sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Recordar é Viver: Júlio `Juruna´, o encontro após 37 anos







Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Esta semana tivemos um grande desafio pela frente: enfrentar pela Copa Quarentena de Futebol de Botão, o são-paulino e também flamenguista Júlio César Martins Teixeira, meu ex-aluno, o “Júlio Juruna”,  do time dos Fraldinhas, de muito tempo atrás. O aguardado jogo decisivo e valendo classificação, aconteceu na noite da ultima terça-feira, decorridos 37 anos, sem termos um contato mais direto. O resultado você verá no final da matéria.

Voltando no tempo chegamos no ano de 1.983. O são-paulino Ari da Silva Braga, assumiu a CCE – Comissão Central de Esportes, nos procurou para formar algumas equipes com garotos e assim movimentar o Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, que só tinha alguns jogos do Campeonato Amador. Segundo Ari Braga “O campo do Garça era muito grande pra ter poucos jogos e precisava  ser melhor aproveitado”. Achamos a ideia interessante e de pronto aceitamos o convite. A primeira medida foi convocar a garotada, no programa “Bola no Gol”, apresentado pelo saudoso João Alexandre Colombani.

Olha que superou nossas expectativas, com a garotada comparecendo em peso ao campo. Como não daríamos conta sozinho, chamamos o incansável professor Ednalvo Cardoso de Andrade, que graças a sua experiencia, melhorou e aperfeiçoou bastante os treinamentos. O resultado: 4 times montados, que carinhosamente foram chamados de “Fraldinhas”, para os mais jovens de idade dos 10 aos 13 anos, e “dente de leite”, entre 14 e 15 anos. Se fosse hoje, seriam as equipes sub-11 e sub-13. Os treinamentos eram aos sábados de manhã. Não demorou muito tempo para realizar jogos em toda a região. E olha que os times fizeram bonito, com bonitas vitórias, em especial nas cidades de Marilia e Lins. 

Uma importante recomendação do Ari Braga e que sempre eu e o Ednaldo levamos “ao pé da letra”: o garoto tinha que estar estudando e ser disciplinado. Se dali não saísse um bom jogador, pelo menos teríamos um cidadão do bem.

E neste clima vivenciamos grandes momentos. Creio que todos guardam esta passagem para sempre. Impossível lembrar os nomes de todos e quem sobressaiu na carreira. Por incrível que pareça, acho que o mais famoso no futebol, virou árbitro da Federação Paulista: Cássio Luiz Zancopé. Atualmente ocupa o cargo de Secretário Municipal de Esportes. No momento, não me recordo de mais alguém que teve sucesso no mundo da bola. A memória não é a mesma de antigamente. De outro lado, fora do futebol, muitos deles hoje são pessoas do bem e exemplos de pais de família. Missão cumprida dos professores Tico e Ednalvo

Até mesmo fotos que registraram estes momentos foram poucas, tanto é que no meu arquivo só guardo três. Veja o bom time dos Fraldinhas, do ano de 1.983. Em pé da esquerda para direita: Fernando Tardim, Rodrigo Brassoloto, Marcelo Abreu, Amadeu, Marcelinho, Fabinho e Tico (treinador); agachados: Neto Delicato, Rodriguinho, Cadado, Julio “Juruna” com a bola do jogo, Marquinhos e Casinha.

Avançando no tempo, chegamos no ano de 2.020. Como tudo na vida passa, os “Fraldinhas e Dente de Leite” foram crescendo, virando adultos e cada um seguindo o destino diferente. Alguns continuaram morando em Garça, outros por este Brasil afora. Vez ou outra tenho a alegria de encontrá-los, geralmente na beira dos campos. O contato que tenho com a maioria vem das redes sociais. 

Agora esta semana o encontro foi diferente, digamos pra valer. Tivemos  que encarar o Júlio Cesar Martins Teixeira, o eterno “Júlio Juruna”, em jogo válido pela “Copa Quarentena” de futebol de botão. Só esclarecendo, que hoje temos em Garça um movimentado campeonato municipal de futebol de botão, disputado aos sábados, que está paralisado devido à pandemia do coronavírus. E, paralelamente durante a semana, acontece a Copa Quarentena, em pleno andamento. Detalhe importante: no local do jogo só pode ter os 2 botonistas, sem torcida, com a obrigatoriedade do uso de máscaras (foto) e álcool em gel. 

 Pois bem, depois de 37 anos, confesso que o desafio foi grande. Encarar o bom botonista Júlio “Juruna”, agora numa disputa de mesa, foi pra lá de  complicado. O jogo foi na minha casa, na Arena: Stadium/Tico/9. Primeiramente, colocamos a conversa em dia, recordando os bons tempos dos “Fraldinhas”, “desde o dia que ele chegou no campo do Garça, todo vergonhoso, junto com o  pai o Sr. Teixeira, e pediu uma vaga pra jogar”, etc., etc. E o apelido de `Juruna´, ganhou de imediato entre a garotada, em razão do corte de cabelo, pra frente na testa, bem parecido com o Mário Juruna, líder indígena, que se aventurou na politica naquela época.

