
Voltando ao
Rabudinho, ele foi um grande meio-campista, tipo “clássico”. Guardada as
devidas proporções, pelo que fiquei sabendo, era considerado o Ademir da Guia,
tendo em vista a semelhança de seu futebol com o Divino – ex-craque
palmeirense. Tinha ótima colocação em
campo e dificilmente olhava para a bola. O pensamento já estava no lance
seguinte. Não foi um grande finalizador, sua especialidade mesmo era armar
jogadas e colocar os companheiros na cara do gol. Seus gols (não muitos) foram de rara beleza.
Daí o porque de seu curioso apelido “Rabudo”, que no linguajar do futebol é o
jogador que tem habilidade ou mesmo sorte para fazer jogadas de efeitos e
marcar gols impossíveis.
Dentre os
principais times que jogou estão o Paulistinha, Mercado, Rebelo, Serenata e o
Ramos. Também se aventurou no suíço, defendendo o próprio time do Bradesco
e o Expressinho RCG. Segundo o Luiz
Tucilo, o “Bidiu”, desde a época do
Paulistinha, o Rabudinho nunca errou um pênalti. Era goleiro de um lado,
bola do outro. Recordamos o time do Serenata, do ano de 1972. Em pé da esquerda
para direita: João Truzzi (treinador), Zé Walter, Dadi, Jorjão, Picova, Mário, Nelsinho, Jaime Miranda
(interventor federal), Adalberto e Marchello (massagista); Agachados: Edgard,
Titica, Dominguinhos, Rabudinho, Noriva, Chico Ramalho e Edílio.
No outro flagrante, Roberto Garcia entregando
o quadro do Serenata. Também estão na foto: Michel, Zé Lourenço, Manflin, Tico,
Inocêncio Rabudinho, Laércio, Neto e Vicente.
Fonte: Jornal Comarca de Garça