sexta-feira, 29 de abril de 2016

`Recordar é Viver: a homenagem a Fernando Tardim e Waltinho´












Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Na última terça feira (26) foi comemorado o dia do goleiro. Um atleta, digamos, diferenciado, numa equipe de futebol. Primeiro porque é o único que pode jogar com as mãos. Segundo porque está ali no gol, para “tirar” a alegria do torcedor. Por isto é um personagem único. Onde ele pisa, nem grama nasce. Assim é a vida do goleiro, um jogador solitário, cercado por linhas que delimitam sua ação. Até mesmo é obrigado a se vestir de forma diferenciada dos demais companheiros. E com a “nobre missão” de atrapalhar o momento de maior felicidade do futebol, o gol.

Tem até quem o chame de “santo” (Marcos, do Palmeiras), quando tem tal conduta. Porém, se a bola passa, seja indefensável ou defensável, vira um dono de granja. Com a evolução do futebol, o goleiro vem tendo uma forma de atuar mais ativa. Alguns se tornando artilheiros (Rogério Ceni, do São Paulo), cobrando faltas e penalidades máximas, ou fazendo precisos lançamentos em jogadas de contra ataques.

A coluna hoje homenageia dois goleiros, destaques dos futebol amador garcense: Fernando Henrique Tardim e Walter Pantaleão.

O Fernando Tardim despontou no time dos Fraldinhas da CCE (Comissão Central de Esportes), então presidida pelo são-paulino Ari da Silva Braga, no ano de 1.983. Sempre aplicado e com muita vontade, foi crescendo, passou pelo dente de leite e juvenil. No Amador jogou no Samaritano, Cavalcante, Municipal e no suíço defendeu a PPA, Flamenguinho e Pereira Usinagem. Viveu sua grande fase no Cavalcante (foto), nas temporadas de 94/95. Veja o Cavalcante, do técnico Túlio Calegaro. Em pé da esquerda para direita: Adãozinho, Fernando Tardim, Dema, Biro, Naná, Rufo e Túlio Calegaro (técnico); Agachados: Jabú, Dentinho, Mandala, Dinho Scartezini e Paulinho. Por problemas profissionais, o Fernando Tardim mudou para a cidade de Botucatu, onde se tornou um grande praticante do ciclismo.

Já o Walter Pantaleão, o Waltinho, está entre os melhores goleiros do futebol suíço garcense da atualidade. Outrora teve uma passagem marcante no amador, jogando pelo Municipal, Bom Bife, Paulista e Sena. Depois foi para o extinto “suíço livre” defender o time da Brahma. Em seguida o São Lucas, onde fez fama, sendo apontado dos melhores da posição. Há duas temporadas defende o São Lucas, praticando ótimas atuações e conquistando prêmios como goleiro menos vazado.

Veja o Waltinho (à dir) ao lado do goleiro Babá, do Independente. No outro flagrante, atuando no “Platzeck”. Recentemente ao disputar um bola, o Waltinho sofreu uma séria contusão (coluna vertebral). Mas aos poucos vai se recuperando, e nossa torcida (e também de todos os esportistas) é para que volte em breve aos campos, com sua alegria e incríveis defesas.

Dia do goleiro: É comemorado sempre no dia 26 de abril. A idéia de criar o "Dia Nacional do Goleiro" começou com os professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, o tenente Raul Carlesso e o Capitão Reginaldo Pontes Bielinski. Carlesso foi preparador físico da Seleção Brasileira da Copa de 1974 e o pioneiro a desenvolver uma forte preparação de arqueiros no Brasil. A data foi instituída em no ano de 1976 em homenagem ao goleiro Hailton Correa de Arruda, que ficou mais conhecido como Manga (com passagens pelo Sport, Botafogo, Grêmio, Internacional, Seleção Brasileira de 1966, entre outras equipes), e nasceu neste dia, no ano de 1937. Manga está entre os maiores goleiros da história do futebol brasileiro.