sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Recordar é Viver: "Os 50 anos do GFC"










Por Tico Cassolla


Se estivesse em atividades, o Garça teria completado no último dia quinze, 50 anos de existência. Tudo começou no ano de 1.965, quando o futebol profissional estava parado na cidade. O ressurgimento do Garça Esporte Clube era uma possibilidade, pois a maioria dos esportistas queria a sua reativação.  Vale lembrar que desde o ano de 1.932 já existia o futebol profissional através do Garça Esporte Clube.

Diante das inúmeras dificuldades, não restou alternativa senão formar uma nova agremiação, que obviamente deveria levar o nome da cidade. Depois de algumas reuniões, o nome escolhido foi Garça Futebol Clube, o uniforme na cor azul. Daí a denominação de “Azulão”. O símbolo escolhido: as iniciais GFC dentro de um losango. Na década de 90 os dirigentes da época trocaram por uma “garcinha voando”. O primeiro presidente foi o esportista Antonio Alexandre Marques. As reuniões aconteceram na Sociedade Amigos de Garça, que ficava localizada na Praça Rui Barbosa, nº. 53, na Rua Carlos Ferrari,  próximo da Lotérica Matriz.

Quando da fundação, por falta de campo com dimensões oficiais,  participou  do Campeonato Amador do Estado. O time base para a formação do Garça foi o Jambo Futebol Clube, equipe amadora que era uma verdadeira seleção.  O “Azulão” viveu o auge no início da década de 70, dando muitas alegrias aos torcedores, com um time forte e competitivo.

Recordamos  o Garça com camisas listradas, da temporada de 1974, quando disputou o Certame da Primeira Divisão, em 1974, e tinha como presidente Marcelo da Costa Val.  Em pé, da esquerda para direita: Nogueira (treinador), Pedrão, Pedroso, Vitório, Abegar, Franz e João Azevedo; Agachados: Dozinho, Osmar, Rodolfo Devito, Baiano e Rinaldo. Destaque para o ponta esquerda, ex-Palmeiras e Seleção Brasileira, que me final de carreira, ainda marcou o gol de falta, no empate com o Rio Preto em 1 a 1.

O Garça tem importantes conquistas na sua história: campeão da 4ª série no ano de 1.968, campeão da 3ª Série em 1.969, campeão da 2ª Divisão do Estado em 1.969, campeão da série “Arthur Friedenreich em 1.971 , vice-campeão da 3ª Divisão em 1.984, vice-campeão da série B1-B em 1.995. Em 1.996, terminou como terceiro colocado da Série Bl-A, o que valeu a ascensão à série A-3, uma espécie de terceira divisão do Estado.  Os vice-campeonatos conquistados em 1.984/95 e a terceira colocação em 96, valeram ascensão à divisão superior.

O Garça “entrou em campo” até o ano de 2.004, quando encerrou as atividades.
Recordamos também o ótimo time do ano de 2.000, vice-campeão da Série A-III, quando enfrentou o Nacional, em São Paulo. Em pé da esquerda para direita: Marcelo (mordomo), Luciano, Erasmo, Júlio Cézar, Beto, Daniel e Júlio César (preparador físico). Agachados: Celsinho, Mauro César, Vital, Chokito, Webster e Santos.

A coluna também homenageia o esportista José Luiz  Picoloto, proprietário da “Sapataria Picoloto”, um dos mais fervorosos torcedor do Garça.  Amante do bom futebol, dificilmente perdia um jogo no “Platzeck”  aos domingos. Sabe de cor e salteado a escalação do timaço de 71, que disputou as finais em São Paulo: Pedroso, Bô, Abegar, Ari Lima, Itamar, Osmar Silvestre, Itamar Belasalma, Rogerinho, Claudio Belon eram ótimos jogadores. Um tanto quanto saudosista o são paulino Picoloto, não perde a esperança do retorno do “Azulão” para alegria de toda a torcida garcense.