sexta-feira, 30 de julho de 2021

Recordar é Viver: "Sérgio Miranda, um craque da bola"


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Hoje a coluna está em clima de festa e manda os parabéns para o Sérgio Luiz Miranda, aniversariante que acabou de completar 61 anos, no último dia 11 de julho.

O Sérgio Miranda foi mais um grande jogador que surgiu no futebol amador e teve a oportunidade de jogar profissionalmente. A bem da verdade, ele pertence a uma família tradicional e com bons jogadores: o zagueiro Márcio Miranda e o meia atacante Nenê Miranda, que foram destaques no amador e no futebol suíço.

Mas o Sérgio Miranda era o mais habilidoso dos Miranda, ambidestro, batia fácil na bola, assim como desarmava o adversário. A  posição original era na lateral esquerda. Mas se o treinador precisasse também, atuava na meia cancha.

Desde a infância sempre gostou de jogar bola. Os primeiros chutes foram na antiga Vila Guanabara, junto com a garotada da região, e na vizinha Vila Mariana. No ano de 1.978, disputou pela primeira vez o Campeonato Amador pelo time da Fazenda São João do Nouguês, sendo eleito pela CCE/Comissão Central de Esportes, o “Atleta Revelação”.

A equipe rurícula contava com alguns os reforços da cidade: Zetinho, Canela, o goleiro Leivinha, Dito, Nivaldo, Gininho, Navarro e Tiguinha. Na foto, o Sérgio Miranda etá ao lado direito do goleiro Leivinha. Logo despertou o interesse dos dirigentes do Garça, que viram nele um bom potencial técnico, e acabaram por profissionalizá-lo. Naquela época, o presidente do Garça, era o Sr. José Antônio Fernandes, cujo elenco de jogadores contava com o Romero, Garozi e os goleiros Arnaldo e Luizinho Andrade.

Se o Garça não disputou um bom campeonato, o Sergio Miranda novamente se destacou e de imediatado foi contratado pelo Noroeste de Bauru, onde atuou nas temporadas de 1978/79.

No Noroeste viveu a sua melhor fase. Atuou ao lado de grandes e famosos jogadores: Tobias, Jorge Fernandes, Lela, Bugre, Jorge Maravilha, Bira, Ari Nascimento. Nesta época o time disputou o Campeonato Brasileiro, a famosa “Taça de Prata”. Dentre 74 clubes, o Norusca terminou na 28ª colocação, depois de se classificar na repescagem da primeira fase, e ser eliminado na etapa seguinte por Grêmio e Palmeiras. Com certeza deve ter sido a competição mais importante que o Norusca disputou em toda a sua história.


Jogou ainda na Santacruzense, de Santa Cruz do Rio Pardo (na foto é o primeiro em pé, da direita para a esquerda), quando a equipe foi comandada pelo técnico José Carlos Coelho. Por último defendeu o Oeste, de Itápolis.

Depois de parar com a carreira profissional, Sérgio Miranda continuou morando em Bauru. Como sempre manteve uma excelente forma física, ainda teve gás para disputar o forte amador bauruense.

Defendeu o Corinthians, do Jardim Prudência, ao lado irmão Nenê e dos garcenses Osmar “Tanajura” e Cunha. Também jogou no Internacional e o Atlético, continuando com suas grandes atuações. Deixou o nome marcado no esporte menor da “Terra Sem Limites”, a ponto de, recentemente, um grupo de amigos esportistas do Núcleo Mary Dota, fazer uma bonita homenagem para ele. Um reconhecimento ao craque da bola.


Paralelamente, o Sérgio Miranda disputava o amador de Garça. No ano de 1.984 jogou pelo Gartec, do presidente Luiz Carlos Beline. Jogou ainda no Flamengo do técnico Betão, se tornando bi-campeão nas temporadas de 1985/86. Veja uma das formações do Flamengo. Em pé da esquerda para direita: Precípito, Valdir Turato, Du, Gilson, Osmar “Tanajura”, Mário Fogo, Casagrande, Ronier e Betão Aguiar; agachados: Natalino Baldo, Tonho Nêgo, Cole, Navarro, Sérgio Miranda, Osmar Silvestre, Túlio Calegaro e Geraldão (massagista).

Depois jogou no futebol suíço pelo Socafé, do presidente José Aparecido Soares. E mais um título na brilhante carreira: campeão no ano de 1.999. Aí decidiu parar com a bola em clima de disputa.

Para o Sérgio Miranda ele já foi dada a sua contribuição ao futebol. Hoje está feliz e sossegado com o que a bola lhe proporcionou na carreira. Como bem me disse o seu amigo de muitas jornadas esportivas, o Osmar “Tanajura”: “Ele foi um jogador habilidoso, mesmo sendo um defensor. Jogava na antecipação, sem utilizar das jogadas violentas para desarmar os atacantes. Sinceridade, era  para ele ter ido bem mais longe no futebol. Coisas do futebol, difícil de explicar”.

