sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Recordar é Viver: "O 1º encontro dos radialistas garcenses"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Apesar de não ser da área dos “microfones”, recebemos o convite para participar do 1º Encontro dos Radialistas de Garça (Rádio Clube de Garça de Garça, depois Centro Oeste-AM e da FM-102,5) e lá estivemos presentes. Confesso que foi um domingo diferenciado.  Nós que crescemos ouvindo rádio (ondas média e ondas curtas), principalmente os programas esportivos, reencontramos várias radialistas, que marcaram época, uma geração de nossa cidade. Alguns conhecíamos somente como ouvintes, no domingo estivemos “cara a cara” com eles e confesso que matamos saudades de um tempo não muito distante. Não vou enumerar nomes dos que estiveram presentes para não cometermos injustiças (veja nos flagrantes). Alguns ainda continuam nos microfones, outros seguiram uma nova carreira. Todos vivenciaram momento único em suas vidas que jamais serão esquecidos. A emoção maior foi quando cada um, usando o microfone, falou do início da carreira no rádio e da dificuldade para falar na “latinha”. E já está tudo programado para 2.017, comemorando os 70 anos do rádio em Garça. Com certeza muitas emoções serão revividas.

Homenageando os radialistas, nada mais justo do que publicar abaixo, a saudação do palmeirense Nilson Bastos Bento, o “papa da comunicação garcense”, apontado por unanimidade como o grande mestre.

“A essência de um reencontro feliz entre velhos amigos são as lembranças dos momentos juntos vividos, que jamais serão esquecidos. Sejam eles alegres ou tristes, aborrecidos ou hilários, de sucesso ou de fracasso, de encontro ou desencontros, todos formam um acumulado de experiências que influenciaram, as vezes de forma marcante, a história de nossas vidas. Radialistas garcenses com passagem pela antiga Rádio Clube de Garça (1.600 KHZ), hoje Rádio Centro Oeste (AM-670), a primeira emissora de rádio da cidade, e a FM-102,5 reuniram-se para o seu primeiro encontro. Um momento de completa descontração e muita emoção. O churrasco e a cerveja na casa do corintiano Jorge Ismail foram mero pretexto. O que todos queriam mesmo era reencontrar, reviver. Alguém teve o cuidado de levar um microfone e uma caixa amplificada. Desnecessários pela dimensão do ambiente. Indispensáveis pela formação profissional de todos os participantes. Normalmente locutores de estúdio são tímidos, mas diante de um microfone se transformam. E esse instrumento mágico levou todos a se manifestarem entre risos quase incontroláveis e choros quase incontidos. Nas história que se sucediam havia sempre um personagem que, embora fisicamente ali não estivesse, é sempre a razão maior da atividade do comunicador: o público ouvinte."

"Todos se renderam a ideia de que o rádio extrapola a simples idéia de um negócio e de que o exercício da profissão atende acima de tudo, a uma vocação. Essa era a tônica das falas: “para ser um radialista o principal requisito é que o cara tenha vocação e dedicação”. Cada um a seu modo disse do orgulho em exercer a profissão e do sentimento de realização pessoal em sentir-se útil à comunidade, através da informação, da divulgação da cultura, do entretenimento, da prestação de serviço, da promoção dos negócios e tantos outros benefícios que o veículo de comunicação, o rádio, assume dentro da sua área de atuação. Aos meus amigos de tantos, diferentes e ricos momentos, o meu muito obrigado pela iniciativa da realização do encontro. Com vocês, ao longo da vida, passei momentos que chego a desejar que jamais se acabassem. Valeu. Obrigado. E até de repente, porque de repente, a gente se encontra”.

Um feliz 2.017, com alguns empates, nenhuma derrota e muitas vitórias!!!