sexta-feira, 25 de junho de 2021

Recordar é Viver: "Eduardo Davi e Jabu: a experiência em campo"

 Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Hoje a coluna homenageia dois ilustres esportistas que há muito tempo estão no futebol garcense: Eduardo Davi Loureiro da Silva e Anízio Ferreira da Silva, o “Jabu”. No decorrer da semana fizeram aniversário, inaugurando uma “idade cheia”, com muitas comemorações. Enquanto o Jabu completou 60 anos, o Eduardo Davi chega orgulhosamente aos 70. 

Os dois corintianos fanáticos, seguem firme, esbanjando saúde e muita vitalidade. E o que é mais importante: estão devidamente vacinados contra o Coronavírus. Portanto, a expectativa é de vida longa, com muitos jogos ainda pela frente. A expressão “encerrar a carreira” não consta no dicionário deles. Agora “longevidade” é a palavra de ordem.

Os dois tem uma história bem parecida. Jogam na zaga, são laterais esquerdos, com apenas uma diferença. O Eduardo é canhoto, o Jabu é destro, porém, tem facilidade para atuar naquele espaço do gramado.

Não é de hoje que o Eduardo Davi e o Jabu contribuem para o engrandecimento do esporte menor, seja correndo atrás da bola ou atuando como dirigente. Dois abnegados esportistas à moda antiga, com o pensamento no futuro. Cansaram de ir aos campos levando as chuteiras entre os dedos da mão. Assim como carregaram nas costas os fardamentos dos times que jogavam. Também se orgulham de que nunca um dirigente precisou ir buscá-los em casa.  “Com a ficha assinada”, sempre fizeram questão de comparecer ao campo e no horário marcado. Em várias ocasiões atravessaram a cidade a pé - do Campo do Toyotão até o Módulo Esportivo “Pedro Alves Neto” – honrando o compromisso assinado. Este é um  dos sucessos dos aniversariantes e com isto tem respeito até mesmo dos adversários.                       

EDUARDO DAVI: O Eduardo Davi Loureiro da Silva, nasceu no dia 22/06/ 1.951, na cidade de Campo Grande/MS. Chegou em Garça no começo do ano de 1.971, juntamente com seus familiares. Facilmente se adaptou á rotina garcense, dividindo as atividades esportivas entre o futebol e corridas (pedestrianismo). No futebol jogou nas seguintes equipes: Valmet, Cooperativa, Rodoviário, Trans-Ribas, Fazenda São José dos Bonini, Salec, Municipal, América, Vimec, União, Guarda Roupa FC, Americano, Olímpia, só “parando” aos 58 anos. 

Só que destaque mesmo o Eduardo teve no pedestrianismo, participando de corridas entre os anos de 1.971 à 1.985.  Montou as equipes do Café São João e Frigus. Venceu muitas provas em nossa região, e de cada cidade trouxe um troféu para casa. No auge disputou seis Corridas de São Silvestre, em São Paulo. Lembrando que naquela época só participavam os 100 melhores do Brasil. Disputando o Campeonato Universitário Brasileiro, terminou com vice campeão, atrás do Pimentel e na frente do Nelson Gomes, ambos da seleção brasileira. No ano de 2.004 fundou o Corinthians, que participa ativamente do futebol suíço máster. Segundo o Eduardo o elenco está praticamente definido, com dois grandes reforços, 2 jogadores de Marília e 1 de Bauru, que vão desequilibrar no próximo campeonato.


JABU ANÍSIO:
O Anízio Ferreira da Silva, nasceu em Garça, no dia 20/06/1.961, e desde sempre jogou bola. Começou no infanto/juvenil do Garça, com os professores Rui Pinheiro e Abegar. Depois no Corintinha de Jafa, do técnico Chicão. No amadorismo defendeu o São José dos Bonini, Cliregal, La Plata, Comarca de Garça, Cavalcante e Flamengo, onde foi tetra-campeão. No regional da Liga de Marilia:  Salec, Gália, Alvinlândia, Ocauçu e Atlético de Pirajuí. No futebol suíço: Eletrônica, Socafé, Flamengo, SEC, Nacional, CAF, Real Garcense, Corinthians e Palmeiras.

Mas a sua grande façanha mesmo, foi a de ter ensinado o lateral e pentacampeão mundial, Roberto Carlos, a bater de “três dedos” na bola, a especialidade do Jabu. O fato aconteceu quando o time da Fazenda São José dos Bonini participou do campeonato amador em Garça, no começo dos anos 80. O zagueirão da fazenda era o Oscar, pai do RC, que trazia o filho para assistir aos jogos. 

Logo no primeiro encontro, Jabu notou que o RC tinha potencial. Empolgado deu algumas dicas de como bater na bola, o lado bom do pé, e jamais olhar para a “redonda”. Pronto, o resultado todo mundo sabe. Por coincidência, na época o Eduardo Davi também integrava o time da Fazenda São José dos Bonini e confirma plenamente o fato.