Por Tico Cassolla
Se estivesse em atividades, o Garça teria completado
no último dia quinze, 50 anos de existência. Tudo começou no ano de 1.965, quando o futebol profissional estava
parado na cidade. O ressurgimento do Garça Esporte Clube era uma possibilidade,
pois a maioria dos esportistas queria a sua reativação. Vale lembrar que desde o ano de 1.932 já
existia o futebol profissional através do Garça Esporte Clube.
Diante das inúmeras dificuldades, não restou alternativa
senão formar uma nova agremiação, que obviamente deveria levar o nome da cidade.
Depois de algumas reuniões, o nome escolhido foi Garça Futebol Clube, o uniforme
na cor azul. Daí a denominação de “Azulão”. O símbolo escolhido: as iniciais
GFC dentro de um losango. Na década de 90 os dirigentes da época trocaram por
uma “garcinha voando”. O primeiro presidente foi o esportista Antonio Alexandre
Marques. As reuniões aconteceram na Sociedade Amigos de Garça, que ficava
localizada na Praça Rui Barbosa, nº. 53, na Rua Carlos Ferrari, próximo da Lotérica Matriz.
Quando da fundação, por falta de campo com dimensões
oficiais, participou do Campeonato Amador do Estado. O
time base para a formação do Garça foi o Jambo Futebol Clube, equipe amadora que
era uma verdadeira seleção. O “Azulão” viveu
o auge no início da década de 70, dando muitas alegrias aos torcedores, com um
time forte e competitivo.
Recordamos o Garça com camisas listradas, da temporada de
1974, quando disputou o Certame da Primeira Divisão, em 1974, e tinha como
presidente Marcelo da Costa Val. Em pé,
da esquerda para direita: Nogueira (treinador), Pedrão, Pedroso, Vitório,
Abegar, Franz e João Azevedo; Agachados: Dozinho, Osmar, Rodolfo Devito, Baiano
e Rinaldo. Destaque para o ponta esquerda, ex-Palmeiras e Seleção Brasileira,
que me final de carreira, ainda marcou o gol de falta, no empate com o Rio
Preto em 1 a 1.
O Garça tem importantes conquistas na sua
história: campeão
da 4ª série no ano de 1.968, campeão da 3ª Série em 1.969, campeão da 2ª
Divisão do Estado em 1.969, campeão da série “Arthur Friedenreich em 1.971 ,
vice-campeão da 3ª Divisão em 1.984, vice-campeão da série B1-B em 1.995. Em
1.996, terminou como terceiro colocado da Série Bl-A, o que valeu a ascensão à
série A-3, uma espécie de terceira divisão do Estado. Os vice-campeonatos conquistados em 1.984/95 e
a terceira colocação em 96, valeram ascensão à divisão superior.
O Garça “entrou em campo” até o ano de 2.004, quando encerrou
as atividades.
Recordamos também o ótimo time do ano de 2.000,
vice-campeão da Série A-III, quando enfrentou o Nacional, em São Paulo. Em pé da esquerda para
direita: Marcelo (mordomo), Luciano, Erasmo, Júlio Cézar, Beto, Daniel e Júlio
César (preparador físico). Agachados: Celsinho, Mauro César, Vital, Chokito,
Webster e Santos.