O Júlio esteve ausente de Garça por vários anos, na busca do seu ideal. Através de concurso,  ingressou na Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, no ano de 1.993, e passou a integrar a gloriosa equipe de Corpo de Bombeiros. Fez carreira trabalhando em diversas cidades do interior paulista, mais notadamente em Marília. Até que  agora está de volta á sua terra natal. Para minha surpresa e alegria, o agora subtenente Teixeira (foto) é o comandante da base de Bombeiros de Garça.

Quanto ao jogo do botão foi bem disputado, um derby. Como era esperado, com amplo predomínio do Júlio. Só que no quesito gol, o “professor” Tico foi mais decisivo e ganhou: 2 a 1. Mas a bem da verdade, eu gostaria mesmo que o jogo terminasse empatado. A revanche acontecerá no campeonato  municipal.

Uma arrancada fenomenal, mas que não chegou ao fim

 

Um lance que tinha tudo para dar certo, pois o atacante pegou em velocidade, engatou uma 5ª marcha, mas...

Me lembrou as arrancadas do icônico Tico Cassolla, em seus bons tempos do futebol amador garcense, rsrsrsrsrsrs. Acompanhe o lance:

Um golaço no estilo `chicotada´

 

Foi numa partida amadora que essa verdadeira pintura aconteceu!

O atacante levou a bola para a ponta-esquerda e fez um passe perfeito para o meio-campista que acertou um chute com uma dose excessiva de felicidade.

Veja o gol no vídeo abaixo e saboreie essa obra de arte:

Retorno à normalidade: CHG inicia participação em competição regional



Recebi a informação por parte do Gustavo, do CHG Sports, que aquela conhecida escolinha de futebol estará retorno aos gramados neste fim de semana.

Segundo o que me foi passado, o representante garcense vai iniciar participação na 5ª edição da Copa da Amizade, em Bauru.

A estreia vai acontecer neste sábado (31) pela manhã. frente ao Craques do Futuro. Serão três categorias: sub/10, sub/12 e sub/14, com confrontos no estádio Mirante Ferroviária (Foguinho Sports).

Desejo boa sorte aos jovens talentos de Garça!

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Confirmadas alterações nos torneios preparatórios do futebol garcense


Competições oficiais começam a ser planejadas para 2.021

Recebi uma informação que me foi passada pelo Marco Antonio Gonçalves Roldão, esportista que está à frente da organização dos torneios preparatórios do futebol garcense, quer marcam a abertura da temporada oficial de eventos.

Nela, havia a confirmação de que o futebol master vai continuar homenageando o vencedor com o Troféu Túlio Calegaro. Uma novidade será a denominação, a partir de 2.021, do troféu do futebol suíço, que passará a reverenciar o saudoso Valdir Tramontini, cuja perda causou tamanha comoção em Garça.

O torneio de futebol amador master, que deverá ocorrer pela primeira vez, levará o nome de Antonio Gonçalves Roldão Filho, o Cobra.

Apesar de todo o planejamento, o conhecido Marcão lembra que a realização destes eventos leva em consideração a liberação por parte das autoridades sanitárias, devido ao delicado período de pandemia que enfrentamos e que causou o cancelamento integral do calendário de competições esportivas do município.

Recordar é Viver: "Valdir Tramontini e o doloroso adeus da legião de amigos"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Uma notícia que abalou não somente os esportistas, como também toda a cidade. O falecimento do garcense Valdir Tramontini, “o centroavante dos gols possíveis e impossíveis”, no último sábado (17), pegou todos de surpresa. Olha, foi difícil de acreditar! Uma pessoa querida em toda nossa comunidade, alegre, brincalhona e amigo de todos. De outro lado, extremamente rigorosa e competente na sua função profissional como delegado de polícia. Em razão disto,  sempre admirado pelo seu trabalho e elogiado pelos superiores.

Nós o conhecíamos há muito tempo. Desde quando começou a jogar bola nos campos da cidade. O primeiro time foi o juvenil do Flamengo, de Vila Rebelo,  no ano de 1.977. Na época com apenas 13 anos, o Valdir já despontava como um atacante raçudo e de presença na área. Segundo o técnico Betão Aguiar, o “garotinho Valdirzinho” marcava muitos gols, e ajudou o Flamengo na conquista do vice-campeonato juvenil daquele ano. Porém, o Valdir sempre priorizou os estudos, não foi de participar de muitas competições.

Dali foi para o Campeonato Amador, jogou pelo bom time da Fazenda São Francisco, na temporada de 1.980 (veja a ficha de inscrição). Passado algum tempo, depois de ir trabalhar fora, voltou e foi para o futebol suíço, defendendo o Flamengo e a Fitotécnica. Até que resolveu ir para a categoria master, jogando nos times do Os Pior, Internacional, Flamengo e no Dinos (foto), onde foi destaque como atacante, sempre marcando muitos gols. Com seu carisma era um atleta que unia o time, agregava o grupo, nas vitórias e principalmente nas derrotas.          

Mas outro destaque na vida do Valdir foi o seu lado profissional, na carreira de Delegado de Policia,  junto à Secretaria da Segurança do Estado de SP. Começou como escrevente no Fórum de Garça, até que passou no concurso de delegado, nos idos de 1.993, assumindo o cargo na cidade de São Paulo. No começo do ano de 2.000 conseguiu a transferencia para Garça, e aqui ficou por mais de 15 anos. Como sempre me falava um amigo: “Aqui o Valdir foi decisivo e resoluto. Colocou ordem na casa”. 