No lado profissional, o Sergio Miranda ainda está em atividades, trabalhando no DAE –Departamento de Água de Bauru.

Veja em foto recente, como está o nosso homenageado, festejando mais um aniversário, ao lado do filho Rodolfo e do neto Vitor.


segunda-feira, 26 de julho de 2021

Futebol: CHG retorna aos jogos com vitória em três categorias

Atletas do CHG vão passar por avaliação técnica em Araraquara

Aos poucos vamos vislumbrando um luz no fim do túnel mesmo em período de pandemia. O avanço da vacinação da população tem contribuído muito pra isso e algumas atividades já ensaiam o seu retorno. 

É o caso do CHG, tradicional escolinha de futebol garcense, que esteve em atividade no último sábado (24) no Toyotão, em vila Rebelo. Na ocasião, em três categorias, os locais derrotaram os bauruenses do Areno Tokio.

No sub/11, o placar apontou a vitória por 3 x 2, com gols de Breninho, Kauê Borges e Crek. No sub/13, outro resultado positivo, agora pelo placar de 2 x 0, com Enzo e Lucas Souza sendo os goleadores. No fechamento da jornada, goleada garcense: 9 x 0, com gols de Kayque Moreira (2), Lucas Lanzi (2), Daniel (2), Caio Augusto, Bruno Gabriel e Wendinho.

Vale ressaltar que os confrontos foram acompanhados pelo treinador do sub/11 da Ferroviária de Araraquara, Leandro `Mumu´, além de Guilherme Alcântara, da empresa Alcântara Sporting - Agência de Atletas. Acrescentando que três atletas do CHG, todos do sub/11, vão passar por um período de avaliação técnica naquela tradicional agremiação interiorana: Luiz Henrique (Crek), Kael e Miguel Lourenço.

No momento, não há novos confrontos previstos.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

SEJEL investe em melhorias em praças esportivas

Ginásio João Gonzales vai passar por reformas...


...o mesmo ocorrendo na quadra anexa

A Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer, mesmo no período de pandemia, não para e vai se movimentando visando ofertar à população, quando do retorno normal às atividades esportivas, grandes melhorias nas praças esportivas que são utilizadas pela municipalidade.

De acordo com o titular da pasta, Júlio César Martins, "Estamos pintando o Colombani inteiro, estamos finalizando duas quadras de fut-vôlei ao lado da piscina e vamos começar agora a pintar o Centro Esportivo nas piscinas, pois já reformamos tudo lá dentro, inclusive a parte elétrica. E vai começar a trocar as telhas do João Gonzáles", salientou.

Aliás, o principal ginásio da cidade teve divulgado na edição eletrônica do Diário Oficial da quarta-feira (21), a liberação dos investimentos que serão feitos naquele local. Acompanhe abaixo:

Contr. 035/2021 

Contratada: ENGET CONSTRUTORA E ENGENHARIA LTDA. 

Obj.: Contratação de empresa para reparos nas coberturas do ginásio de esportes e quadras no centro esportivo “João Gonzales”, incluindo materiais e mão de obra, localizado na Rua José Rosário x Rua Luiz Monici x Av. Faustina - Bairro Labienópolis, nesta cidade de Garça/ SP. 

Mod.: Tomada de Preços nº 001/2021 

Valor: R$ 40.333,05 

Data: 13/07/2021 

Recordar é Viver: "João Barretto, um garcense nas Olimpíadas de Tóquio"


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Começou oficialmente nesta sexta-feira (23), as Olimpíadas de Tóquio, com o bonito cerimonial de abertura no Estádio Nacional. A 32ª dição dos Jogos era para ter acontecido no ano passado, porém, devido a pandemia do coronavírus, ficou para este ano. O Japão será sede dos jogos pela segunda vez, repetindo o feito do ano de 1.964. Deverão estar presentes 204 países e 11.687 atletas, naquela que é considerada a maior competição esportiva do planeta. O Brasil participa em 35 modalidades com 302 atletas. As disputas vão acontecer no período de 21 de julho até o próximo dia 8 de agosto.

E para nossa satisfação um garcense estará presente nos jogos: João Pedro Barretto Lustri, como jornalista/produtor do Canal Olímpico do Brasil, o canal oficial do COB. O João Barreto já está em Tóquio desde o começo da semana, e pronto para cobrir os eventos esportivos, produzir matérias, entrevistas, documentários e transmitir os jogos ao vivo. Haja fôlego!

