quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Destaque Esportivo: "Uma dedicação de meio século ao esporte garcense"



Sérgio De Stefani: aplausos por sua bela contribuição ao esporte garcense
Ele é uma rica página viva da história do esporte garcense. Nascido em 1930, apresenta uma memória incrível e uma empolgação tocante, quando o assunto é o segmento que tanto se dedicou, quer seja como atleta, técnico ou ainda dirigente esportivo. Nosso `Destaque Esportivo´ é o prof. Sérgio De Stéfani, praticamente 90 anos de uma vida saudável, com muita dignidade e respeito junto à comunidade esportiva da cidade.
De Stéfani começou a se envolver com o esporte ainda no anos 40, quando se tornou um esforçado atleta, inicialmente de futebol. Na década de 50, defendeu o Bancários e depois passou pela AA Bandeirantes, o grande esquadrão daquela época.
No basquetebol, inicialmente atuou como jogador, para depois se tornar técnico das equipes feminina e masculino do Garça Tênis Clube.
Esse professor de educação física formado em Bauru, foi árbitro do nosso amadorismo e dirigente esportivo municipal, comandando a CCE – Comissão Central de Esportes e também a DETUR – Divisão de Esportes e Turismo. Em 1964 e 1988, quando Garça recebeu os Jogos Regionais, foi o responsável pelo Comitê Organizador, recebendo elogios por sua atuação.
Por muitos anos, foi diretor do CPP – Centro do Professorado Paulista, entidade onde teve atuação destacada desde 1984. Enfim, um atleta, treinador, dirigente, assistente de direção e diretor de escola, exemplar chefe de família, que não consegue ficar longe de seus netos, palmeirense convicto e fanático, que contribuiu como poucos para o desenvolvimento do esporte em nossa cidade. Uma figura ímpar e honesta, que merece aplausos por tudo que fez e que por isso merece ter o nome sempre lembrado por todos os esportistas planaltinos.


Dirigindo o time masculino de basquetebol garcense, onde faturou três Jogos Regionais

À direita, posando ao lado do quadro de árbitros das competições do início dos anos 70

Ao lado de Nélson Carvalho de Souza, atuou na CCE, depois na DETUR


Sérgio De Stefani (2º, da dir. p/ esq.) em abertura do Torneio Início do futebol amador no ano de 1973
Jogos Regionais e Abertos: um capítulo à parte na atuação do prof. Sérgio De Stéfani
Sérgio De Stéfani sempre se caracterizou por ser um exímio competidor. Por isso, comandou equipes fortes, de alto nível, que alcançaram grandes resultados.
Ele se tornou campeão em quatro oportunidades, como técnico do basquetebol feminino nos Jogos Regionais e outras três do masculino. “Eu comecei com o feminino, mas depois o Humberto Casagrande e o Erônides me convidaram para o masculino e eu fui”, relembra, com uma ponta de orgulho.
No feminino, foi o treinador da saudosa Laís Elena Aranha, que por anos foi treinadora do basquetebol feminino de Santo André, campeã estadual e nacional na modalidade, bem como da inesquecível professora Terezinha Barganian, atleta que se tornou 11 vezes campeã dos Jogos Regionais defendendo Garça.
Ele se lembra que ainda disputou três Jogos Abertos do Interior: Santos, Piracicaba e Sorocaba. “Eu me recordo que nos Jogos de Piracicaba, estávamos enfrentando o basquetebol feminino da casa, o mais forte do país, e chegamos a virar o 1º tempo em vantagem. Depois, o juiz complicou e acabamos perdendo”, comenta, revelando a sua verve contestadora, mesmo tantas décadas depois.
Ele se despediu do esporte garcense no ano 2.000, quando respondia pela Divisão de Esportes. Mas não sem antes comemorar os títulos do basquetebol – masculino e feminino – conquistados em Ourinhos, na cat. 21. Aliás, naquele ano, Garça foi a única cidade de todo o Estado a conquistar o lugar mais alto do pódio nos Regionais, nos naipes masculino e feminino, resultado que lhe valeu a classificação para os Jogos Abertos do Interior, em Santos.

Jogos Regionais em Ourinhos/2000: ao lado da equipe feminina, campeã com todos os méritos

Ainda naquela inesquecível temporada, com o masculino, igualmente campeão da cat. 21
Palmeiras: uma paixão esportiva de décadas
Sérgio De Stéfani é torcedor fanático da Sociedade Esportiva Palmeiras, time que acompanha de perto há décadas. A sua paixão pela equipe de Palestra Itália é tamanha, que ele se aventurou, quando da primeira passagem de Felipão pelo time de Parque Antárctica, a manter contato com a Assessoria de Imprensa alviverde, contestando, em várias ocasiões, a escalação de alguns atletas.
“O Palmeiras tomava muitos gols pelo lado esquerdo”, relembra, citando o seu maior alvo nas críticas, o ex-lateral Júnior, pentacampeão mundial de 2002.

Serginho De Stefani, César Maluco, prof. Sérgio, Ademir da Guia e Nilson Bastos Bento

Ao lado do filho Serginho, na capital, tendo ao fundo as obras da nova arena palmeirense