sábado, 28 de setembro de 2013

Que saudade: dois anos sem um grande homem!

Este post publicamos, com muita satisfação, a pedido do nosso amigo particular, Fabiano Oliveira, pois neste sábado (28) estão completando dois anos do falecimento de Robson Pezão, um dos grandes nomes da história do nosso futebol amador e pai do nosso querido Fabiano. O texto, sempre primoroso, é de autoria de Wanderley `Tico´ Cassolla: 


Esta foi a primeira e última vez que corremos atrás da bola pesada;
Era o ano de 1.974 (quantos anos você tinha?) e saiu um torneio na cidade, que aconteceu no Garça Tênis Clube;
Eu e o Robson fomos jogar no time dos Comerciários, a convite do Gerson (Casa Ipiranga) e Roberto (Casa Carvalho);
Terminamos como vice-campeões;
Eu marcando gols lá na frente e o Pezão segurando lá trás, com sua especialidade: dando carrinho pra tudo quanto é lado. A cada jogo ele saía todo ralado;
Isto mesmo, você já viu carrinho em futebol de salão?
Mas jogamos o fino e terminamos como vice-campeões;
Detalhe: na semi-final a rodada foi interrompida, graças ao Pezão;
O piso da quadra do Tênis era uma espécie de um ladrinho branco puro, meio "poroso";
Quem caía se relava inteirinho...
Acontece que estávamos pressionando o adversário, o Pezão apoiando, eles saíram num rápido contra-ataque.
Eis que o Pezão, deu um sensacional carrinho num atacante, de no minimo uns 5 metros; Acertou a bola e o jogador. Porém, voou "ladrilho" pra tudo quanto é lado;
No minimo uns 10 se desgrudaram e a quadra ficou sem condições de jogo;
Resultado: rodada encerrada, e o segundo jogo também cancelado.
Noutro dia os pedreiros cimentaram tudo, a noite a rodada continuou;
Antes de recomeçar nosso jogo, o "juizão", reuniu todos os jogadores no meio-de campo e falou: "hoje tem nova regra e carrinho não vale, olhando pro Pezão.
Foi só risada...
Ganhamos o jogo e fomos pra final.
Foi a primeira vez que joguei junto com o Pezão e durante os "90 minutos" ele não deu um carrinho sequer;
Outro detalhe curioso: durante a fase de classificação, o nosso goleiro Cabrini (hoje aposentado do Banespa), acostumado a jogar futebol de campo, protagonizou um lance no minimo curioso;
Numa bola chutada no alto em nosso gol, o Cabrini deu uma tremenda duma "ponte" e colocou a bola para escanteio, porém, caiu todo esborrachado no chão;
Só que nesta "ponte" ele acabou perdendo sua "ponte", isto é, parte dos dentes;
Pedimos um tempo ao juizão, e todos (nós, adversário e dirigentes) saímos na procura da dita ponte; E o Cabrini falava; "coloquei a ponte ontem, ela tá novinha, não posso perder, de jeito nenhum, ficou cara";;
A quadra com iluminação "fraquinha", dificultava nossa busca;
Até que um felizardo, depois dum bom tempo, achou a "ponte" do Cabrini e o jogo foi reiniciado, pra alegria dos torcedores.
Se voce conhecer o Cabrini pode perguntar deste lance prele;

Fabiano, daria um bom "Recordar é Viver" no Jornal Comarca.