A coluna faz uma homenagem ao ilustre garcense e palmeirense, José Nello Marques, que na última semana completou 50 anos na carreira de radialista. Um verdadeiro craque dos microfones do rádio/televisão, revelado aqui em Garça, para o Brasil e o mundo. Uma brilhante jornada, que começou no ano de 1.970, na extinta Rádio Clube de Garça e não parou mais. O destino do José Nello já estava traçado desde o nascimento. Não tinha outro caminho. Um garcense nato, filho do sr. José Maria e dona Anita Maceloni, nasceu num dia 24 de setembro. Como ele sempre gosta de falar, com muito orgulho: “Tive a honra, a sorte e a benção de nascer na semana da comunicação, e fazer aniversário entre o dia do radialista (21/09) e o dia do rádio (25/09)”.
O José Nello foi mais uma revelação dos microfones garcenses, assim como tantos outros, todas “crias” do também palmeirense, Nilson Bastos Bento. Uma trajetória passando por várias emissoras, inclusive televisão. Senão vejamos: Rádio Clube de Garça, Rádio Verinha de Marilia, e a consagração definitiva em São Paulo: Rádio Jovem Pan (13 anos), Rádio Globo, Rádio Bandeirantes (16 anos), Radio Capital, Radio Record e Super Rádio Tupi. Outra façanha: Durante 18 anos foi correspondente da internacional “A Voz da América”, emissora do governo dos Estados Unidos.
Também fez incursão na televisão: Na Band, apresentou o programa “Acontece”, na Record, o “Filmando a
Rodada. Durante estes 50 anos não só entrevistou, como conheceu personalidades
diversas, artistas, cantores do Brasil e do mundo inteiro. Veja ao lado de
Salomão Esper, José Paulo de Andrade e Joelmir Beting, ícones do jornalismo
brasileiro.
Mas jamais esqueceu suas
origens, sempre procurando falar de Garça, sua querida e adorada terra natal.
Até hoje é um verdadeiro embaixador da nossa “Sentinela do Planalto”. Isto até
valeu um grande reconhecimento de nossas autoridades, pois através do Decreto
Legislativo nº 04/2008, de autoria do vereador Cornelio M. Moura, recebeu o
título de “Cidadão Benemérito”.
Com uma carreira plenamente
consolidada nestes 50 anos, José Nello diz que ainda tem folego para mais “meio
século”. Atualmente é proprietário da Rádio Sonho (foto), que está no ar/net
desde o ano de 2.013, com muita informação e musica de boa qualidade. Como
sempre recordando os bons tempos do melhor do rádio para os ouvintes/
internautas. No flagrante, dentro do Allianz Parque do seu glorioso Palmeiras”, cobrindo mais um evento pra Rádio
Sonho.
NOS MICROFONES: No começo dos anos 70, o rádio dominava o setor da comunicação nas cidades brasileiras. Em Garça a “bola da vez” era a Rádio Clube de Garça, a emissora “que ia até longe para fazer amigos”. O garotinho Zé Nello era goleiro do time de futsal do Pato Donald, cujo destaque era o Luiz Armando de Freitas Ferreira, “o canhão do time”, e que trabalhava na rádio. Entre uma e outra resenha, o José Nello falou que tinha vontade de trabalhar na rádio. De pronto o Luiz Armando, o apresentou ao Nilson Bastos Bento, que viu nele um bom potencial. No início era sonoplasta ou técnico de som, junto com o Zé Abrão. Ali foi se ambientando com os microfones.
Não demorou muito foi para o plantão esportivo, depois dos jogos do Garça. Em seguida apresentou o programa “Operação Notícias’, substituindo Zancopé “Zento” Simões, que estava de mudanças para o rádio bauruense. Apresentou ainda programas de variedades musicais todas as tardes. Nos finais de semana era repórter de campo quando o Garça jogava.
Na foto entrevistando o
vigoroso zagueiro Pedroso. Foram três anos, entre 1.970 a 1.973, de muita
satisfação a aprendizado. Em alta a nível regional, recebeu convite para ir
trabalhar na Rádio Verinha, de Marília, onde ficou aproximadamente seis meses.
Até que partiu: São Paulo, chegou e
começou a trabalhar no mesmo dia. Novamente a ajuda de um amigo, o Zancope
Simões, foi decisiva. Ainda em Marília, José Nello falou que queria conhecer a
Rádio Jovem Pan, onde ele trabalhava de madrugada. Pronto, o Zento “fez o meio
de campo”. O José Nello desembarcou em Sampa às 5 horas da madrugada e foi
direto para a JP. Assim que terminou o programa, foram tomar café na padaria ao
lado. Quis o destino que encontraram com o
Fernando Vieira de Mello, diretor de jornalismo, no corredor da JP. O Zancopé fez as devidas apresentações e
naquele mesmo dia, às 17 horas, o José Nello iniciava a vitoriosa e
invejável trajetória no rádio paulistano.
NO FUTEBOL: Como na coluna tem que ter futebol, descobrimos que o José Nello também sonhou um dia ser jogador de futebol. O primeiro time foi o Pato Donald FC, time de futsal mantido pelo clube Nipo Brasileiro. Ele começou como goleiro, mas logo foi para a linha. Até porque com um corpo atlético e biotipo físico jamais podia ser goleiro. Canhoto, batia uma bola redondinha. Já na rádio clube, montaram o Expressinho RCG, numa alusão ao Escrete da Rádio Bandeirantes.
Veja aí, umas das formações do memorável Expressinho RCG. Em pé da esquerda para direita: Jota Mara, Omar Neuber, Clodoaldo Serzedelo, Nilson Bastos Bento, José Abrão, Roberto Fior e Murilo Proença; agachados: Zancopé Simões, Luiz Armando, Toninho Marques, Jose Nello Marques e Sidnei Sampaio.
Na época era o famoso time de “pelada” do Campo do Bosque Municipal. Hoje virou futebol suíço. No futebol amador, José Nello jogou no time do Rodoviário, Transribas e no Tiro de Guerra, então comandado pelo Sargento Adib. A carreira no futebol amador foi curta, pois a “derrota” para os microfones foi de goleada e definitiva.