sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Recordar é Viver: "Waldir Peres, o melhor do Brasil em 1975"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla


O tradicional troféu “Bola de Prata” é um dos mais cobiçados pelos jogadores que disputam o Campeonato Brasileiro da Série “A”.  Foi criado pela revista esportiva Placar, no ano de 1.970, depois sucedido pela rede de televisão ESPN, a partir do ano de 2.016. A coluna recorda o ano de 1.975, em sua “VI” edição, quando o grande destaque foi o nosso conterrâneo Waldir Peres, goleiro do São Paulo, eleitor o melhor jogador do Brasil. 

Waldir faturou dois troféus: Bola de Prata e Bola de Ouro. Segundo a revista Placar de nº 301, do dia 16/01/1.976 “o paulista de Garça, ficou também com a Bola de Ouro, superando o chileno Elias Figueiroa em apenas 2 centésimos. Sua média foi melhor: 8,34”. Neste ano foi instituído o troféu de artilheiro, e quem levou foi o centroavante Flávio, do Internacional.  A entrega foi feita pelo casal Airton e Lolita Rodrigues, famosos artistas da televisão brasileira, durante o programa Clube dos Artistas, da extinta TV-Tupi Canal 4, transmitido a cores para todo o Brasil. A festa durou exatas duas horas, numa das maiores audiências da época. 

A seleção dos melhores da temporada de 1.975, foi a seguinte: goleiro Waldir Peres, do São Paulo, o único a ganhar dois troféus: bola de prata e bola de ouro. Nelinho (lateral direito do Cruzeiro) recebeu o prêmio de Elisabete Hartman. Figueiroa (zagueiro do Internacional), troféu entregue pela jornalista Alik Kostakis. Amaral (zagueiro do Guarani), recebeu o troféu de Helena Motim Almeida. Marco Antonio (lateral esquerdo do Fluminense), ganhou o troféu pela atriz Nádia Lippi. Carpegiani (volante do Internacional), recebeu o troféu de Marilu Martineli. Falcão (meia do Internacional), troféu entregue pela atriz Lucia Lambertini. Gil (ponta direita do Fluminense), recebeu o troféu de Jussara Freire, atriz de novela. Palhinha (meia direita do Cruzeiro), ganhou entregue pela atriz Terezinha Sodré. Zico (meia esquerda do Flamengo), recém casado não pode comparecer. Seu irmão mais velho, o ex-jogador Antunes, representou-o, recebendo o troféu das mãos da atriz Márcia Huri. Ziza (ponta esquerda do Guarani), ganhou o troféu da Giovana, da turma da Patota. Artilheiro:  Flávio (Internacional), com 16 gols, recebeu o troféu da atriz Dilma Lóis.

Os flagrantes para a posteridade foram registrados pela revista Placar. Nas outras fotos mais recentes reencontrando seus amigos em Garça: o palmeirense Nilson Bastos Bento. E também com o corintiano Ivanir e este articulista, pouco tempo antes dele falecer no mês de julho de 2.017.

BOLA DE PRATA: O Troféu “Bola de Prata” foi criado no ano de 1.970 pela revista esportiva Placar, para premiar os melhores jogadores do campeonato brasileiro. Na época que o futebol brasileiro vivia um grande momento, com a Seleção Brasileira sagrando tri-campeã mundial de futebol na Copa do México. O prêmio foi idealizado pelos jornalistas Michel Laurence e Manoel Motta. Com a extinção da revista, a entrega do cobiçado troféu vem sendo organizado pela rede de televisão ESPN, desde 2.016. 

Neste ano também foram premiadas as melhores jogadoras do futebol feminino. O recordista do prêmio Bola de Prata é o goleiro Rogério Ceni, com seis troféus. Zico, Júnior e Renato Gaúcho ganharam cinco prêmios cada um. Totalizando todos os prêmios (Bolas de Ouro e de Prata, incluindo as de Artilheiro e Revelação), o recordista é Zico, com nove troféus. Só lembrando que Pelé, nunca concorreu ao prêmio, porque era considerado “gênio”, portanto, acima de um jogador normal. UM FELIZ NATAL!!!