No ano de 2.016 foi trabalhar na vizinha cidade de Marília, dando sequência na brilhante trajetória na área da segurança. Se no futebol com ele não tinha bola perdida, como delegado se empenhava ao máximo na solução dos casos. Na grande maioria com sucesso. Esta era sua rotina, na carreira que tanto amava. Na outra foto, o Valdir no momento descontração, com a família: a esposa Lilian e os filhos, Michel e Thais.

O ADEUS DOS AMIGOS: Mas para falar do corintiano e goleador  Valdir Tramontini, nada melhor do que seus amigos, nos recados postados na net, todos enaltecendo o convívio que tiveram com ele. Assim como lamentando sua partida prematura:

Do Marquinhos Santos: “Uma grande perda, uma pessoa que não desfazia de ninguém, apesar da sua alta patente. Nunca deixou de parar e conversar quando ia ao suíço com quem quer que fosse. Deixará saudades”.

Álvaro Santana: “Esse era um profissional de verdade, perdemos mais um amigo e um centroavante difícil de marcar. Mas agora vai jogar lá em cima”.

Nezinho Bonfim: “Esse camarada deixou saudades, grande parceiro”.

Nivaldo Moraes: “Para todos nós foi uma tristeza pesada em nossos corações”.

Odair Rogério: “Não me lembro de ter admirado outro delegado como tinha admiração por esse homem. Um exemplo de policial, desempenhava com amor a profissão, por isso sempre apresentou excelentes resultados a população."

Cristiane Mendonça: “Dr.Valdir um ótimo profissional, deixou saudades no coração de todos nós”.

Regina Soriano: “Esse não vai ter como esquecer pelo grande amigo e profissional que foi por todos nós. Saudades eternas”.

Tito Martini: Valdir, gostava de futebol, de amigos e da sua profissão a qual foi o melhor. Era uma Paz quando Valdir estava nas ruas de Garça. Vai com Deus, agora sua missão é no Céu”.

Eduardo Davi: “Difícil de marcar, centroavante encardido, impetuoso e não tinha bola perdida com ele”.

Adalberto Tosi: “Muito triste mesmo. Excelente profissional e uma pessoa fantástica”.

Sebastião Limpo: “Grande amigo, ótimo profissional. Garça de luto, meus sentimentos a família, Deus conforte os corações”.

Alexandre Rodrigues: “O cara era um grande homem”.

Sidinéia Braga: “Uma grande perda, um homem integro, um profissional excelente, uma pessoa humana e honrado. Muito triste”.

Humberto Bonfim: “Que tristeza, era um amigo pra toda hora”.

Papel Baiano: “Não dá pra acreditar infelizmente Deus te chamou meu amigo. Descanse em paz”.

Márcio Cézar: “É uma grande perda para sociedade garcense”.

Saraiva: “Dava trabalho para os árbitros, mas um grande caráter”..

Patrícia Dourado: Perdemos um grande profissional. Muito triste”.

Celso Oliveira: “Muito triste mesmo. Perdi um grande amigo, companheiro, alegre e muito brincalhão. Nos deu muitas alegrias com o nosso Dinos. Vai com Deus, meu amigo! Que Deus conforte os corações dos familiares e amigos”.

Edson da Silva: “Muito triste por essa grande figura, gente boa demais”.

Edson Luiz: “Não sei se o Valdir, foi melhor como atacante no futebol, ou como Delegado de Policia”.

Digão de Souza: “Inacreditável. Tristeza Total”.

Paulinho Montalban : “O Valdir foi o melhor delegado de polícia da história de Garça. Merece até mesmo uma estátua”.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Uma singela homenagem a um grande e eterno esportista!

 Ainda sem chão e não conseguindo se conformar. A perda de Valdir Tramontini é um duro golpe para todos os garcenses. É inacreditável o que aconteceu. Não consegui assimilar até agora!

Numa singela homenagem àquele que tanto fez pela nossa cidade, publico novamente o quadro `Destaque Esportivo´. Sempre artilheiro das competições que disputou no futebol garcense, Valdir era muito bem humorado. Brincava com todos. E assim ia conquistando incontáveis amigos.

Vou guardar todas as mensagens trocadas com o inesquecível Valdir. Vou lembrar de uma pessoa corretíssima, de um pai de família como poucos e de um ser humano que deixou uma legião de fãs e admiradores. 

Publico abaixo, o `Destaque Esportivo´ que fiz com o Valdir Tramontini:

"Um dos maiores artilheiros da história do futebol suíço"

Valdir Tramontini, o nosso `Destaque Esportivo´ 
Ele começou a se destacar como goleador ainda no tempo do `terrão´, quando comandava o ataque de equipes tradicionais à época. O tempo foi passando e ele sempre em atividade, nunca esquecendo o caminho das redes adversárias. Atuando normalmente e marcando em quase todas as partidas que está em campo, ele é um goleador nato. Nosso eterno `Destaque Esportivo´ é Valdir Tramontini e a sua incrível vocação de marcar gols ao longo das décadas.

Ainda muito jovem, Tramontini começou a defender o Flamengo de vila Rebelo, nos extintos campeonatos que tanto sucesso fizeram nos anos 70. “Nós fundamos o Flamengo e ele já veio jogar com a gente. Ele ficou um três anos e sempre ficava brigando comigo”, diverte-se Gilberto Aguiar, o Betão, o seu treinador nos áureos tempos do Rebelão.