Esta será a primeira Olimpíada do jovem garcense, que está pra lá de animado com esta oportunidade única. Uma emoção, que começou logo na chegada a Tóquio – veja tópico abaixo -, e é claro, tal como nós, estará torcendo para o sucesso dos competidores brasileiros na luta por uma medalha olímpica. Como bem disse o jamaicano Usain Bolt, `a lenda da velocidade´: “É melhor ter a Olimpíada sem torcida, do que não ter Olimpíada”


GARCENSE NATO
: O João Pedro Barretto Lustri, é filho do Tamis Gonçalves Lustri e da Gisleine Aparecida Santini Barretto, e desponta com um grande futuro no jornalismo brasileiro. Na infância estudou no Colégio Lumen, e gostava de jogar bola. Sonhava um dia, quem sabe, jogar no glorioso São Paulo, o time do coração, onde tempos atrás teve o goleiro garcense Waldir Peres em 611 jogos.

 Participou dos campeonatos escolares com boas atuações, mas já vislumbrando que o seu forte não seria a bola, e sim o jornalismo. Não herdou a habilidade do pai Tamis, um eficiente zagueiro da Escola Mackenzie de São Paulo. Muito menos o faro de artilheiro do avô Walter Barreto, um goleador implacável na várzea garcense, nas décadas de 50/60. 

Ainda jovem, com apenas 17 anos, foi morar em São Paulo e estudar na PUC/Pontifícia Universidade Católica da capital. Paralelamente ingressou como estagiário na TV Band e na Rádio Bradesco Esporte FM, até que foi efetivado na Rádio Bandeirantes. Neste período trabalhou como algumas feras do esportes, como o Milton Neves, craque Neto, Datena, Elia Júnior e o Denílson. 

Depois foi para a empresa NSports, uma “plataforma de streaming”, que transmite e produz conteúdo de todos os esportes. No começo deste ano, mudou para o Rio de Janeiro para coordenar o projeto do Canal Olímpico do Brasil, numa parceria com a NSports. E de quebra a missão de cobrir as Olimpíadas de Tóquio.

UM XIXI OLÍMPICO: A primeira grande emoção do João Barretto foi no dia 17 de maio, quando oficialmente foi convocado na missão do Comitê Olímpico do Brasil, para servir a delegação brasileira nos jogos de Tóquio. Na mensagem recebida: “Bem vindo ao Time Brasil”. Foi difícil ele conter as lágrimas. 

A segunda emoção foi quando do embarque aqui no Brasil. Segundo soubemos o João Barretto não conseguiu nem dormir durante a longa viagem, tal a sua expectativa em chegar na `Terra do Sol Nascente´. Afinal de contas a viagem foi meio que tensa. Estar numa Olimpíada, tendo a oportunidade de realizar um sonho de criança, não é para qualquer um.  

Quando conseguia adormecer, teve até alguns pesadelos, digno de um jogador juvenil na concentração, esperando a estreia no time profissional no dia seguinte. 

A terceira emoção foi extraordinária. Assim que desembarcou em Tóquio, ficou esperando o ônibus que ia levar a equipe até o hotel em Saitama, num percurso de 45 minutos. Perguntaram se alguém queria ir ao banheiro. Na ânsia de chegar logo, o João Barretto respondeu com um sonoro “não”. O `busão´ chegou, ele embarcou com a bexiga cheia, e lá foi pelas ruas da cidade. Um sufoco danado com aquela vontade de fazer xixi. 

Alguns atletas procuraram ajudá-lo, com uma garrafa ou saco plástico. Tentou, porém nada. Pensava noutro assunto, chegou a abrir o botão da calça, sentava no banco, levantava, cruzava as pernas, mas nada do xixi. A esta altura estava inibido com a presença dos atletas. Uma viagem longa por demais, sem fim. Assim que chegou ao hotel, nada de cumprimentar as recepcionistas. Cadê o banheiro? Não aguentou mais. No saguão, fez xixi no saquinho mesmo. Para desespero da amável recepcionista, que com olhos abertos e mão na boca, dava risada e apontava onde era a escada e tinha um banheiro. No final tudo certo, aliviado e pronto para registrar a primeira Olimpíada.


