sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Recordar é Viver: "Garça Eternos, a bola da saudade entrou em campo"

 










Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Na manhã do último sábado (13) estivemos prestigiando o interessante jogo, que reuniu,em sua maioria, ex-jogadores que defenderam o Garça, entre os anos de 1.984 à 1.990.  Uma manhã de pura nostalgia e saudosismo, de uma geração que marcou época no futebol profissional garcense. Tudo porque em 1.984 o Garça retornou às atividades, disputou a Série A-3 (equivalente a então 3ª Divisão), e voltou com tudo, em alto estilo. Tendo como presidente o palmeirense Antonio “Biga” Marangão, o “Azulão” disputou uma grande temporada, terminando como vice-campeão. Sem falar que garantiu o acesso para a Série A-3, juntamente com o campeão, Capivariano.

Depois daí muitos jogadores deixaram o Garça, foram para outros times, e nunca mais se viram. Até que criaram um grupo na internet “Garça Eternos”. A resenha e “cornetagem” virtual sempre correu frouxa. Acompanhando o grupo notamos: o Garça marcou (e muito) a carreira de deles.

Até que chegaram à conclusão que estava na hora de se reunir presencialmente. Sob o comando dos entusiasmados Deley Borborema, Dinho Parreira, Márcio Gravatim, Paraná e Tadeu Vizoto, a galera foi sendo convocada e o jogo aconteceu no Toyotão. O reencontro foi marcante, numa volta ao passado, depois de 37 anos. As lembranças da época em que deram espetáculos no gramado do Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, jamais foram esquecidas.

Mas e o jogo? Olha, com certeza ficou para um segundo plano. Temos que considerar que os “Eternos do Garça”, já não estão com a mesma força, ou o preparo físico de antigamente. Sem falar nas contusões que agora vão surgindo, umas vindo de cirurgias, outras das pancadas sofridas. Mas nesta hora, a vontade de tentar correr atrás da bola, fala mais alto. Quando a bola rolou, grandes jogadas e lances de rara beleza aconteceram. Só para citar, o meia João Luiz, continua com a mesma classe e domínio da bola perfeito. O Dinho Parreira firme na marcação, não erra um passe sequer. Nenê Miranda com dribles curtos e com os dois pés. Roberto Bertuço, esbanjando vitalidade e ainda com o faro de gol. Emílio, sempre decidido nas disputas, antecipando as jogadas. Valtinho, atacante bom de bola e armador de jogadas. Paraná, de zagueiro, agora virou atacante, e teve a oportunidade de jogar ao lado do filho Leonardo. Márcio Gravatim, ainda corre muito e continua com aquela visão de jogo. Casagrande, bom domínio de bola e potentes chutes para o gol com a canhota. O goleiro Luizinho sempre posicionado debaixo da meta, praticou grandes defesas, até que se contundiu.  

Nesta legião de craques ainda estiveram em ação, o goleiro Marcão, Zé Gravatim, Ditinho treinador de goleiros, Tonho Alves, Tatu, Val, Luizinho, Esquerdinha e Zezão. Quem esteve no “Toyotão” viu, gostou e aplaudiu. E o placar? Bom, terminou 3 a 2 para um time. Mas para eles, não teve um time vencedor ou perdedor. Como bem disse o João Luiz, que veio lá de Taquaritinga: “Uma vitória em dose dupla. Primeiro por estarmos aqui vivos, depois de vencer esta pandemia. Segundo, a alegria de poder reencontrar os amigos do futebol de ontem. Isto não tem preço. Só temos que agradecer a Deus”. 

As grandes emoções ficaram reservadas para o “terceiro tempo”. Na chácara do Banespinha, toda “boleirada” se reuniu para aquela gostosa resenha e recordações dos grandes momentos e jogadas que vivenciaram dentro dos gramados, e que jamais serão esquecidas. Entre um gole e outro de cerveja, e um apetitoso churrasco, caprichosamente preparado pelo mestre Chicão Ferreira.

Nos flagrantes, uma das formações do Garça na vitoriosa temporada de 1.984. Depois, veja como está o Valtinho, Márcio Gravatim e Casagrande. Na outra foto: Paraná, Betinho Pavaneti e João Luiz. Em seguida, o ex-goleiro Mamela e o vigoroso quarto zagueiro Osmar “Tanajura”. Os planos futuros, segundo o Deley Borborema, é já ir pensando no segundo encontro em 2.022.