Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Há tempos vinha conversando
com o santista Aparecido Donizete Ferreira, o conhecido Cido do Banana Brasil,
que queria um dia conhecer uma arena da Copa, para assistir um jogo de futebol.
A ideia vinha amadurecendo ultimamente. Até que recebemos a informação que a seleção brasileira iria enfrentar o Paraguai na Arena Itaquerão (Corinthians), em
confronto válido pelas eliminatórias da Copa da Rússia/18.
Não deu outra, acertamos os
ponteiros, e ficamos na espera dos ingressos, através da net. Logo no primeiro
dia adquirimos dois. Na ultima terça feira pela manhã rumamos para São Paulo, encarando
um “Pratão”. Antes do jogo um passeio a pé pelo centro, passando pela Avenida
Ipiranga x São João, a esquina mais famosa da cidade, Mercado Municipal e
shopping. Depois chegar no “Itaquerão” foi fácil demais. O transporte público
(metrô) funciona, e muito bem. Já era noitinha quando nos aproximamos do templo
do futebol, que como um castelo iluminado podia ser visto de longe.
O Cido, um
tanto quanto feliz, disparou: “nesse campo o Brasil não perde de jeito nenhum”.
Caminhando do metrô até a arena, nunca vi tanta camisa amarela juntas. Os
torcedores num coro só gritando “Brasil, Brasil, Brasil”. Falei pro Cido: “hoje
não tem pra ninguém, ganhamos e carimbamos o passaporte para a Copa da Rússia/18”.
Só posso dizer uma coisa, uma
arena lotada, ficou linda demais. Após algumas fotos para a posteridade, sempre
levando o nome da nossa querida e adorada cidade de Garça, esperamos
ansiosamente o início do jogo. A tradicional “ola” dava um colorido ainda
especial ao evento, esperando a entrada triunfal dos jogadores. O momento
marcante, sem dúvida alguma, foi na hora dos hinos. Respeitosamente ouvimos o
hino paraguaio. Para depois num único coro, numa única voz, cantar o mais
bonito do mundo, o Hino Nacional brasileiro.
Quanto ao jogo todo mundo viu pela televisão o
show da seleção brasileira. Como estão jogando bola os comandados do técnico
Tite e do capitão Neymar, que está “voando em campo”, literalmente. Uma aula de
eficiência tática e técnica dentro de campo. E olha que o Paraguai vinha sendo
um carrasco do Brasil nos últimos anos. Mas desta vez não teve como segurar a
seleção, que está tocando a bola fácil e com objetividade. Em muitos momentos lembrando
a memorável seleção de Zico, Falcão, Sócrates e do nosso goleiro Waldir Perez,
comandada pelo mestre Telê Santana na Copa do Mundo de 1.982 na Espanha. O
placar de 3 a 0 foi pouco. A gente nota que um time jogando bem, quando vence e
convence, marcando gols bonitos, de jogadas trabalhadas, com a finalização
sendo dentro da grande área.
Foi uma noite que jamais esqueceremos, assim como
os quase 50 mil torcedores que estiveram no Itaquerão e milhares espalhados
pelo Brasil inteiro. Sem falar que ao nosso lado estavam o palmeirense Thiago
Rodrigues e o são-paulino Juninho Berlandi (foto), que também ficaram
encantados pela beleza e grandiosidade do “Itaquerão” e do futebol apresentado
pela seleção brasileira. Uma pena que não nos vimos. A participação na Copa da
Rússia já está garantida, e mantendo esta performance o caneco do “hexa” será
nosso. Depois de participar desta noite mágica do futebol brasileiro, hora de
voltar pra casa, novamente de “Pratão”.
Por ironia do destino, numa parada na
“Castelo”, próximo de Botucatu, encontramos com o ex-goleiro Waldir Perez, indo
para SP. O eterno ídolo tricolor elogiou o time, pra variar destacando o
goleiro Alisson, muito bem treinado pelo ex-goleiro Taffarel. Ressaltou que a
seleção montada pelo Tite está no caminho certo. Mais alguns papo de futebol,
seguido de um “selfie”, e cada um seguiu o seu rumo: eu e o Cido para Garça, o
Waldir Perez para São Paulo, e a seleção brasileira para a Copa da Rússia/18.