sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Recordar é Viver: "Waldir Peres e Roberto Carlos, os garcenses na seleção brasileira"



Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Antes do último jogo da seleção brasileira na Arena Amazônia, na convincente vitória pelo placar de 4 a 1, em cima do Uruguai, válido pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar, estivemos analisando algumas das estatísticas do escrete canarinho. São façanhas, recordes, que dificilmente serão batidos pelas seleções adversárias. 




No tocante aos jogadores que já vestiram a amarelinha, dois dados nos chamou a atenção: quais disputaram mais de 100 jogos oficiais. Para nossa alegria um garcense está neste seleto grupo: o lateral esquerdo Roberto Carlos, que ocupa a segunda posição, com 132 jogos. Na liderança está
o Marcos Evangelista de Morais, “Cafu”, com a incrível marca de 150 (foto). Os craques Rivelino e Daniel Alves, empatam com 120. Dos jogadores ainda em atividade, aparece o também craque Neymar com 114 partidas. O ex-camisa 10 do “Peixe” tem grandes chances de superar o capitão do Jardim Irene.


Nas estatísticas dos goleiros com mais de três participações em Copas do Mundo, outro garcense está na lista: Waldir Peres, que disputou as Copas do Mundo de 1.974 (Alemanha), 1.978 (Argentina) e 1.982 (Espanha). Dois “guapos” estão na frente, com 4 participações: Carlos José Castilho (Copas de 1.950, 1.954, 1.958 e 1.962) e Emerson Leão (Copas de 1.970, 1.974, 1.978 e 1.986). Empatados com o Waldir Peres estão o Gilmar Neves, Carlos, Taffarel, Dida e Júlio Cesar. Até hoje foram convocados 36 goleiros para ir num mundial com a Seleção Canarinho.

Portanto, nestes dois quesitos, Garça está a frente de muitas cidades interioranas, bem maiores e até com mais tradição esportiva. Só perdemos para algumas capitais brasileiras. 


WALDIR PERES: 
Waldir Peres Arruda, nasceu em Garça, no dia 02 de janeiro de 1.951 e faleceu no dia 23 de junho de 2.017. Era filho do ferroviário Edil Peres Arruda e dona Emília. Começou jogando no Corintinha, Paulistinha, no Serenata (regional) e no Garça, onde se profissionalizou e seguiu carreira. Estreou no gol da Seleção Brasileira no dia 04 de outubro de 1.975, aos 24 anos. Depois disputou 30 jogos, com 25 vitórias, quatro empates, uma derrota e 20 gols sofridos. 

Lance marcante: No dia 19 de maio de 1.981, no Neckarstadion, em Stuttgart, na Alemanha, defendeu dois pênaltis cobrados pelo alemão Paul Breitner (foto). Na época o lateral esquerdo era considerado o melhor cobrador do mundo e nunca havia perdido uma penalidade na carreira. 


ROBERTO CARLOS: 
Roberto Carlos da Silva Rocha, nasceu em Garça no dia 10 de abril de 1.973. É filho dos lavradores Oscar Pereira da Silva e Vera Lúcia, que trabalhavam e moravam na Fazenda São José dos Boninis. Não jogou bola num time da cidade, somente com a garotada no campo da propriedade rural. 

O primeiro time foi na cidade de Cordeirópolis, onde disputou os jogos Regionais/Abertos. Encerrou a carreira no futebol no ano de 2.015, depois de deslumbrar o mundo com um futebol ofensivo e portentosos chutes. Na seleção brasileira estreou no dia 26 de fevereiro de 1.992, com apenas 18 anos. No total foram 130 jogos, com 80 vitórias, 34 empates, 16 derrotas e 12 gols marcados (foto). Algumas estatísticas informam que foram “só” 126 jogos. 

Lance marcante:  No dia 3 de junho de 1.997, jogando contra a França, no Torneio da França, no Stade de Ferland, em Lyon, marcou um gol de falta, até então imaginário. Numa distância de 35 metros, disparou uma “bomba”, indefensável para o goleiro Fabien Barthez, que ficou conhecido como “Banana Shot”. Um chute de trivela, a bola alcançou a velocidade de 130km/hora, fez uma curva incrível que “desafiou a lei da física”. O lance (foto) motivou uma série de estudos sobre a aerodinâmica e trajetória da bola. Até hoje é considerado um dos gols mais épicos da história do futebol.