sexta-feira, 31 de março de 2023

Recordar é Viver: "Paulo Renato, um feliz aniversário de 90 anos"



Por Wanderley `Tico´ Cassolla

O patriarca da família Alves de Souza, acaba de completar 90 anos de idade, orgulhosamente. Isto mesmo, no último dia 22 de março, o promissense Paulo Renato Alves de Souza “colheu mais um rosa no jardim florido da vida”. Com motivos de sobras para comemorar.                              

O são-paulino Paulo Renato é uma pessoa querida e admirada em nossa comunidade. E não é de hoje. Nascido em Promissão, próximo de Lins, chegou em Garça no dia 7 de setembro de 1948, para ficar definitivamente. Mais um ilustre cidadão que chegou, viu e gostou para não sair mais. Um próspero cafeicultor, que também foi vereador e presidente da Câmara Municipal nos anos 70.

Atualmente procura viver intensamente a vida, desfrutando de um bom bate papo, em especial quando o assunto é futebol.

No último sábado, o Paulo Renato reuniu os familiares e amigos na Fazenda Santa Flora, na vizinha Álvaro de Carvalho, para festejar a idade nova. Com certeza foi um dia bem agradável, cheio de alegria e muitas recordações. E também de agradecimento, afinal de contas, não é qualquer pessoa que chega aos 90 anos esbanjando alegria e vitalidade.

No flagrante estão Paulo Renato e esposa Irene(sentados), juntos dos irmãos Aparecida, Mary, Cleuza e Edgard.

ESPORTISTA NATO: O Paulo sempre esteve ligado ao esporte garcense. Um profundo conhecedor do futebol, um grande são-paulino, que foi jogador e dirigente dos times amadores. Era um zagueirão, que antigamente chamavam de “beque de espera”, bastante voluntarioso. Na várzea romântica de antigamente jogou no Operário, nas décadas de 50/60. Depois, mais recentemente, nos anos 70 à 90, defendeu por muito tempo o Kosminho, time que ajudou a fundar no dia 25 de maio de 1975.


Recordamos uma das formações do Kosminho, da época do “terrão”, nos campos que ficavam atrás do Hospital São Lucas. Em pé, da esquerda para direita: Plínio Cabrini, Cacaio Vollet, Totó, João Ricieri, Renê, Paulo Renato e Dr. Romeu; agachados: João Folguieri (treinador), Bonini, Chico Ramalho, Toninho Marques, Caíque, Corinho e Erônides. 


O Paulo Renato também foi presidente do Serenata, nos anos 70, e do Clube Atlético Ipiranga. Depois foi guindado ao posto de presidente de honra por mais de 20 anos do time alvirrubro. Na foto do ano de 1976, Paulo Renato falando durante a inauguração da sede social do Ipiranga. Na sequência ainda aparecem, Marcelo Nassif (presidente), Alcides Vaz, Takashi Kitamura e Jair Cassola (treinador). Também foi dirigente e torcedor fervoroso do Garça FC.

Como curiosidade, seus ídolos no futebol são argentinos. O primeiro Antonio Sastre, que jogou no São Paulo na década de 40. Um jogador completo, que atuava até no gol, quando necessário. Do futebol atual é o Messi, por ser habilidoso dentro de campo e uma ótima pessoa fora dos gramados. 


PARANDO UM GIGANTE:
No verso da foto que ilustra a matéria consta o seguinte: “Operário campeão, ano de 1953, uma recordação do time campeão”. Em pé da esquerda para direita: Moura, Pedro Kruzick, Paulo Renato e Chico Conessa. As simpáticas e bonitas moçoilas, com a taça do jogo, não conseguimos identificar. Mas apuramos alguns dados deste memorável jogo, que reuniu Bangu x Operário. Naquele ano de 1953, não teve a realização do campeonato varzeano. Diante disto, os times se organizaram e promoveram uma competição própria, com o campeão conquistando a “Taça Cidade de Garça”. A final reuniu o Bangu x Operário. O jogo aconteceu num antigo campo que havia ao lado da linha do trem, próximo à antena da Comute, no começo da Vila Rebelo. A cidade praticamente terminava ali. Na sequência foi construído este campo, de terra batida e sem cerca ou alambrados.

O placar final apontou empate em 0 a 0, com o Operário conquistando o inédito título de campeão. Um dos destaques do time campeão foi justamente o aniversariante Paulo, que envergou a jaqueta 3, enfrentou o “gigante e matador” Pedro Kruzick, centroavante do Bangu. Um verdadeiro duelo de titãs. O impetuoso Pedro Kruzick bem que tentou de todas as formas, “por cima e por baixo”, em especial nas bolas áreas, mas não conseguiu balançar as redes. O Paulo Renato, numa jornada feliz, garantiu o empate sem abertura de contagem, e o título para o Operário. Como capitão do time, ainda ergueu a taça e soltou o grito de “é campeão”, há exatos 70 anos.

Ao Paulo Renato, este articulista, a esposa Irene, os filhos Clélia Maria, Paulo Henrique e Cláudia Maria, além da turma do Bar do Celsinho, desejam muitas felicidades, muita saúde e vida longa. Sempre com muitas resenhas @ histórias para contar.