MASCOTES:
Uma tradição que vem marcando as Olimpíadas são os mascotes, um para os Jogos Olímpicos, o outro, para os Paralímpicos. Em Tóquio os escolhidos, carinhosamente receberam o nomes de Miraitowa e Someity (foto). A primeira numa união das palavras japoneses Mirai, que é o futuro e “towa”, a eternidade. Esta combinação leva a promover um futuro de eterna esperança nos corações das pessoas ao redor do mundo. Já a Someity (paraolímpica), se refere à expressão “someiyoshino”, numa alusão a uma variedade popular da flor da cerejeira. Ela tem sensores táteis da flor da cerejeira e enorme força mental e física, representando os atletas paralímpicos, que superam obstáculos para atingir os limites do possível. 

terça-feira, 20 de julho de 2021

Coletividade `Orange/Black´ fica eufórica após autógrafo do maior ídolo do futsal brasileiro

Recebi uma informação bem legal: o multi-campeão Falcão, maior ídolo brasileiro do futsal, autografou recentemente uma camisa do Os Pior, time tradicional do futebol suíço garcense.

O Juninho - eu o chamo de `Crisinho´- filho do `presida´ Crisão, me enviou uma mensagem via WhatsApp, contando a novidade e mostrando o glorioso manto `orange/black´ com a valiosa assinatura do `maior de todos´ do `esporte da bola pesada´. 

Bem legal essa informação, que deixou o time e seus seguidores bastante empolgados. Confira abaixo o valioso registro da peça que merece ser eternizada num belo quadro:

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Recordar é Viver: "Nena, um jogador polivalente"



Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Se alguém perguntasse: Luiz Antonio Hauy foi jogador do Garça? Certamente todos responderiam que não. Mas se falassem do Nena, a resposta seria positiva. Um jogador polivalente que defendeu o “Azulão”, entre os anos de 1.972 à 1.975, tendo um bom desempenho, graças à sua versatilidade em campo. 

A posição original do Nena era meia esquerda, apesar de ser destro. Assim que chegou para defender o Garça, o meia esquerda titular era nada mais, nada menos do que Rinaldo, ex-ponta esquerda do Palmeiras e Seleção Brasileira. Uma concorrência um tanto quando desleal, segundo ele. Como o time não tinha um lateral direito, o treinador Gilberto Godoi, que estava montando a equipe, perguntou se ele queria jogar na lateral. 

Como a sua vontade era tamanha, não pensou duas vezes e topou a parada. Nena, virou titular absoluto e não saiu mais da equipe. Foi assim, e com muito orgulho que vestiu a jaqueta 4, nas temporadas que passou aqui. O Nena não se cansa de falar, que o Garça foi um dos times que marcou na sua carreira. Até porque jogou ao lado de ótimos jogadores, dentre eles, o goleiro Franz, Pedroso, Rinaldo, Osmar Silvestre, Abegar, João Luiz de Marília, Rodolfo Devito, Chiquinho goleiro, Cláudio Belon, Jânio, Toninho Bodini, Roberto Bertuço, Alcir, Davi e o notável Rinaldo, que mesmo em final de carreira, era diferenciado e jogava fácil. 

Veja uma das formações do Garça. Em pé da esquerda para direita: Nena, Franz, Pedrão, Toninho, Alcir e Pedroso; agachados: Dozinho, Osmar Silvestre, Roberto Bertuço, João Luiz e Jânio.

Paralelamente ao futebol no Garça, o Nena priorizou os estudos, frequentando a Faculdade de Educação Física em Marília, na parte da manhã. Como amante do futebol e um folego incomum, ainda sobrava tempo para praticar futebol de salão (futsal) na sua querida Getulina. Nos jogos da “Copa Noroeste”, na cidade de Birigui, foi o artilheiro da competição com 18 gols, 11 deles marcados de cabeça. A regra vigente só permitia a cobrança de lateral com as mãos e não valia gols de dentro da área do goleiro. A bola era pesada “pra burro”, tinha que saber cabecear, era mais jeito do que força.


A CARREIRA:
O Nena começou a jogar ainda criança, com 11 anos, na Associação Getulinense de Esportes. Depois treinou na Portuguesa de Desportos, indicado pelo amigo Piau, ex-ponta esquerda do São Paulo. No ano de 1.971 fez testes no Guarani, de Campinas, mas não foi aprovado. Defendeu o Garça entre 1972 à 1975, e o Tupã, nas temporadas de 1976 à 1979 - na foto é o quarto da esquerda para direita em pé. Lá também caiu nas graças da torcida, jogando ao lado do goleador Pulga e dos garcenses Alcir e Joy (goleiro). Até que decidiu “pendurar” as chuteiras, aos 26 anos de idade, depois de ser zagueiro, meio campista e atacante goleador. 

Persistente, passou a se dedicar inteiramente ao trabalho na área da Segurança Pública do Estado de São Paulo, onde está há 45 anos, após ser aprovado em concurso público. Foi Carcereiro (3 anos), Escrivão de Polícia (9 anos) e Delegado de Polícia (33 anos). Atualmente ocupa o importante cargo de Delegado Seccional de Polícia de Tupã, com uma brilhante atuação, elogiada em toda a comunidade tupãense e regional, como que relembrando as grandes atuações dentro dos gramados.

