Por Wanderley `Tico´ Cassolla
O
futebol profissional garcense teve nos anos 70, o atacante Rodolfo Devito,
como jogador e presidente do Garça. Depois foi a vez de Antonio “Biga”
Marangão, que quando garotinho era mascote e no ano de 1.984 foi o presidente
do “Azulão”.
Agora chegou a vez do Celso Felipe de Souza, o “Celsinho”, também
ex-jogador, que está ocupando o cargo de presidente do Garça AC. Celsinho, é
natural de Garça, e era um bom meio-campista. No ano de 2.000, integrou o time
vice-campeão paulista da Série A-III. Desde o início deste ano está com a
missão de promover o retorno do Garça AC aos gramados. Uma tarefa das mais difíceis, pois o futebol profissional
estava parado, e ele está começando do zero. As equipes montadas foram nas
categorias de base, e até que já fizeram bonito nas competições disputadas. A
meta para 2.020 é a filiação da Federação Paulista de Futebol, a liberação do
“Platzeck”, para disputar a quarta divisão.
Confiança é o que não falta para o
Celsinho, que está bastante entusiasmado com a repercussão da volta do Garça.
Atualmente está correndo atrás de patrocínios nas empresas locais, ao mesmo
tempo tenta atrair investidores e parceria de fora. A nossa torcida, e também
dos torcedores, é para que o Celsinho e sua equipe de trabalho tenha sucessos
no novo desafio pela frente.
A CARREIRA: Celso Felipe de Souza,
começou a jogar bola bem cedo, lá na Vila Manolo, nos times treinados pelo
Rivelino. Antes de mudar para Ibitinga jogou nas equipes do Zé Marília e Dr.
Adilson, dono do Greminho.
Na “terra do bordado” integrou a escolinha do Nei,
ex-ponta esquerda do Palmeiras dos anos 60. Como se destacou rápido, foi para a
Ferroviária de Araraquara, onde ficou por três anos. Até que recebeu uma interessante proposta do
Appoel Kfar Saba, de Israel, time da região da capital Tel Aviv.
Após esta
experiência no exterior, retornou ao Brasil, e jogou no Flamengo (Guarulhos),
Garça, Inter de Limeira, União de Mogi das Cruzes e União Barbarense.
Recordamos o Garça no primeiro jogo da final contra
o Nacional, no empate em 1 a 1. Em pé da
esquerda para direita: Luciano, Erasmo, Júlio Cézar, Beto, Daniel e Júlio César
(preparador físico); agachados: Celsinho, Mauro César, Vital, Chokito, Webster
e Santos.
Depois que parou com o futebol profissional, o
Celsinho voltou às origens, jogando no Amador pelo Vimec e Ferroviária. No
futebol suíço defendeu o Flamengo, Vimec (tetra-campeão), Independente
(artilheiro) e atualmente está no Levi´s (foto). Nos torneios preparatórios
jogou no Unidos e Vagão Lanches.
PROJETO GARÇA: Segundo o presidente Celsinho, o projeto Garça
Atlético Clube continua. Depois de participar de competições da Liga Paulista,
a meta pra o próximo ano é a filiação na Federação Paulista de Futebol e
disputar a quarta divisão (ou “bêzinha”) do interior. A busca de investidores e
patrocinadores continua. Porém, com a atual realidade econômica que passa o
nosso Brasil, e por consequência o futebol brasileiro, não será tarefa fácil.
Principalmente em cidades interioranas, de porte pequeno como é a nossa querida
Garça. “Mas nada de desistir. O jogo é jogado e bola pra frente”, finaliza o
presidente Celsinho.
A
mesma opinião é compartilhada pelo colega de futebol, o ex-goleiro Júlio César Martins,
dirigente do Garça AC: “A nossa luta não para, apesar de todas as dificuldades
encontradas”. O nosso sonho é ver novamente o “Azulão” pisar no tapete verde do
“Platzeck”, para alegria dos torcedores.
Na
carreira esportiva, o Júlio César, natural de Londrina, teve mais sucesso que o
Celsinho. Jogou em grandes times no futebol brasileiro (Red Bul Brasil, Ponte
Preta, São Caetano, União São João, Vila Nova/GO, Capivariano, Juventus,
Marília, Botafogo/SP). Destacou-se ainda no C.R. Brasil, onde foi campeão em
2015/2016 e é reconhecidamente um ídolo em Alagoas.
Foi eleito o melhor goleiro
do Paulistão/2010. O auge da carreira foi no gol do Santo André, quando
legitimamente foi campeão da Copa do Brasil, no ano de 2.004. Numa final
empolgante, o Santo André derrotou o Flamengo, do técnico Abel Braga, no Rio de
Janeiro, por 2 a 0, gols de Sandro Gaúcho e Elvis. Júlio César fechou o gol e
praticou defesas milagrosas, calando o lendário Maracanã e o sonho de 71.988
torcedores rubros negros.
Voltando
ao Garça, tanto o Celsinho como Júlio Cesar (foto) querem reviver as mesmas glórias
dos gramados, agora do outro lado, como dirigentes. Capacidade, conhecimento no futebol, e principalmente
honestidade, eles tem de sobra. Nos resta torcer. Agora nos bate papos, sempre
pergunto para o Celsinho: Qual destas tarefas é mais difícil? “Tocar” futebol
profissional numa cidade de porte de Garça? O Palmeiras se tornar campeão
mundial. O Santos faturar o campeonato brasileiro, ou o São Paulo vencer a Copa
do Brasil? Ele, mineiramente, fica pensativo. O leitor que tire sua
conclusão.