“Ele era meio polêmico, gostava de jogar com uma fitinha amarrada na cabeça. Depois que a gente foi para o amador, ele preferiu ficar no futebol suíço”, recordou o grande amigo.

Talvez prevendo que o seu futuro no futebol garcense fosse mesmo no suíço, Valdir Tramontini defendeu, inicialmente, o Independente – nenhuma ligação com a agremiação homônima que integra atualmente o suíço -, quando se tornou bicampeão em 1982/83. Na Fitotécnica, outro grande time da história, também deixou a sua marca, com a conquista de 1986.

Os compromissos profissionais inerentes à sua carreira de delegado o afastaram por algum tempo do futebol garcense, porém, o seu nome continuou ligado a uma característica que o consagrou: a artilharia dos certames que disputou.

Ainda muito jovem, comemorando título de 1983 com o Independente (penúltimo agachado)


Na Fitotécnica, time que faturou o título em 1986


Defendendo o Flamengo, no municipal master de 2009

O tempo passou e no máster continuou fazendo o que mais sabe no futebol: gols.

Por alguns anos, Tramontini esteve comandando o ataque do Flamengo, enquanto o time disputou o máster. Uma cirurgia no joelho voltou a lhe afastar dos gramados por algum tempo.

Mas o retorno aconteceu defendendo o Dinos, que se tornou vice-campeão municipal/14, sendo que ele deixou a sua marca nas finais, anotando o gol de cabeça que valeu a vitória na primeira decisiva frente ao Salec, que conseguiu reverter a situação no segundo confronto.

Em sua última participação, Troféu Túlio Calegao, Tramontini defendeu Os Pior, em competição realizada no primeiro trimestre de 2020, antes da pandemia.

Esse é o Valdir Tramontini, corinthiano fanático, dotado de um humor ácido e criativo, grande goleador da história do futebol suíço, o nosso eterno `Destaque Esportivo´.


Festejando o gol marcado no master, quando defendia o Dinos; sua última equipe foi Os Pior


Acompanhando rodada do futebol suíço, ao lado do companheiro de equipe, Pique


Com Claudinei Sarapatel, prestigiando jogo no suíço


Até quando estava impossibilitado de atuar, lá estava ele participando de premiação do futebol suíço

O principal num pré-jogo é uma preleção bem feita

 A chave de uma boa partida, além de uma escalação certeira, é o pré-jogo. Nele consta a preleção, que tem que ser bem positiva, mostrando aos atletas que eles reúnem condições de uma bela apresentação. 

Trago pra vocês, um primor de prelação. Só não sei quanto que terminou o jogo depois. Será que alguém de nossa várzea já participou de uma conversa assim?

sábado, 17 de outubro de 2020

Garça em choque: morre o delegado Valdir Tramontini

 

O delegado Valdir Tramontini

Recebi um áudio de WhatsApp devastador: nele havia a informação da morte do delegado Valdir Tramontini, 56, simplesmente um ícone garcense.

Tramontini vinha trabalhando na Delegacia de Investigações Gerais em Marília. De acordo com a confirmação, ele teria sofrido um infarto e, socorrido a UPA, não teria resistido.

Uma notícia que nos deixa sem chão. Chocado. Nem sei mais o que escrever. Uma pessoa próxima, de ótimo humor, corinthiano fanático e grande goleador do futebol suíço garcense desde os anos 80. Até recentemente fiz uma homenagem a ele neste mesmo espaço, abrindo a série `Destaque Esportivo´. 

Nem consigo imaginar o que a legião de admiradores de Valdir Tramontini esteja passando. Desejo, se possível, muita paz e entendimento aos familiares neste momento de profunda tristeza.

Em tempo: velório do delegado Valdir Tramontini será a partir das 7 horas da manhã deste domingo na sala 3 do Velório Municipal.  Haverá distribuição de senhas e será permitida a entrada de apenas 12 pessoas por vez à sala, como medida preventiva à pandemia. O sepultamento ocorrerá às 14 horas no Cemitério Santa Faustina.

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Recordar é Viver: "O conjunto Poliesportivo Manoel G. Chagas"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Os esportistas garcenses ligados ao futebol suíço, foram surpreendidos recentemente, com a notícia sobre o relatório do Ministério Público Estadual, que aponta falta de acessibilidade no Conjunto “Poliesportivo Manoel Gouveia Chagas”.

O MPE, atendendo solicitação de um munícipe, enviou um relatório à Prefeitura Municipal, solicitando esclarecimentos sobre a acessibilidade, ao mesmo tempo em que deverá providenciar a adequação às normas vigentes, objetivando a continuidade na sua utilização.  Aí começa o imbróglio, tudo porque o local onde estão os campos não é de propriedade da Prefeitura e sim do IAPEN – o Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Servidores  do Município de Garça. Então como a Prefeitura gasta em melhoramentos num local que não lhe pertence?

Como é de conhecimento de todos, os campos foram construídos  depois de uma  “parceria de cavalheiros” entre a Prefeitura e o IAPEN. Creio que até mesmo não existe nada de oficial, um documento assinado pelas partes, com o  IAPEN cedendo o espaço. Até porque o terreno é um dos suportes da solidez financeira do órgão, e que vai garantir no futuro, o pagamento dos benefícios (aposentadorias, pensão e auxílios) dos servidores municipais vinculados.  

