Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Apesar de não ser da área
dos “microfones”, recebemos o convite para participar do 1º Encontro dos
Radialistas de Garça (Rádio Clube de Garça de Garça, depois Centro Oeste-AM e da
FM-102,5) e lá estivemos presentes. Confesso que foi um domingo diferenciado. Nós que crescemos ouvindo rádio (ondas média e
ondas curtas), principalmente os programas esportivos, reencontramos várias
radialistas, que marcaram época, uma geração de nossa cidade. Alguns
conhecíamos somente como ouvintes, no domingo estivemos “cara a cara” com eles
e confesso que matamos saudades de um tempo não muito distante. Não vou
enumerar nomes dos que estiveram presentes para não cometermos injustiças (veja
nos flagrantes). Alguns ainda continuam nos microfones, outros seguiram uma
nova carreira. Todos vivenciaram momento único em suas vidas que jamais serão
esquecidos. A emoção maior foi quando cada um, usando o microfone, falou do
início da carreira no rádio e da dificuldade para falar na “latinha”. E já está
tudo programado para 2.017, comemorando os 70 anos do rádio em Garça. Com
certeza muitas emoções serão revividas.
Homenageando os radialistas,
nada mais justo do que publicar abaixo, a saudação do palmeirense Nilson Bastos
Bento, o “papa da comunicação garcense”, apontado por unanimidade como o grande
mestre.
“A essência de um reencontro
feliz entre velhos amigos são as lembranças dos momentos juntos vividos, que
jamais serão esquecidos. Sejam eles alegres ou tristes, aborrecidos ou
hilários, de sucesso ou de fracasso, de encontro ou desencontros, todos formam
um acumulado de experiências que influenciaram, as vezes de forma marcante, a
história de nossas vidas. Radialistas garcenses com
passagem pela antiga Rádio Clube de Garça (1.600 KHZ), hoje Rádio Centro Oeste
(AM-670), a primeira emissora de rádio da cidade, e a FM-102,5 reuniram-se para
o seu primeiro encontro. Um momento de completa descontração
e muita emoção. O churrasco e a cerveja na casa do corintiano Jorge Ismail
foram mero pretexto. O que todos queriam mesmo era reencontrar, reviver. Alguém
teve o cuidado de levar um microfone e uma caixa amplificada. Desnecessários
pela dimensão do ambiente. Indispensáveis pela formação profissional de todos
os participantes. Normalmente locutores de estúdio são tímidos, mas diante de
um microfone se transformam. E esse instrumento mágico levou todos a se
manifestarem entre risos quase incontroláveis e choros quase incontidos. Nas
história que se sucediam havia sempre um personagem que, embora fisicamente ali
não estivesse, é sempre a razão maior da atividade do comunicador: o público
ouvinte."
"Todos se renderam a ideia de
que o rádio extrapola a simples idéia de um negócio e de que o exercício da
profissão atende acima de tudo, a uma vocação. Essa era a tônica das falas: “para
ser um radialista o principal requisito é que o cara tenha vocação e
dedicação”. Cada um a seu modo disse do orgulho em exercer a profissão e do
sentimento de realização pessoal em sentir-se útil à comunidade, através da
informação, da divulgação da cultura, do entretenimento, da prestação de
serviço, da promoção dos negócios e tantos outros benefícios que o veículo de
comunicação, o rádio, assume dentro da sua área de atuação. Aos meus amigos de tantos,
diferentes e ricos momentos, o meu muito obrigado pela iniciativa da realização
do encontro. Com vocês, ao longo da vida, passei momentos que chego a desejar
que jamais se acabassem. Valeu. Obrigado. E até de
repente, porque de repente, a gente se encontra”.
Um feliz 2.017, com alguns empates, nenhuma
derrota e muitas vitórias!!!