sexta-feira, 27 de maio de 2022

Recordar é Viver: "Futebol suíço, o legado de Galdino de Almeida Barros

 


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

A mais importante competição do esporte garcense começa neste domingo (29), com a largada do Campeonato Municipal de Futebol Suíço. No total 14 times na busca do título: Paulista, Os Pior, Dinos, VKT, Euro Black, Levis, Art. Elétrica, Empório Rebelo, Salgueiro, Flamengo, Juventude, São Lucas, Kosminho e Vimec.

A cada ano que passa o futebol suíço vem numa crescente, com os times se reforçando, e consequentemente, tornando os jogos mais disputados.

A SEJEL, através do Secretário Municipal, Júlio César Martins, acredita num campeonato em alto nível, e, com certeza, bem disputado. Ao mesmo tempo que promete jogar duro contra atos de indisciplina. Portanto, os times e jogadores que se preocupem em somente jogar bola.

Inegavelmente não é de hoje que o futebol suíço vive uma grande fase, e vem crescendo ao longo dos anos. Começou a ser organizado no “terrão”, no começo doa anos 70, atrás do Hospital São Lucas. Depois se fortaleceu de vez, quando os jogos passaram para o bonito Conjunto “Poliesportivo “Manoel Gouveia Chagas”, no ano de 1.996, com cinco campos gramados.

Para este sucesso muitas pessoas estiveram envolvidas, entre dirigentes, jogadores e o Poder Público. Mas jamais poderemos esquecer de um esportista: Galdino de Almeida Barros, o corintiano Duca. O “cara” que abraçou a causa, segurou as pontas e não deixou o suíço sucumbir. Quem não se lembra que nos 80, a então CCE – Comissão Central de Esportes - estava com dificuldades para promover os dois campeonatos: o amador e o suíço. Naquela época o amador era de longe, a principal competição esportiva da cidade. 


Não restou alternativa, senão os times do suíço se reunir, e por unanimidade, escolher o Galdino de Almeida Barros para levar o campeonato em frente. E isto o Galdino fez por vários anos, com bastante competência e pulso firme. Para auxiliá-lo, convidou o Túlio Calegaro, Álvaro Gelamos Chagas, e este articulista
(foto). Na época ele era gerente do Expresso alta Zona da Mata e lá aconteciam as reuniões. A CCE dava o necessário respaldo, mas a palavra final era sempre do Galdino.

Com o passar dos anos, com a “falência” do futebol amador, o futebol suíço explodiu e atualmente é um dos campeonatos mais disputados, não somente na cidade, mas em toda a região. Por isto afirmo que o corintiano Galdino de Almeida Barros, que faleceu no dia 6 de julho de 2.009, merece o reconhecimento eterno, por tudo que fez pelo futebol menor garcense. Na gestão de Cássio Luiz Zancopé, o Galdino foi homenageado com um troféu quase do seu tamanho (foto). Um troféu enorme, mas infinitamente bem menor por tudo que ele fez para o engrandecimento e sucesso da modalidade. Deixou um legado para sempre nos meios esportivos.

No currículo esportivo do Galdino: dirigente do América, na década de 50, depois na Ferroviária (década de 60), Salão Carter (década de 80) também dirigente do Flamengo/RCG (suíço). Nos anos 70 presidiu a Liga Municipal de Futebol, Departamento de Árbitro e JDD (Junta Disciplinar Desportiva), participou da CCE (Comissão Central de Esportes). Isto sem nunca ter chutado uma bola. Tudo por amor ao futebol, além de promover a felicidade para outras pessoas.



KOSMINHO: A coluna presta homenagem à equipe do Kosminho, a mais antiga da modalidade, que inicia o campeonato, na busca de mais um título. O Kosminho, foi fundado no dia 25 de maio de 1.975, e acaba de completar 47 anos de existência. As suas raízes vem lá do Garça Tênis Clube, das disputas das “peladas” do clube, da época de Carlos Manchini, João Alexandre Colombani, Mário Baraldi, Paulo Renato Alves de Souza, Eronides Barbosa, Zéca Manchini, Marcelo da Costal Val, Toninho Orujian, Agenor, Piazentim e tantos outros.

O Kosminho é o primeiro campeão da modalidade que ainda está em atividade. A tradicional equipe verde e branco tem quatros títulos: 1.979, 1.987, 1.988 e 1.995, este, o último campeão do `terrão´.

Veja uma das formações do Kosminho, dos tempos do “terrão”. Em pé da esquerda para direita: Plínio Cabrini, Cacaio Vollet, Totó, João Ricieri, Renê, Paulo Renato e Romeu Abreu; agachados: João Folguieri (técnico), Bonini, Chico Ramalho, Toninho Marques, Caíque, Corinho e Erônides Barbosa.

Depois que passou para os campos gramados, o Kosminho ainda não foi campeão. Como bem nos afirmou o dirigente Cacaio Vollet: “Faz 25 anos que corremos atrás do título e jamais desistiremos. O Kosminho é um time de amigos e de incansáveis guerreiros”.