sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Recordar é Viver: Botafoguinho, campeão juvenil de 1963






Por Wandeley `Tico´ Cassolla

Só foi circular esta semana nas redes sociais, uma foto do time juvenil do Botafoguinho, que já nos mandaram pedindo informações. E logicamente a tradicional pergunta: onde estaria o garotinho Mussi? Pois bem,  o nosso “Que Fim Levou”, numa alusão a mais famosa coluna da categoria, do santista Milton Neves, desvendou a enigmática foto.

Aí vai a formação do memorável Botafoguinho, campeão juvenil de 1.963: em pé da esquerda para direita: Mussi, Cascata, Osni Ramos, Alberto, Zé Francisco Egéa e Reinaldo Portelinha; agachados: Hélio Tercioti, Pique, Toninho, Zagati e Nenê Codonho. No comando do time o esportista Egídio, que muito fez pelo futebol garcense nas décadas de 60 e começo de 70.

Foi uma época que o nosso futebol menor viveu um grande momento. Uma várzea recheada de grandes times e jogadores. Com dirigentes dedicados e empenhados em montar as equipes, para participar dos campeonatos promovidos na cidade. Importante ressaltar que tinha o certame amador, e cada clube a obrigação de montar uma base (infantil ou juvenil). A garotada da época tinha no futebol o seu lazer preferido. Era só “beirar os campos” e mostrar uma certa habilidade com a bola. Em algumas situações todos  jogavam descalços nos campos de terra. Uma realidade bem diferente da atualidade.

Avançando no tempo, decorridos quase 60 anos, veja nos flagrantes como estão hoje, quatro ex-juvenis campeões, hoje “senhores setentões”, com muitas histórias dentro do futebol varzeano para contar: Mussi (boné de Corinthians) e Zagati; Portelinha e Helinho Tercioti, no violão. Uma curiosidade: todos bons de bola e  corintianos da “gema e do ovo”.

ZAGUEIRÃO XERIFE: José Jorge Mussi Neto, ou Mussi, era o titular na zaga do Botafoguinho, campeão juvenil. Um zagueirão que não brincava em serviço e comandava tudo lá atrás. Com um bom porte atlético, tinha boa impulsão, para tirar as bolas aéreas lançadas na área. Foi um dos trunfos do técnico Egídio na conquista do título. Além do Botafoguinho, jogou na Ferroviária, do presidente Galdino de Almeida “Duca” Barros. Mussi adorava praticar outros esportes, em especial o bola ao cesto (basquete) e futebol de salão (futsal), quando a bola era pesada. Disputou jogos intercolegiais e competições regionais representando a cidade no interior paulista. Outra boa recordação de Garça, vem dos tempos do Tiro de Guerra, quando prestou o serviço militar no ano de 1.967, sob o comando do sargento Adib Mures Saker. Deixou nossa cidade no ano de 1.969, com seus familiares. Atualmente mora em São Paulo, terra que escolheu para ficar e trabalhar. Durante muitos anos trabalhou na fábrica da Volkswagen. Hoje, nas horas de folga o seu destino é a cidade de Itanhaém, onde desfruta da merecida aposentadoria, curtindo uma boa praia do litoral sul paulista.

Mussi é filho do Sr. Antonio José Jorge Mussi, na década de 60, foi diretor do Grupão (Grupo Escolar Professor João Crisóstomo). Como faz questão de frisar, no futebol o Mussi, continua o mesmo fiel de sempre, desde os tempos de Garça, quando ouvia os jogos no radinho de pilha. Eternamente torcendo fervorosamente (agora na televisão, as vezes indo no campo), para o glorioso Corinthians Paulista, o último e legítimo campeão mundial invicto da FIFA.