Diante disto, a administração municipal estuda a possibilidade da transferência dos campos para um recinto próprio. Um bom local seria entre o CT do Garça e o Ginásio de Esportes “João Gonzales”.

Enquanto isto não se concretiza, a SEJEL pretende continuar com as competições no mesmo local. Tudo vai depender de uma autorização especial da Promotoria, enquanto não ficar pronto os novos campos.

Convenhamos um assunto que deverá ser tratado com muita atenção pelo futuro prefeito, assim que assumir o cargo no primeiro dia de janeiro do próximo ano. Até porque hoje o futebol suíço é a principal modalidade esportiva praticada em Garça, reunindo centenas de pessoas.

Você sabia que o bonito conjunto poliesportivo foi inaugurado no dia 04 de maio de 1.996 e recebeu o nome do esportista Manoel Gouveia Chagas, por indicação do então vereador Washington Pereira de Araújo. A primeira competição oficial que aconteceu foi a “Copa Lions”, tendo como  campeão o Pereira e Santos. Já no certame municipal, o primeiro campeão foi o Salão Carter. Veja flagrantes da inauguração no antigo portal de entrada, pela Rua Dr. Antonio Cid Garbin, no Bairro Cascata. Na foto estão, da direita para esquerda: vereadores Cornélio Marcondes de Moura, Luiz Quini, Alvaro Chagas (filho do homenageado), prefeito José Alcides Faneco e Luiz Roberto L. Souza, diretor do IAPEN. 

ESPORTISTA e RELOJEIRO:  Apesar de não ser garcense, o palmeirense Manoel Gouveia Chagas foi um grande esportista, que muito colaborou tanto com o futebol profissional como amador de nossa cidade.

Nasceu na cidade de Paulo Faria/SP., no dia 16 de janeiro de 1.941. Ainda adolescente veio morar em Garça, juntamente com seus familiares. Começou a trabalhar “cedo”, com apenas 10 anos já ajudava o pai Jerônimo Chagas, proprietário de uma pequena venda, localizado em frente ao casarão do Labieno da Costa Machado, no Bairro Labienópolis. Depois foi trabalhar na relojoaria do Valdomiro Baraldi, que ficava na Rua Barão do rio Branco, em frente à Casa Minerva. Alí começou aprender a arte e o oficio de “relojoeiro’, atividade que abraçou para toda a vida, desenvolvendo com maestria. 

“Seo” Manoel Casou jovem, com apenas 16 anos. Passados dois anos, resolveu tentar a sorte na cidade grande, e foi para São Paulo. Assim que chegou já arrumou emprego na DIMEP, tradicional fábrica de relógios. Só que não  ficou muito tempo, retornando para Garça, onde abriu o próprio negócio: a Relojoaria São Luiz, inicialmente na Rua Carlos Ferrari, depois na Rua Cel. Joaquim Piza, em frente à antiga CAOL.

Até que no ano de 1.962, mudou para a Rua Heitor Penteado, nº 206, na antiga Rodoviária, no térreo da torre do relógio, o famoso e tradicional “Big-Ben" Garcense (foto). Ali trabalhou ininterruptamente por aproximadamente 32 anos, consertando e vendendo relógios, além de bijuterias em geral. O seu diferencial era a pontualidade nos consertos e o atendimento carinhoso que dispensa aos clientes. “Seo” Manoel aposentou no mês de fevereiro de 1.992, mesmo assim continuou trabalhando. O mundo do relógio era sua vida, a sua grande paixão. 

Agora outra infinita paixão do “seo” Manoel era o futebol. Tentou jogar, optou em ser goleiro, mas por pouco tempo. O destino de suas mãos não era salvar gols, mas sim “consertar” relógios. Como torcedor, dois times no coração: Palmeiras e Garça. Do “Verdão”, adorava ver e falar do time da academia, dos craques Dudu e Ademir da Guia. Do “Azulão” não perdia um jogo sequer. No domingo era sagrado ir no “Platzeck”. 

Prestativo, sempre colaborou nas campanhas e rifas para ajudar o Garça e o futebol amador. “Seo” Manoel foi mais um daqueles que veio para Garça, chegou, gostou daqui e não saiu mais. Casou com a Vilma Gelamos Chagas e o casal teve cinco filhos: Álvaro, Moacir, Luiz Manoel, Maria Cândida e Nilson. Faleceu no dia 29 de janeiro de 1.994. Na outra foto, o palmeirense Álvaro, o filho que abraçou o legado do pai, posando todo orgulhoso, no interior da relojoaria.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Atleta garcense recebe premiação de prova pedestre


Marco Rodrigues, grande pedestrianista garcense...

...acostumado a grandes resultados

Marco Aurélio Rodrigues recebeu nesta quinta-feira (15) a premiação da última etapa do Circuito Guerreiros Run 10k, Etapa `Troianos´. Ele se tornou o vice-campeão da categoria 16 a 24 anos!

Grande nome do pedestrianismo garcense, o conhecido Marquinho fez questão de enaltecer aos patrocinadores: Garseg Seguros, Full Time, G&G Importadora, Loukdemia, Banca do Elizeu e Escola Agrícola.