 CURIOSIDADES: 

 - No primeiro jogo que foi assistir em Getulina, Nena chegou e o time da casa estava perdendo por 2 a 0. No intervalo o treinador o chamou para jogar. Entrou e virou o jogo, marcando todos os 5 gols da vitória. Foi contratado na hora. Passou o tempo, Nena foi o dono no time, que tempos depois se tornaria o principal da cidade.

-  No Garça: Quando teve aquela forte geada no dia 18 de julho de 1.975, todos os jogadores estavam nos vestiários para treinar. O Garça tinha dispensado o técnico. A pergunta: treina ou não treina, naquele frio intenso. Até que um jogador, sugeriu comprar um litro de conhaque pra esquentar. Foi um litro, dois, três, etc. Virou uma animada roda de samba nos vestiários, e treino que é bom nada;

- No Tupã: O time foi jogar em Lins, contra o Linense. No retorno o ônibus quebrou. Não tinha outro para socorrer. O jeito foi apelar para uma carona.  Chegou em Tupã na carroceria de um caminhão de leite;                   

- Alguns jogadores que marcaram na sua carreira: Rinaldo e Pedroso, do Garça. O centroavante Pulga e Caveira, do Tupã, além do técnico Wilson Pimentel, um entendido do futebol.


Como um grande esportista, Nena não esquece jamais dos amigos que o apoiaram no futebol: Odenir Noque, o popular “Bil”, técnico do futsal em Getulina; o professor/técnico e conterrâneo Gilberto Godoi; Marcelo da Costa Val, presidente do Garça. 

E também dos queridos e inesquecíveis pais, `seo´ Elias e dona Geraldina, grandes incentivadores, não somente para jogar bola, como também na sua formação, orientando-o a se tornar uma pessoa honrada e íntegra, dentro e fora dos gramados.

Atualmente o Nena mora em Tupã, e em foto recente está ao lado da esposa Estela e dos filhos Enzo e Mila.

Futsal: diretores de equipes com interesse em participar da Copa municipal devem entrar em contato com a SEJEL

Interessados em disputar a Copa Municipal, caso a mesma tenha condições sanitárias de realização, devem entrar em contato com a SEJEL a partir desta segunda (19)

O futsal também merece atenção por parte da SEJEL. Da mesma forma que o futebol suíço e o master tem possibilidade de retorno, o mesmo acontece com a Copa Municipal, que sempre conta com aproximadamente duas dezenas de participantes.

As equipes interessadas devem entrar em contato com a SEJEL (3471-0237) ou até mesmo enviar representante àquela pasta, para demonstrar o seu interesse. 

A sistemática será a mesma dos certames de campo: reunião a ser definida, confirmação dos participantes e definição de regulamento e tabela - nunca se esquecer: caso haja possibilidade de retorno.

O prazo estipulado para o contato preliminar demonstrando o interesse se encerrará em 30 de julho, ou, no caso de se atingir um número alto, antes disso, a critério da organização.

Futebol garcense: "Municipais podem retornar no final de setembro"


Torcida é enorme para que o futebol garcense retorne ainda em 2.021

Uma informação oficial vinda da Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer, deve dar esperanças de retorno aos campeonatos municipais de futebol ainda em 2.021.

Nos últimos dias, o titular da pasta, Júlio César Martins, esteve mantendo contatos com os representantes de equipes do suíço e do master, procurando saber o interesse em participação em competições que poderão acontecer a partir de 18 ou 25 de setembro. 

"O objetivo do nosso contato foi para avisá-los que, pelo andar da carruagem da vacinação, continuando neste ritmo, creio eu que em agosto, vamos estar com mais de 70% da população toda vacinada aqui em Garça. Com isso, creio eu que no final de setembro daria para fazermos as competições sim. Inclusive eu tenho uma tabela formatada, num sistema de disputa que daria para ser realizado.", observou.

Martins mostrou-se muito satisfeito com a receptividade, pois apenas um dirigente do suíço disse não haver mais interesse, porém, existe a possibilidade de outros diretores assumirem a empreitada e manterem a equipe, que é muito tradicional.

Por outro lado, no master, existiriam 10 times que disputariam normalmente o certame a ser oficializado em breve (sempre levando em consideração a evolução do número de vacinados, além dos protocolos de saúde exigidos e demais situações pertinentes ao assunto). Porém, não se descarta outros integrantes.

"Eu combinei com os times que, no final de julho ou ainda em agosto, vou marcar uma reunião com os presidentes, pois creio que teremos na ocasião uma noção ainda melhor de como estará a vacinação, se ela estará mais acelerada nos próximos dias ou não. Aí vamos discutir o regulamento e demais assuntos referentes. Mas uma coisa é certa: caso consigamos organizar as competições, serão curtas, com um prazo máximo de dois ou três meses", finalizou.

