Por Wanderley `Tico´ Cassolla
Hoje a coluna está em clima
de festa e manda os parabéns para o Sérgio Luiz Miranda, aniversariante que
acabou de completar 61 anos, no último dia 11 de julho.
O Sérgio Miranda foi mais
um grande jogador que surgiu no futebol amador e teve a oportunidade de jogar
profissionalmente. A bem da verdade, ele pertence a uma família tradicional e
com bons jogadores: o zagueiro Márcio Miranda e o meia atacante Nenê Miranda,
que foram destaques no amador e no futebol suíço.
Mas o Sérgio Miranda era o
mais habilidoso dos Miranda, ambidestro, batia fácil na bola, assim como
desarmava o adversário. A posição
original era na lateral esquerda. Mas se o treinador precisasse também, atuava
na meia cancha.
Desde a infância sempre gostou de jogar bola. Os primeiros chutes foram na antiga Vila Guanabara, junto com a garotada da região, e na vizinha Vila Mariana. No ano de 1.978, disputou pela primeira vez o Campeonato Amador pelo time da Fazenda São João do Nouguês, sendo eleito pela CCE/Comissão Central de Esportes, o “Atleta Revelação”.
A
equipe rurícula contava com alguns os reforços da cidade: Zetinho, Canela, o
goleiro Leivinha, Dito, Nivaldo, Gininho, Navarro e Tiguinha. Na foto, o Sérgio
Miranda etá ao lado direito do goleiro Leivinha. Logo despertou o interesse dos dirigentes do
Garça, que viram nele um bom potencial técnico, e acabaram por
profissionalizá-lo. Naquela época, o presidente do Garça, era o Sr. José
Antônio Fernandes, cujo elenco de jogadores contava com o Romero, Garozi e os
goleiros Arnaldo e Luizinho Andrade.
Se o Garça não disputou um
bom campeonato, o Sergio Miranda novamente se destacou e de imediatado foi
contratado pelo Noroeste de Bauru, onde atuou nas temporadas de 1978/79.
No Noroeste viveu a sua
melhor fase. Atuou ao lado de grandes e famosos jogadores: Tobias, Jorge
Fernandes, Lela, Bugre, Jorge Maravilha, Bira, Ari Nascimento. Nesta época o
time disputou o Campeonato Brasileiro, a famosa “Taça de Prata”. Dentre 74
clubes, o Norusca terminou na 28ª colocação, depois de se classificar na
repescagem da primeira fase, e ser eliminado na etapa seguinte por Grêmio e Palmeiras. Com certeza deve ter sido a competição mais importante que o Norusca
disputou em toda a sua história.
Jogou ainda na Santacruzense, de Santa Cruz do Rio Pardo (na foto é o primeiro em pé, da direita para a esquerda), quando a equipe foi comandada pelo técnico José Carlos Coelho. Por último defendeu o Oeste, de Itápolis.
Depois de parar com a carreira profissional, Sérgio Miranda continuou morando em Bauru. Como sempre manteve uma excelente forma física, ainda teve gás para disputar o forte amador bauruense.
Defendeu o Corinthians, do Jardim Prudência, ao lado irmão Nenê e dos garcenses Osmar “Tanajura” e Cunha. Também jogou no Internacional e o Atlético, continuando com suas grandes atuações. Deixou o nome marcado no esporte menor da “Terra Sem Limites”, a ponto de, recentemente, um grupo de amigos esportistas do Núcleo Mary Dota, fazer uma bonita homenagem para ele. Um reconhecimento ao craque da bola.
Paralelamente, o Sérgio Miranda disputava o amador de Garça. No ano de 1.984 jogou pelo Gartec, do presidente Luiz Carlos Beline. Jogou ainda no Flamengo do técnico Betão, se tornando bi-campeão nas temporadas de 1985/86. Veja uma das formações do Flamengo. Em pé da esquerda para direita: Precípito, Valdir Turato, Du, Gilson, Osmar “Tanajura”, Mário Fogo, Casagrande, Ronier e Betão Aguiar; agachados: Natalino Baldo, Tonho Nêgo, Cole, Navarro, Sérgio Miranda, Osmar Silvestre, Túlio Calegaro e Geraldão (massagista).
Depois jogou no futebol
suíço pelo Socafé, do presidente José Aparecido Soares. E mais um
título na brilhante carreira: campeão no ano de 1.999. Aí decidiu parar com a
bola em clima de disputa.
Para o Sérgio Miranda ele
já foi dada a sua contribuição ao futebol. Hoje está feliz e sossegado com o que a
bola lhe proporcionou na carreira. Como bem me disse o seu amigo de muitas
jornadas esportivas, o Osmar “Tanajura”: “Ele foi um jogador habilidoso, mesmo
sendo um defensor. Jogava na antecipação, sem utilizar das jogadas violentas
para desarmar os atacantes. Sinceridade, era
para ele ter ido bem mais longe no futebol. Coisas do futebol, difícil
de explicar”.
No lado profissional, o
Sergio Miranda ainda está em atividades, trabalhando no DAE –Departamento de Água
de Bauru.
Veja em foto recente, como
está o nosso homenageado, festejando mais um aniversário, ao lado do filho
Rodolfo e do neto Vitor.