Este post publicamos, com muita satisfação, a pedido do nosso amigo particular, Fabiano Oliveira, pois neste sábado (28) estão completando dois anos do falecimento de Robson Pezão, um dos grandes nomes da história do nosso futebol amador e pai do nosso querido Fabiano. O texto, sempre primoroso, é de autoria de Wanderley `Tico´ Cassolla:
Esta foi a primeira e última vez que corremos atrás da bola pesada;
Era
o ano de 1.974 (quantos anos você tinha?) e saiu um torneio na cidade, que
aconteceu no Garça Tênis Clube;
Eu e
o Robson fomos jogar no time dos Comerciários, a convite do Gerson (Casa
Ipiranga) e Roberto (Casa Carvalho);
Terminamos
como vice-campeões;
Eu
marcando gols lá na frente e o Pezão segurando lá trás, com sua especialidade:
dando carrinho pra tudo quanto é lado. A cada jogo ele saía todo ralado;
Isto
mesmo, você já viu carrinho em futebol de salão?
Mas
jogamos o fino e terminamos como vice-campeões;
Detalhe:
na semi-final a rodada foi interrompida, graças ao Pezão;
O
piso da quadra do Tênis era uma espécie de um ladrinho branco puro,
meio "poroso";
Quem
caía se relava inteirinho...
Acontece
que estávamos pressionando o adversário, o Pezão apoiando, eles saíram num
rápido contra-ataque.
Eis
que o Pezão, deu um sensacional carrinho num atacante, de no minimo uns 5
metros; Acertou a bola e o jogador. Porém, voou "ladrilho" pra tudo quanto
é lado;
No
minimo uns 10 se desgrudaram e a quadra ficou sem condições de jogo;
Resultado:
rodada encerrada, e o segundo jogo também cancelado.
Noutro
dia os pedreiros cimentaram tudo, a noite a rodada continuou;
Antes
de recomeçar nosso jogo, o "juizão", reuniu todos os jogadores no
meio-de campo e falou: "hoje tem nova regra e carrinho não vale, olhando
pro Pezão.
Foi
só risada...
Ganhamos
o jogo e fomos pra final.
Foi
a primeira vez que joguei junto com o Pezão e durante os "90 minutos"
ele não deu um carrinho sequer;
Outro
detalhe curioso: durante a fase de classificação, o nosso goleiro Cabrini (hoje
aposentado do Banespa), acostumado a jogar futebol de campo, protagonizou um
lance no minimo curioso;
Numa
bola chutada no alto em nosso gol, o Cabrini deu uma tremenda duma
"ponte" e colocou a bola para escanteio, porém, caiu todo
esborrachado no chão;
Só
que nesta "ponte" ele acabou perdendo sua "ponte", isto é,
parte dos dentes;
Pedimos
um tempo ao juizão, e todos (nós, adversário e dirigentes) saímos na procura da
dita ponte; E o Cabrini falava; "coloquei a ponte ontem, ela tá novinha,
não posso perder, de jeito nenhum, ficou cara";;
A
quadra com iluminação "fraquinha", dificultava nossa busca;
Até
que um felizardo, depois dum bom tempo, achou a "ponte" do Cabrini e
o jogo foi reiniciado, pra alegria dos torcedores.
Se
voce conhecer o Cabrini pode perguntar deste lance prele;
Fabiano,
daria um bom "Recordar é Viver" no Jornal Comarca.