Vitor, sendo premiado como cestinha e melhor atleta do mirim/2000 da Liga, pelo pai, Pedro Márcio |
Vitor sempre foi competitivo. Quando iniciou a prática do tae-kwon-dô, arte marcial que viveu uma época de ouro em Garça, na segunda metade dos anos 90, começou a se destacar devido ao seu estilo agressivo. As conquistas foram aparecendo até que, ainda muito jovem, aos 13 anos, sagrou-se campeão pan-americano, em sua categoria.
Porém, ao mesmo tempo, começava a descobrir o basquetebol. Primeiro nas aulas de educação física no CSA, e logo depois, em competições escolares na vizinha Marília. Surgia ali um exímio arremessador de média e longa distância, armador cerebral, que se tornaria um dos grandes nomes do `esporte da cesta´ em Garça.
O tae-kwon-dô ficou para trás e o basquetebol foi ganhando espaço em seu dia-a-dia. Mais e mais certames foram acontecendo e ele indo se destacando.
Em torneio escolar realizado em Marília, no ano de 2000, numa final inesquecível, anotou 58 pontos, levando a equipe a um título memorável, até hoje lembrado.
Dali para as competições da então Liga de Basquetebol do Oeste Paulista, foi um mero detalhe. Conduziu o time de sua categoria à decisão inédita e ainda foi escolhido como `All Star´, integrando a seleção da Liga e sendo escolhido o melhor atleta mirim. Em 2001, tornou-se campeão da categoria infantil, com uma equipe que deixou muita saudade.
Atuando tranquilamente nas categorias superiores, passou a integrar o infantil, sempre com a mesma desenvoltura. Um verdadeiro líder.
Não demorou e estava disputando os campeonatos estaduais, organizados pela FPB. Sempre com incrível regularidade, conduziu a equipe como capitão aos play-offs de 2002, como infanto-juvenil e no ano seguinte, no cadete, quando inclusive foi o capitão na conquista da Copa Cone-Sul, em Mal. Rondon-PR, após decisão sofrida e equilibrada diante da seleção do Paraguai, batida na final por seis pontos de diferença: 60 x 54. Ao final daquela temporada, retirou-se das quadras, para se dedicar aos estudos, até se formar como um competente administrador de empresas, residente hoje na capital do Estado.
Foto do time campeão escolar mirim de 2000, momentos após a decisão, quando Vitor anotou 58 pontos |
Jogos Regionais: o ápice foi na inesquecível campanha de 2002
Osvaldo Cruz, julho de 2002. Decisão do basquetebol masculino entre o time da casa, apoiado por cerca de três mil torcedores que superlotaram o ginásio, e Garça.
Um jovem de 16 anos foi içado à condição de armador titular, causando surpresa em muita gente, pois a competição era da categoria de 21 anos. Marcando como `gente grande´, com aproveitamento próximo da perfeição nos chutes de três pontos e infalível nos lances-livres, Vitor Cestari `encheu os olhos´ de todos, tornando-se campeão dos Jogos Regionais pela primeira vez – na ocasião atuou ao lado do irmão Bruno Cestari, titular absoluto da equipe, mais um atleta memorável do `esporte da cesta´ garcense, sem se esquecer da irmã Márcia, que também se destacou na modalidade. Causou desespero nos torcedores adversários, que não acreditavam no que viam naquele garoto impetuoso, que não teve nenhum receio em enfrentar atletas mais experientes, sempre levando vantagem e se tornando um dos grandes nomes naquela campanha, que conduziu os garcenses aos Jogos Abertos de Franca, no mesmo ano.
No ano seguinte chegou à outra decisão, em Dracena, mas conquistando a prata. Voltou a disputar os Regionais em 2007, já afastado dos treinamentos e convidado pela comissão técnica que fez questão de contar com ele em seu último ano de categoria 21. Foi novamente prata. Encerrava ali uma bela página esportiva, de um atleta dedicado, que tantas alegrias alcançou para o esporte de Garça.
`Cestarinho´, como era chamado pelos mais experientes na ocasião, recebendo medalha de ouro (E) nos JR de Osvaldo Cruz/02 |
Bruno Ferreti, Diego Guerin, Rodolfo Borges, Fabrício Zagati e Vitor Cestari: que saudade do time cadete de 2003! |