Frise-se ainda o corpo técnico, de vital importância para que o garcense possa continuar representando Garça e conquistando ótimos resultados: nutricionista Renata Portelinha; personal Adolfo Zorzete; treinador Marcos Queniano; fisioterapeutas drs. Guilherme Ravanelli e Gra Trinca, além do W. Suplementos.

Talentos do futebol garcense são aprovados em avaliação técnica de time da 1ª divisão paulista


Anthony Augusto, filho do lateral Dri do Juventude, equipe do suíço garcense, foi aprovado na 1ª etapa da avaliação técnica... 

...o mesmo ocorrendo com Tavinho

É com enorme satisfação que noticiamos que dois atletas do CHG Sports acabam de ser aprovados na 1ª etapa da avaliação técnica da Associação Ferroviária de Esportes, integrante da elite do futebol paulista. 

A avaliação ocorreu na vizinha Marília e serviu para apresentar ao time de Araraquara, toda a habilidade e qualidade do jovem Anthony Augusto (2010) e também do Luis Otávio, mais conhecido como `Tavinho´. 

Aguarda-se pela confirmação de datas da 2ª avaliação técnica, para que ambos possam enfrentar mais um desafio, que será vencido, tenho certeza disso.

Fica aqui os nossos parabéns e a torcida para que os dois jovens venham alcançar o seu objetivo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Em plena pandemia, conhecido dirigente do suíço garcense `cai´

Recebi um vídeo que vai provar o que estou dizendo na manchete. Mesmo com a pandemia, cartola bem conhecido `caiu´. 

Que me enviou esta `prova do crime´ não pediu para eu ocultar o seu nome, mas preferi não divulgar. Só digo que o seu nome no diminutivo, como é mais conhecido, rima com `armandinho´. E você, consegue identificar quem é o dirigente que `caiu´ de forma sensacional?

sábado, 10 de outubro de 2020

Garcense vai participar de grande evento de fisiculturismo em Curitiba

 



O garcense Dione Teixeira


O Covid-19 causou um grande estrago no esporte em geral, com vários cancelamentos ou, na melhor das hipóteses, adiamentos, até que a situação se aproximasse o máximo possível da normalidade. Apesar que, após essa pandemia, nada mais será como antes.

Respeitando as características e as particularidades de cada região, cada local reagiu de uma maneira diferente, porém, sempre levando em consideração os protocolos e opiniões das autoridades sanitárias. Assim, alguns locais vão retornando à normalidade. Este é o caso da capital paranaense, Curitiba.

Um evento bem famoso da área do fisiculturismo está confirmado para aquela metrópole nos dias 12 e 13 de dezembro. Trata-se do Rafael Brandão Classic 2020, que acontecerá num monumento histórico curitibano, o Castelo do Batel, que receberá grandes nomes do fisiculturismo brasileiro. Será a terceira edição do evento, com organização da NPC Paraná e Academia Overall Gym. Lembrando que o evento é classificatório para os principais eventos internacionais.

Está prevista a participação de um atleta garcense, Dione Teixeira, que aos poucos, vai conseguindo emplacar sua carreira de fisiculturista. "Será meu segundo evento. O meu treinador é de Marília, o professor Marcos e conto com o patrocínio da Olimpus Academia e Villa´s Barbearia. Caso alguém queira me apoiar, basta entregar em contato pelo Instagram: @diione__". Lembrando que são dois `underlines´ no fim.

Como existem três etapas de inscrições, todos via internet, não há como prever o número de inscritos para esta competição.

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Um atacante assim todos gostariam de ter em sua equipe

 

Ele é artilheiro, goleador e dificilmente perder gols fáceis. Mas viveu uma jornada nada feliz neste vídeo. Acompanhe sobre o que estamos falando, assistindo estes lances incríveis:


Recordar é Viver: "A homenagem ao Dr. Arthur Chekerdemian"

 






Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Recebemos durante a semana algumas fotos que homenageiam um ilustre garcense já falecido e que foi um esportista nato. Trata-se do Dr. Arthur Chekerdemian, que agora teve o nome eternizado no viaduto localizado na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294). A placa indicativa está no KM. 429,078 metros, entre Jafa e Vera Cruz.  Os garcenses que forem para a cidade de Marília poderão ver a placa indicativa (foto). A honraria conferida através do Projeto de Lei Estadual nº 203/218, de autoria da deputada Rita Passos e publicada no  Diário Oficial (Poder Legislativo), de 07/04/2.018.

Uma homenagem mais que justa, até porque o Dr. Arthur Chekerdemian foi uma pessoa atuante, com uma vasta folha de serviços prestadas na cidade. Um advogado gabaritado e respeitadíssimo no mundo jurídico. Não me recordo dele jogando bola, pesquisei nos meus arquivos não encontrei. Mas era um apaixonado e sempre esteve ligado ao esporte citadino. Tanto é que na década de 60, presidiu tanto a CCE – Comissão Central de Esportes (atual SEJEL) e a LMF – Liga Municipal de Futebol, “por amor a arte, sem remuneração”. E também encarou a difícil tarefa de apitar jogos. Uma missão ingrata, das mais difíceis. Mas ele tirou de letra, no apito. Foi um “juizão” de categoria, admirado e respeito pelos jogadores e dirigentes. Na foto apitando mais um jogo do varzeano, no antigo Campo da Vila Williams (em frente ao Hospital São Lucas). Da esquerda para direita: Garrafão, Toninho Maceloni, Arthur Chekerdemian e Ivo.

