sábado, 7 de novembro de 2020

Recordar é Viver: "O Garça FC na temporada de 1985"

 




Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Nesta semana recebemos de um torcedor do Garça, uma bonita foto do “Azulão”, da temporada de 1.985, até então inédita. Em nossos arquivos não tínhamos esta foto. Apesar de não estar bem nítida, vale a pena o registro. Rever os grandes esquadrões do Garça é sempre gratificante. Principalmente para os fanáticos torcedores, que antigamente lotavam o Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. A maioria sabe “de cor e salteado” a escalação daqueles grandes times

Então vamos recordar: em pé, da esquerda para direita: Cornélio (presidente), Dimas, Alcides, Pilão, Pedro Paulo, Dinho Parreira, Carlos Alberto “Mamela”,  Gerson Brejão Jr. (preparador físico) e Bô (treinador); agachados: Taruguinho, Reginaldo, Didi, Zé Paulo, Caia e José Luiz (massagista). A informação que recebemos é que deste elenco, o atacante Zé Paulo já faleceu.

Foi a segunda temporada do Garça, após o retorno no ano de 1.984, depois de um bom tempo sem futebol profissional. 0 grande responsável pela volta foi o palmeirense e saudoso Antonio “Biga” Marangão”,  que numa atitude arrojada colocou o Garça no então 3ª. Divisão. Logo de cara fez uma campanha extraordinária: vice-campeão, garantindo o acesso a divisão superior.

O Garça de 85 fez uma bonita campanha, disputando grandes jogos, na maioria das vezes com o “Platzeck” lotado e muita animação entre os torcedores. Não chegou ao título, nem conseguiu o acesso para a Série “A-1”, mas o importante é que teve futebol profissional na cidade.

CORNÉLIO, O PRESIDENTE: A coluna faz questão de enaltecer o grande trabalho do são-paulino Cornélio Cézar Kemp Marcondes de Moura à frente da diretoria executiva do Garça. Como todos sabem não é nada fácil “tocar” um time de futebol profissional no interior paulista, principalmente numa cidade de porte pequeno, do tamanho de Garça. O Cornélio foi um destes “artistas” que abraçou a causa e trabalhou com bastante empenho, fora dos gramados. Foi presidente do Garça em duas temporadas: 1.985/86 e 1.988/89 e também Presidente do Conselho Deliberativo em 1.984 e 1.987.

Primeiramente montou uma diretoria com abnegadores dirigentes, onde estavam o Wellington Gonçalves Moreira (vice presidente), Washington Pereira “Cateto” de Araújo, Dr. Manoel Geraldo de Freitas Ferreira, José Vieira do Nascimento Júnior, Álvaro Gélamo Chagas, Telêmaco Luiz Fernandes, Luiz Lopes, Edson Rodrigues do Nascimento, e vários outros. No segundo mandato foi criado mais um cargo de vice-presidente, ocupado pelo atuante e “saudoso” palmeirense Joaquim Fortunato Cirilo, com a diretoria ganhando reforços de “peso”: Antonio “Biga” Marangão, Galo Marangão e Jair Montemor, antigos colaboradores. 

Segundo o Cornélio “Eram todos esportistas que amavam de verdade o glorioso Azulão, e sempre ajudavam na manutenção das atividades do clube, inclusive com recursos próprios (dentro das possibilidades de cada um), além das campanhas, carnês, publicidade, etc. A diretoria procurava trazer bons jogadores de fora, além de prestigiar os jovens da cidade e região. Quem não se lembra do Deodoro, Murador, Vidoti, goleiros Dagoberto e Mamela, Magu, Cícero, João Luiz, Betinho Pavaneti, e vários outros. Da cidade: Dinho Parreira, goleiros Silvio e Maninho, Márcio Gravatim, Reginaldo “Linguiça", Caia, Betinho Calegari, Osmar Tanajura, Nenê Miranda, Valmir, Paraná, Tuca (Vera Cruz) e até o Celsinho Resende, preparador fisico de Álvaro de Carvalho, que começou a sua brilhante carreira aqui.

Paralelamente ao futebol, o Cornélio sempre foi uma pessoa atuante em nossa cidade. É filho do saudoso Julinho Marcondes de Moura, um ícone da política garcense. Seguindo ao passos do pai, Cornélio foi vereador de 1.993 à 2.008, sendo presidente da Câmara no exercício de 1.997/98. Além de ocupar o importante cargo de Prefeito de Garça, entre 2.009 a 2.012. 

Voltando ao futebol, o Cornélio é fervoroso torcedor do São Paulo, o glorioso tricolor paulista. Além de ver os jogos pela televisão, sempre quando sobra um tempo, quando está na capital paulista, não perde a oportunidade de ir no Estádio “Cícero Pompeu de Toledo”, e  ver o time do coração em ação. 

Na outra foto Cornélio está o lado da filha e também advogada Kamile, em pleno Morumbi, assistindo mais um jogo pela Copa Libertadores da América, cuja competição o São Paulo já faturou três vezes:  1.992, 1.993 e 2.005. Como sempre nos fala o Cornélio: “O meu São Paulo, e do ex-goleiro garcense Waldir Peres, é o único clube brasileiro tri-campeão mundial: 1.992, 1.993 e 2.005, reconhecido pela FIFA”.