SEJEL informa: `Natação para Todos´ começa nesta segunda-feira

Projeto oferecido à população é totalmente gratuito, englobando várias idades em ambos os sexos

Segunda-feira, 19 de julho de 2.021.

Neste dia vão começar, as diversas atividades aquáticas programadas para o Centro Esportivo e Social, dentro do Projeto `Natação para Todos´. 

Iniciativa da Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer, o projeto é um grande sucesso, pois conta com 145 inscritos, de diversas faixas etárias. Serão oito horários totalmente diferentes, na piscina aquecida localizada à rua Guanabara.

Os adultos poderão usufruir logo pela manhã, a partir das oito horas. Das nove às 10 horas, ficará a turma do infantil e na sequência, das 10 às 11, a turma da hidroginástica. A iniciação terá a turma ocupando o espaço das 14 às 15, cedendo espaço até às 17 horas, para os futuros atletas que representarão a cidade em competições oficiais, o pessoal de alto rendimento.

Na parte noturna ainda existirão quatro turmas, que seria uma das 18 às 18h50 e a outra turma até às 19h30. Acentuando que houve a necessidade de dividir as turmas para diminuir a quantidade de pessoas, para que não aconteça aglomeração, já que o período noturno está muito concorrido. Assim, as turmas funcionarão de segunda a quinta, com alternância das mesmas.

NOVIDADE

A sexta-feira ficou reservada para atendimento às crianças da unidade Sílvio Sartóri, localizada na zona rural garcense, após parceria referendada entre a direção daquela escola e a SEJEL. Além da natação, serão oferecidas aulas de capoeira aos alunos, com os instrutores sendo levados até o local. A programação desta ação será definida brevemente.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

SEJEL anuncia inovações à população garcense


Mesmo neste período onde as atividades esportivas estão paralisadas aqui em Garça, a Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer segue trabalhando firme para que num futuro próximo, logo após o período de restrições sanitárias em virtude da pandemia, várias atividades possam ser oferecidas à população e o que é melhor, de forma totalmente gratuita.

Mantivemos contato com o titular da pasta, Júlio César Martins, que nos confirmou uma parceria com a Associação Vida, Luta e Cidadania, que visa o oferecimento de aulas de boxe, muay thai e jiu jitsu. "Serão 150 vagas nestas três modalidades. Cederemos o espaço para as aulas e em contra-partida, a Associação poderá se utilizar do local", numa referência à quadra anexa ao ginásio João Gonzales".

Martins acrescentou que está esperando o final das restrições em virtude da pandemia para que as inscrições sejam liberadas. "Temos que ser bastante conscientes com esses protocolos, visto que são modalidades de extremo contato físico", acrescentou.

Crianças, adolescentes, jovens, adultos, tanto masculino, quanto feminino, poderão fazer a sua inscrição e participar das aulas, que ainda não tem datas e horários definidos, já que, naturalmente, serão formadas turmas.

O secretário finalizou acentuando que esta parceria tem sido alinhavada desde o início do ano e que chegou-se a um denominador comum, onde todos sairão ganhando, principalmente a população, que poderá praticar a modalidade de sua predileção gratuitamente.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

Recordar é Viver: "Walter Barreto, um goleador implacável"


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Hoje recordamos dois times que fizeram história e marcaram época: Associação Atlética Bandeirantes e Pecuária-Cruzeiro, grandes campeões da várzea garcense, nas décadas de 50 e 60. Ao mesmo tempo, homenageamos o centroavante Walter Barretto, que envergou a jaqueta 9 dos dois times, e faleceu em nossa cidade, no último dia 2 de Julho, aos 86 anos de idade.

O Bandeirantes era presidido pelo esportista João Bento, tinha o seu campo, ainda de terra, na Vila Mariana. Para mim é o melhor time amador da história de Garça e o legitimo campeão da temporada de 1.950. Na foto veja o Bandeirantes, do ano de 1.956, que se sagrou campeão do Setor 30 do interior do Estado de São Paulo. Em pé da esquerda para direita: Tão Acorinte, Navarro, Cury, Tóti, João Alexandre Colombani e Tonhão; agachados: Hélio Moraes, Igurê, Walter Barretto, Pirajuí e Rosarinho.


O outro time é Pecuária-Cruzeiro, também presidido por João Bento, posando com a faixa de campeão da Copa dos Campeões, no ano de 1.961 - Em pé da esquerda para direita: Chiclé, Regis Lecci, Coutinho, Jafa, Orlando Antunes, Antonio Macelloni, Zé Carlos e João Bento (presidente); agachados: Tcheca Garcia, João Trinca, Walter Barretto, Nado e Luizinho.