No outro flagrante, o Dr. Arthur acompanhando mais um evento esportivo na cidade. No dia 4 de outubro de 1.966, na  inauguração do Estádio Municipal “Frederico Platzeck”. Ainda sem as cabines prontas, o jogo inaugural entre Seleção de Garça x Escrete da Rádio Bandeirantes de SP., foi transmitido pela Rádio Clube de Garça, com a equipe esportiva posicionado dentro do gramado. O narrador Roberto Fior, tendo a seu lado o “repórter” Nilson Bastos Bento e o sr. Benedito Guaracho, servidor público municipal. Em pé, o fotografo Álvaro Takiuti, e a direita, sentado na “boca do túnel”, Arthur Chekerdemian, presidente da CCE (Comissão Central de Esportes).

HOMENAGEM JUSTA: O Dr. Arthur Chekerdemian foi uma pessoa bastante querida e admirada. Mas em dois “campos” ele se  destacava: na advocacia e no esporte. Para falar um pouco de sua convivência entre nós, nada melhor do que seus eternos e diletos amigos. Do santista Serginho Aranha: “O Dr. Arthur sempre foi amigo de todos os advogados. Ajudou muito o Judiciário,  pois quando as eleições eram “na unha” ele era o maior responsável pela apuração,  ele fazia todos os mapas eleitorais e mandava para o Tribunal.  Um dia me convocou e fui. Varamos a noite e saímos do fórum com o sol raiando, mas com todos os votos apurados. Ficávamos contando os votos com os fiscais em cima! O Arthur especializou -se, na prática em Direito Municipal. Aonde trabalhava o Prefeito não fazia nada sem antes falar com ele. Participava ativamente dos movimentos religiosos e defendia a família como instituição primeira da sociedade”. Em tempo: Foi o Serginho quem nos enviou as fotos das placas a beira da rodovia.

E do corintiano Antonio Augusto “Tonho” Ávila Castro: “Inquestionavelmente, Arthur Chekerdemian foi uma das maiores personalidades garcenses da segunda metade do século passado até início do século atual. Participou, de forma brilhante, de várias atividades, tanto no setor esportivo como assistencial, comunitário e promocional. Como servidor público municipal, realizou grandes serviços no antigo Departamento de Assistência, Educação e Saúde Pública. Ainda na Prefeitura, iniciou sua carreira de árbitro de futebol, que culminou como um dos melhores da cidade e região, atuando nas decisões dos mais importantes torneios de nosso amadorismo e até do futebol profissional nos anos 60 e 70. Presidiu a Liga Municipal de Futebol e a Comissão Central de Esportes, que supervisionava todas atividades esportivas da cidade. No campo profissional, desenvolveu uma bem sucedida carreira na advocacia, mas nunca abandonou seu hobby que era o jornalismo. Desde 1957 colaborou com o Jornal Comarca de Garça, onde estreou com a apreciada Coluna “Coktail de Notícias”. Paralelamente era correspondente do “Jornal Estado de São Paulo”, onde foi premiado várias vezes pelo seu brilhante trabalho, sempre com o objetivo de divulgar o nome da sua amada cidade de Garça. Arthur Chekerdemian foi um autêntico “faço totum” de primeira linha. Constituiu família exemplar com sua esposa Regina Maria Volponi Chekerdemian, a sempre alegre, acolhedora e comunicativa Baía (já falecida). Um cidadão garcense exemplar, que seus filhos, Aide Armenuy, Arthur Júnior e Ana Paula e netos tem muito que se orgulhar. O Dr. Arthur Chekerdemian nasceu em Garça no dia 22/04/1.933 e faleceu no dia 04/06/2.007”.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Você já viu um pênalti cobrado assim?

 

Reza a lenda que `o pênalti é tão importante que tinha que ser cobrado pelo presidente do time´. Porém, tem aqueles que adoram essas cobranças. E ainda conseguem ser bem criativos. Confira:



Uma chance incrível desperdiçada num jogo de futebol

 

Nesta fase onde o Covid-19 simplesmente destruiu o calendário esportivo, nenhuma movimentação tem ocorrido. Tal fato poderá mudar muito em breve, dependendo do Governo do Estado. 

Enquanto isso, seguimos com alguns vídeos interessantes. A seguir você poderá ver uma chance incrível perdida. Você deixaria de marcar este gol?

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Recordar é Viver: "José Nelo Marques: 50 anos nos microfones"









A coluna faz uma homenagem ao ilustre garcense e palmeirense, José Nello Marques, que na última semana completou 50 anos na carreira de radialista. Um verdadeiro craque dos microfones do rádio/televisão, revelado aqui em Garça, para o Brasil e o mundo. Uma brilhante jornada, que começou no ano de  1.970, na extinta Rádio Clube de Garça e não parou mais. O destino do José Nello já estava traçado desde o nascimento. Não tinha outro caminho. Um garcense nato, filho do sr. José Maria e dona Anita Maceloni, nasceu num dia 24 de setembro. Como ele sempre gosta de falar, com muito orgulho: “Tive a honra, a sorte e a benção de nascer na semana da comunicação, e fazer aniversário entre o dia do radialista (21/09) e o dia do rádio (25/09)”.

