sexta-feira, 26 de julho de 2019

Recordar é viver: "Waldir Peres, dois anos sem o grande goleiro"



















Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Parece que foi ontem. Mas na última terça feira (23) completaram dois anos do falecimento do nosso conterrâneo Waldir Peres, o goleiro que fez história no futebol brasileiro. Waldir Peres tinha 66 anos e estava passeando na cidade de Mogi Mirim, quando sofreu um infarto fulminante.

“O moço que veio de Garça”, como diria Fiori Giglioti, famoso narrador da Rádio Bandeirantes, marcou época no gol do São Paulo, e disputou três Copas do Mundo.

Desde Marília, o esportista Quiquinato foi um dos que lembrou desta triste data. E nesta semana recebemos quatro fotos que consideramos como raridade na carreira do Waldir Peres. A primeira do ano de 1.971, quando iniciava a carreira na Ponte Preta, clube que adquiriu seu passe do Garça. O time campineiro disputou o Torneio Integração, em Goiânia. Em pé da esquerda para direita: Samuel, Waldir Peres, Valdir Vicente, Serginho, Nelsinho Baptista e Santos; agachados: Adilson, Manfrini, Pedro Paulo, Mosca e Tuta. Nos tempos de São Paulo, ainda cabeludo, posando ao lado do centroavante Mirandinha.

A outra foto, no gol da Seleção Brasileira em 1.982, comandada pelo técnico Telê Santana. Em pé da esquerda para direita: Waldir Peres, Oscar, Leandro, Falcão, Luizinho e Júnior; Agachados: Dirceu, Sócrates, Serginho Chulapa, Zico e Éder. Uma seleção que encantou o mundo, mas perdeu o título na Copa da Espanha. É considerada pelos torcedores e imprensa como uma das melhores na história do futebol brasileiro.

No outro flagrante, o encontro do são-paulino Washington Pereira de Araújo com o “guapo”, ocasião em que o Cateto mostrou a camisa usada pelo Waldir Peres, no jogo do São Paulo no “Morumbi”, em meados dos anos 70, e depois presenteou o amigo jafense.  
               
A CARREIRA: Uma carreira de sucessos, iniciada aqui em Garça, no time do Corintinha. O primeiro título foi o de campeão juvenil no Paulistinha, no ano de 1.965.

No Garça (futebol profissional), campeão no ano de 1.969. Em seguida foi vendido para a Ponte Preta, e três anos depois contratado pelo São Paulo. De 03/11/1.973 à 26/05/1.984, disputou 617 partidas (só perde para Rogério Ceni), com 300 vitórias, 195 empates e 122 derrotas. Foi campeão brasileiro em 1.977, contra o Atlético/MG, onde teve papel decisivo nas cobranças de pênalti e os Paulistas de 1.975/80 e 81. Waldir Peres ainda tem o feito de nunca ter sido expulso, e ganhou o prêmio Belfort Duarte, entregue pela Confederação Brasileira de Desportos. Na Seleção Brasileira, conquistou a Taça do Atlântico (1.976), Taça Oswaldo Cruz (1.976), Copa Rio Branco (1.976), Copa Roca (1.976) e Torneio Bicentenário USA (1.976). Participou de três Copas do Mundo: na Alemanha em 1.974, na Argentina em 1.978 e na Espanha em 1.982, esta como titular. 

Outro recorde que dificilmente será batido aconteceu no lendário Estádio do Maracanã, em jogo do campeonato brasileiro/85, quando era goleiro do Guarani (Campinas). Na ocasião defendeu três pênaltis durante os 90 minutos, em partida dramática contra o Flamengo. Encerrou a carreira no ano de 1.989, no mesmo time o consagrou, a Ponte Preta de Campinas.