Por Wanderley 'Tico' Cassolla
Nesta semana fomos questionado numa roda esportiva se é verdade que o ex-jogador Vicentinho jogou mesmo no Garça. Tudo por causa da “nota” que saiu na edição de sábado passado da Comarca. É que o Antonio Augusto, diretor do jornal, encontrou-se recentemente com o Edu Américo, ex-ponta-esquerda do Santos, que num bate-papo confirmou que seu irmão, Vicentinho, teve uma passagem pelo Garça.
O que se confirma plenamente. Verificando nosso arquivo fotográfico, encontramos uma das formações do Garça Esporte Clube, do final da década de 50, com o Vicente Américo posando no ataque garcense. Em pé da esquerda para direita: Agamenon, Aldo, Adilson, Xisto, Altamiro Gomes e Dadico; Agachados: Haroldo, Vicentinho, China, Cecí e Plínio Dias. Naquela temporada também defenderam a equipe, o Sabiru, Moscatel, Tantos, Paulista, Luizinho, Carlinhos e Ricci. O presidente era Danilo Fagá e o vice, Jaime Nogueira Miranda. O Garça era popularmente conhecido nos meios esportivos “como o representante do maior centro exportador de café”, produzindo o então “ouro verde” para o mundo todo.
De acordo com o corintiano Tonhô “o Vicentinho era um habilidoso
meio-campista, dotado de muita técnica, tal qual o irmão Edu, só que não teve a
mesma sorte que ele no futebol. Sua passagem pelo Garça foi somente por um ano”.
Além do Garça, Vicentinho defendeu o Guarani e a Portuguesa Santista nos
anos 60, quando atravessou ótima forma, se consagrando como um bom artilheiro e
quase foi para o Corinthians no ano de 1967. Faleceu em Jaú, sua terra natal,
no dia 22 de maio de 1993.
Agora da família Américo, quem fez sucesso (e ainda faz) no futebol é o Jonas
Eduardo Américo, o ex-ponteiro esquerdo Edu, que teve uma trajetória vitoriosa no
Santos de Pele. Edu estreou no time profissional do “Peixe” com apenas 15 anos
de idade, contra o Botafogo, em pleno Maracanã.
No ano seguinte, com 16 anos, envergou a
camisa da seleção brasileira durante um amistoso, e foi convocado para a Copa
de 1966, na Inglaterra. Depois foi titular nas eliminatórias da Copa de 1970, e
com 20 anos se sagrou campeão do mundo no México.
Ainda integrou a seleção brasileira na Copa de 1974 na
Alemanha. Defendeu o Santos entre os anos de 1966 à 1978, jogando 584 partidas e
marcando 183 gols. Na temporada de 1972 conseguiu uma façanha, ao disputar 90
dos 92 jogos do Santos. Para se ter uma idéia destes números, o craque Neymar,
do Santos foi o atleta que mais entrou em campo no Brasil no ano passado, com
um total de 61 partidas. Edu é considerado
por muitos torcedores, ao lado de Pepe, como o melhor ponta-esquerda da
história do futebol, o eterno camisa 11 do Peixe é o sétimo maior artilheiro da
história do alvinegro, ficando atrás de Pelé, Pepe, Coutinho, Toninho
Guerreiro, Feitiço e Dorval. Edu ainda foi campeão paulista pelo
Corinthians no ano de 1977, quando o “Timão” corria desesperadamente atrás de
um título. Na equipe alvinegra foram 39 jogos e quatro gols. Na maioria das
vezes era suplente do Romeu Cambalhota.
Fonte: Recordar é Viver - Jornal Comarca de Garça