O José Nello foi mais uma revelação dos microfones garcenses, assim como tantos outros, todas “crias” do também palmeirense, Nilson Bastos Bento. Uma trajetória passando por várias emissoras, inclusive televisão. Senão vejamos: Rádio Clube de Garça, Rádio Verinha de Marilia, e a consagração definitiva em São Paulo: Rádio Jovem Pan (13 anos), Rádio Globo, Rádio Bandeirantes (16 anos), Radio Capital, Radio Record e Super Rádio Tupi. Outra façanha: Durante 18 anos foi correspondente da internacional “A Voz da América”, emissora do governo dos Estados Unidos. 

Também fez incursão na televisão: Na Band, apresentou o  programa “Acontece”, na Record, o “Filmando a Rodada. Durante estes 50 anos não só entrevistou, como conheceu personalidades diversas, artistas, cantores do Brasil e do mundo inteiro. Veja ao lado de Salomão Esper, José Paulo de Andrade e Joelmir Beting, ícones do jornalismo brasileiro.

Mas jamais esqueceu suas origens, sempre procurando falar de Garça, sua querida e adorada terra natal. Até hoje é um verdadeiro embaixador da nossa “Sentinela do Planalto”. Isto até valeu um grande reconhecimento de nossas autoridades, pois através do Decreto Legislativo nº 04/2008, de autoria do vereador Cornelio M. Moura, recebeu o título de “Cidadão Benemérito”.

Com uma carreira plenamente consolidada nestes 50 anos, José Nello diz que ainda tem folego para mais “meio século”. Atualmente é proprietário da Rádio Sonho (foto), que está no ar/net desde o ano de 2.013, com muita informação e musica de boa qualidade. Como sempre recordando os bons tempos do melhor do rádio para os ouvintes/ internautas. No flagrante, dentro do Allianz Parque do seu glorioso  Palmeiras”, cobrindo mais um evento pra Rádio Sonho.

NOS MICROFONES:  No começo dos anos 70, o rádio dominava o setor da comunicação nas cidades brasileiras. Em Garça a “bola da vez” era a Rádio Clube de Garça, a emissora “que ia até longe para fazer amigos”.  O garotinho Zé Nello era goleiro do time de futsal do Pato Donald, cujo destaque era o Luiz Armando de Freitas Ferreira, “o canhão do time”, e que trabalhava na rádio. Entre uma e outra resenha, o José Nello falou que tinha vontade de trabalhar na rádio. De pronto o Luiz Armando, o apresentou ao Nilson Bastos Bento, que viu nele um bom potencial. No início era sonoplasta ou técnico de som, junto com o Zé Abrão. Ali foi se ambientando com os microfones. 

Não demorou muito foi para o plantão esportivo, depois dos jogos do Garça. Em seguida apresentou o programa “Operação Notícias’, substituindo Zancopé “Zento” Simões, que estava de mudanças para o rádio bauruense. Apresentou ainda programas de variedades  musicais todas as tardes. Nos finais de semana era repórter de campo quando o Garça jogava. 

Na foto entrevistando o vigoroso zagueiro Pedroso. Foram três anos, entre 1.970 a 1.973, de muita satisfação a aprendizado. Em alta a nível regional, recebeu convite para ir trabalhar na Rádio Verinha, de Marília, onde ficou aproximadamente seis meses. Até que partiu: São Paulo,  chegou e começou a trabalhar no mesmo dia. Novamente a ajuda de um amigo, o Zancope Simões, foi decisiva. Ainda em Marília, José Nello falou que queria conhecer a Rádio Jovem Pan, onde ele trabalhava de madrugada. Pronto, o Zento “fez o meio de campo”. O José Nello desembarcou em Sampa às 5 horas da madrugada e foi direto para a JP. Assim que terminou o programa, foram tomar café na padaria ao lado. Quis o destino que encontraram com o  Fernando Vieira de Mello, diretor de jornalismo, no corredor da JP.  O Zancopé fez as devidas apresentações e naquele mesmo dia, às 17 horas, o José Nello iniciava a vitoriosa e invejável trajetória no rádio paulistano.

NO FUTEBOL: Como na coluna tem que ter futebol, descobrimos que o José Nello também sonhou um dia ser jogador de futebol. O primeiro time foi o Pato Donald FC, time de futsal mantido pelo clube Nipo Brasileiro. Ele começou como goleiro, mas logo foi para a linha. Até porque com um corpo atlético e biotipo físico jamais podia ser goleiro. Canhoto, batia uma bola redondinha. Já na rádio clube, montaram o Expressinho RCG, numa alusão ao Escrete da Rádio Bandeirantes. 

Veja aí, umas das formações do memorável Expressinho RCG. Em pé da esquerda para direita: Jota Mara, Omar Neuber, Clodoaldo Serzedelo, Nilson Bastos Bento, José Abrão, Roberto Fior e Murilo Proença; agachados: Zancopé Simões, Luiz Armando, Toninho Marques, Jose Nello Marques e Sidnei Sampaio. 

Na época era o famoso time de “pelada” do Campo do Bosque Municipal. Hoje virou futebol suíço. No futebol amador, José Nello jogou no time do Rodoviário, Transribas e no Tiro de Guerra, então comandado pelo Sargento Adib. A carreira no futebol amador foi curta, pois a “derrota” para os microfones foi de goleada e definitiva.