Um dos destaque destas equipes era o centroavante Walter Barretto, um goleador implacável. Segundo apurei, ele tinha boa colocação dentro da área, e uma visão privilegiada para finalização. Outro ponto forte era o cabeceio, sempre certeiros, numa época em que a bola de capotão, era “pesada pra burro”. Incansável em campo e com muita voluntariedade, não tinha bola perdida.

Dos times acima, onde estão perfilados 23 jogadores, além do dirigente João Bento, achamos três, creio ser os únicos vivos: Rosarinho, mora em Osasco, Regis Lecci, está aqui em Garça, e Hélio Moraes, reside em Bauru. Unânimes, lamentaram profundamente o falecimento do eterno amigo de futebol e diversão em Garça, e enviaram as mensagens abaixo:                                 

João Rosário: “o Walter foi um grande amigo. Joguei muitas partidas na várzea com ele e contra ele. Fizemos uma grande dupla de atacantes no Bandeirantes, eu na ponta esquerda, ele de centroavante, jaqueta 9. Na verdade, eu sempre preferi jogar ao seu lado, pois quando fomos adversários, meu time sempre tomava gols dele. Um ótimo jogador e amigo que tive o privilégio de conviver nos tempos que morei na minha querida cidade de Garça”.

Régis Lecci: “Era o tipo de centroavante de área. Na época os atacantes não voltavam para marcar. E o Walter ficava lá na frente “enfiado” entre os beques. Tinha muita voluntariedade e cansou de marcar gols. Não somente no Pecuária-Cruzeiro, onde jogamos juntos, como também nos outros times da várzea”.

Hélio Moraes: “Jogamos juntos no Bandeirantes, do inesquecível presidente João Bento. Eu era ponta direita. Já sabia que se chegasse na linha de fundo, era cruzar na proximidades da marca do pênalti, que o Walter estava lá, pronto para desviar para as redes. Sem falar que quando eu cruzava no alto, ele que tinha boa impulsão, sabia antecipar ao zagueiro e cabecear forte no canto. Eu também admirava muito a sua voluntariedade em campo. Não gostava de perder de forma alguma”.

No lado profissional, Walter Barretto trabalhou no IBC/Instituto Brasileiro do Café, por mais de 20 anos, como fiscal. Também foi proprietário do Lava Jato Estoril, local onde a `boleirada´ da época gostava de frequentar, nos anos 70. O Estoril ficava na rua Barão do Rio Branco, por volta do nº 600, onde hoje é o Condomínio Residencial Iguaçu.


Foi casado em primeira núpcias com a Dona Lazinha, teve três filhos: Gizela, Gisleine e Waltinho (na foto). Depois casou com a Dercy, onde tiveram os filhos Ana Cristina e Netto (in memorian). Nos últimos tempos, Walter Barretto vinha enfrentando problemas de saúde. Aquela visão que tinha para marcar gol, começou a ficar comprometida a partir do ano de 2.000, e alguns anos depois, se apagaria para sempre. Mas suas jogadas e gols, jamais serão esquecidos, por quem teve a oportunidade de vê-lo atuar dentro dos gramados. 

sexta-feira, 2 de julho de 2021

Recordar é Viver: "Uma aventura de trem para conhecer o Pacaembu"


Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Esta semana todos os esportistas, amantes do futebol, foram surpreendidos com a demolição do tobogã do Estádio Municipal “Paulo Machado de Carvalho”, em São Paulo. É o progresso que chega e prepara estas surpresas. O lendário “Pacaembu”, agora será administrado pela iniciativa privada. 


A concessionária Allegra Pacaembu ganhou o direito de exploração por 35 anos. No lugar do tobogã, inaugurado no ano de 1.970, será construído um edifício multifuncional, com um moderno centro de convenções, que receberá shows e grandes eventos. A entrada principal e a arquibancada oval serão preservadas, tudo para manter a originalidade, desde a inauguração em 27 de abril de 1.940. Uma vida nova para o Pacaembu, que um dia já foi considerado o maior estádio do Brasil.


TREM DA PAULISTA:
Nos idos dos anos 70, realizei uma façanha para assistir um jogo do Corinthians no Pacaembu, numa inesquecível viagem de trem. Juntamente com mais dois amigos: Zequinha e o Buião, este falecido, resolvemos embarcar nesta aventura. Planejamos com uma certa antecedência, e fomos juntando a grana para as despesas. Em comum acordo escolhemos ver o “Timão” ao vivo, e também o show da fiel torcida. O jogo foi num sábado, às 16 horas: Corinthians x Paulista de Jundiaí. O curioso é que nenhum dos três conhecia São Paulo. Fomos com a cara e a coragem.

