sexta-feira, 28 de abril de 2017

Recordar é Viver: "Uma homenagem aos goleiros garcenses"












Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Na última quarta-feira (26) foi comemorado o dia do goleiro. Para surpresa de muitos, a data existe e serve para homenagear aquele jogador diferenciado, dos onze que compõem um time de futebol. A começar pela maneira de jogar. É o único que pode utilizar as mãos. Atua numa área delimitada, de pequenas dimensões, onde ele pisa nem grama nasce. Até mesmo seu uniforme é diferente dos demais colegas. Tem uma função ingrata: impedir a alegria do futebol, ou seja, não deixar marcar gols. Diferentemente dos demais não pode falhar de maneira alguma: errou, a bola entra, prejuízo para sua equipe.

Quando joga bem, “pega tudo”, chega a ser chamado de “santo”, mas quando toma um “peru”, é um frangueiro. Esta é a complicada vida de um goleiro, um personagem único, amado ou odiado pelos torcedores.

A ideia de criar o "Dia Nacional do Goleiro" começou com os professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, o tenente Raul Carlesso e o Capitão Reginaldo Pontes Bielinski.  Carlesso foi preparador físico da Seleção Brasileira da Copa de 1974 e o pioneiro a desenvolver uma forte preparação de arqueiros no Brasil. Inicialmente, o dia 14 de abril seria considerado o dia do goleiro, mas não deu muito certo. No ano seguinte, a "comemoração" foi no dia 26 de abril, graças ao dia do nascimento do grande arqueiro Hailton Correa de Arruda, o Manga (na foto com a camisa do Inter), campeão nacional daquela época com o Internacional. Manga foi um dos maiores goleiros da história do Brasil, ídolo no Botafogo, onde jogou mais de 10 anos. Também teve passagens pelo Sport do Recife, Grêmio, Internacional e na Seleção Brasileira.

A coluna homenageia os grandes goleiros que passaram em nossa várzea, recordando alguns que foram destaques, os famosos “guarda metas”:  Paulo Beibe, Tico Venuto, João Luiz Zancopé, Jorjão do Prata, Serginho Zancopé, Osni, Zé Carlos, Navarro, Igurê, Valter Palmital, Canarinho, Chola, Belmiro, Chiquinho, Mané, Zé Roberto Cabrini, Zé Roberto Moisés, Plinio e Plininho Cabrini, Luizinho Andrade, Pinta, Jair Proença, os irmãos Nardo e Ênio Aguiar, Silvio Maciel, Ronier, Pedro Soares, Marcão Roldão, Zú do Gas, Lú “Feijão”, Fabio Sampaio, Waltinho Pantaleão, e tantos outros.
Veja nos flagrantes, alguns deles: O trio formado por Luizinho Andrade, Chiquinho e Waldir Peres, todos com passagens pelo Garça. Chiquinho no ano de 1.973, protagonizou um lance inédito até os dias atuais: marcou  um gol de “goleiro em goleiro”. 

A memorável defesa do Serginho Zancopé, da Ferroviária, no antigo Campo do Municipal, num raro flagrante do fotografo da época, em jogo ocorrido na década de 60. O famoso goleiro Rubens Antonio Demétrio, o “Turcão”, posando com a faixa de campeão da Supergaz, no ano de 1.962.

Há!!! Não podemos esquecer dos treinadores de goleiros. Eles que tem a missão de deixar os goleiros na “ponta dos cascos” para fechar o gol. Nossa homenagem vai para o Benedito de Oliveira, considerado o menor treinador de goleiros do Brasil. Na foto veja o “grande” Ditinho, que está no Vocem, de Assis, sendo entrevistado pelo repórter Alexandre Azank, da TV-Tem/Bauru, afiliada TV. Globo. Todos fazendo parte da rica história do amadorismo garcense.