sexta-feira, 30 de julho de 2021

Recordar é Viver: "Sérgio Miranda, um craque da bola"


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Hoje a coluna está em clima de festa e manda os parabéns para o Sérgio Luiz Miranda, aniversariante que acabou de completar 61 anos, no último dia 11 de julho.

O Sérgio Miranda foi mais um grande jogador que surgiu no futebol amador e teve a oportunidade de jogar profissionalmente. A bem da verdade, ele pertence a uma família tradicional e com bons jogadores: o zagueiro Márcio Miranda e o meia atacante Nenê Miranda, que foram destaques no amador e no futebol suíço.

Mas o Sérgio Miranda era o mais habilidoso dos Miranda, ambidestro, batia fácil na bola, assim como desarmava o adversário. A  posição original era na lateral esquerda. Mas se o treinador precisasse também, atuava na meia cancha.

Desde a infância sempre gostou de jogar bola. Os primeiros chutes foram na antiga Vila Guanabara, junto com a garotada da região, e na vizinha Vila Mariana. No ano de 1.978, disputou pela primeira vez o Campeonato Amador pelo time da Fazenda São João do Nouguês, sendo eleito pela CCE/Comissão Central de Esportes, o “Atleta Revelação”.

A equipe rurícula contava com alguns os reforços da cidade: Zetinho, Canela, o goleiro Leivinha, Dito, Nivaldo, Gininho, Navarro e Tiguinha. Na foto, o Sérgio Miranda etá ao lado direito do goleiro Leivinha. Logo despertou o interesse dos dirigentes do Garça, que viram nele um bom potencial técnico, e acabaram por profissionalizá-lo. Naquela época, o presidente do Garça, era o Sr. José Antônio Fernandes, cujo elenco de jogadores contava com o Romero, Garozi e os goleiros Arnaldo e Luizinho Andrade.

Se o Garça não disputou um bom campeonato, o Sergio Miranda novamente se destacou e de imediatado foi contratado pelo Noroeste de Bauru, onde atuou nas temporadas de 1978/79.

No Noroeste viveu a sua melhor fase. Atuou ao lado de grandes e famosos jogadores: Tobias, Jorge Fernandes, Lela, Bugre, Jorge Maravilha, Bira, Ari Nascimento. Nesta época o time disputou o Campeonato Brasileiro, a famosa “Taça de Prata”. Dentre 74 clubes, o Norusca terminou na 28ª colocação, depois de se classificar na repescagem da primeira fase, e ser eliminado na etapa seguinte por Grêmio e Palmeiras. Com certeza deve ter sido a competição mais importante que o Norusca disputou em toda a sua história.


Jogou ainda na Santacruzense, de Santa Cruz do Rio Pardo (na foto é o primeiro em pé, da direita para a esquerda), quando a equipe foi comandada pelo técnico José Carlos Coelho. Por último defendeu o Oeste, de Itápolis.

Depois de parar com a carreira profissional, Sérgio Miranda continuou morando em Bauru. Como sempre manteve uma excelente forma física, ainda teve gás para disputar o forte amador bauruense.

Defendeu o Corinthians, do Jardim Prudência, ao lado irmão Nenê e dos garcenses Osmar “Tanajura” e Cunha. Também jogou no Internacional e o Atlético, continuando com suas grandes atuações. Deixou o nome marcado no esporte menor da “Terra Sem Limites”, a ponto de, recentemente, um grupo de amigos esportistas do Núcleo Mary Dota, fazer uma bonita homenagem para ele. Um reconhecimento ao craque da bola.


Paralelamente, o Sérgio Miranda disputava o amador de Garça. No ano de 1.984 jogou pelo Gartec, do presidente Luiz Carlos Beline. Jogou ainda no Flamengo do técnico Betão, se tornando bi-campeão nas temporadas de 1985/86. Veja uma das formações do Flamengo. Em pé da esquerda para direita: Precípito, Valdir Turato, Du, Gilson, Osmar “Tanajura”, Mário Fogo, Casagrande, Ronier e Betão Aguiar; agachados: Natalino Baldo, Tonho Nêgo, Cole, Navarro, Sérgio Miranda, Osmar Silvestre, Túlio Calegaro e Geraldão (massagista).

Depois jogou no futebol suíço pelo Socafé, do presidente José Aparecido Soares. E mais um título na brilhante carreira: campeão no ano de 1.999. Aí decidiu parar com a bola em clima de disputa.

Para o Sérgio Miranda ele já foi dada a sua contribuição ao futebol. Hoje está feliz e sossegado com o que a bola lhe proporcionou na carreira. Como bem me disse o seu amigo de muitas jornadas esportivas, o Osmar “Tanajura”: “Ele foi um jogador habilidoso, mesmo sendo um defensor. Jogava na antecipação, sem utilizar das jogadas violentas para desarmar os atacantes. Sinceridade, era  para ele ter ido bem mais longe no futebol. Coisas do futebol, difícil de explicar”.

No lado profissional, o Sergio Miranda ainda está em atividades, trabalhando no DAE –Departamento de Água de Bauru.

Veja em foto recente, como está o nosso homenageado, festejando mais um aniversário, ao lado do filho Rodolfo e do neto Vitor.