O trem da Paulista partiu de Garça na sexta feira, por volta das 22 horas. O Buião chegou na estação com a bandeira do Corinthians e com um mapa desenhado pelo Túlio Calegaro, mostrando o trajeto para chegar no campo. Com a grana curta, compramos passagem de segunda, banco de madeira. O trem chegou lotado de passageiros. Até Bauru fomos em pé. Lá desceu bastante gente, pois havia um entroncamento com a estrada de ferro Sorocabana e Noroeste do Brasil. Com isto conseguimos somente um banco, para duas pessoas. Resultado fomos em revezamento: dois sentados e um em pé. A cada uma hora, um levantava, o outro sentava. O vagão lotado, o trem parava nas estações, nada de alguém descer, só entrava. Era gente em pé no corredor e até nos “engates”, entre um vagão e outro. Volta e meia o Buião, ficava em pé, e balançava a bandeira do Corinthians, era mais gritos do que vaias. Poucos dormindo, a viagem prosseguindo.

Em Itirapina teve um problema de baldeação, o trem ficou parado umas duas horas. Atrasou tudo, chegamos em São Paulo eram 10 horas da manhã, descemos na bela Estação da Luz. Todos cansados da noite mal dormida, e ansiosos do que viria pela frente. Depois de um “pingado”: café com leite no copo americano e um pão com manteiga, partirmos a pé ao Pacaembu, segundo o Túlio num percurso de uns 5 quilômetros. E lá fomos nós entre ruas, avenidas e prédios, era tudo novidade.  Até que encontramos um grupo de corintianos, aí foi fácil chegar.

Nos aproximamos das bilheterias, e compramos ingressos pro tobogã, até porque era o mais barato. Assim que entramos no estádio, a primeira medida foi subir todos os degraus e ficar bem lá no alto. Os três estáticos por alguns minutos, vendo a monstruosidade de todo o campo. A torcida foi chegando, logo o campo ficou lotado, com muitas bandeiras (na época era permitido). Ao apito do `juizão´ Almir Laguna, começou o jogo, mas não vou comentar muito não. O placar final:  Corinthians 2 x 3 Paulista de Jundiaí, e o duro que foi de virada. De tudo, guardo a lembrança de um lance. O ponta esquerda do Corinthians chamava Toninho Metralha. Digamos, era mais voluntarioso do que habilidoso. Assim que o Corinthians tomou a virada, teve uma jogada para empatar, próximo do 45 minutos finais. O Rivelino dominou a bola e fez um lançamento de prima para o Toninho Metralha. Ao tentar dominar a bola, deu uma trombada com o lateral direito do Paulista. Ambos caíram no chão. O Toninho mais ágil, levantou e com três toques na bola, chegou a linha de fundo. Resolveu cruzar de “3 dedos” para o Geraldão, que estava livre na marca do pênalti. Só que bisonhamente erra e dá um bicudo na bola, que ao invés de ir na área, vem parar perto do tobogã.  O Zequinha, sentado ao lado do Buião, comentou na hora: “Acho que ele viu o Tico aqui no tobogã e cruzou para ele marcar o gol”.

Depois desta jogada a torcida corintiana levantou e foi indo embora de “cabeça inchada”. Nós também começamos a preparar a saída, que sempre é meio tumultuada depois de uma derrota. Estávamos esperando, quando aproxima de nós um senhor e o filho de uns 15 anos. Num rápido bate-papo, perguntamos como fazia para chegar à Estação da Luz. Ele perguntou, onde morávamos. Respondemos: de Garça. Na hora ele emendou: “é a terra do goleiro Waldir Perez, time do qual torço, o meu filho é corintiano. Eu levou vocês até lá perto”. Montamos numa perua Veraneio/Chevrolet e rapidinho ele nos deixou na praça ao lado da estação.

Compramos os bilhetes, retorno garantido, era só esperar o trem noturno com destino ao interior, que partia às 20 horas. Na parte de fora da estação, próximo a um bar, era vendido aquele famoso churrasco grego. Juntamos os trocados, deu 18 cruzeiros. O preço de 3 sanduíches e uma tubaína era 20. O Buião falou “No Bar do Mogami em Garça, o Tiãozinho, faz por 15, quebra esta pra nós, que estamos sem almoço e vamos viajar pro interior”. O churrasqueiro olhando pra nós aceitou a oferta. Foi nossa primeira e única refeição naquele sábado. Por sinal, estava deliciosa. Depois foi só esperar o trem e embarcar. Uma viagem bem mais tranquila, poucos passageiros. Chegamos em Garça, no amanhecer de domingo. De um lado triste, pela derrota corintiana. De outro, feliz por ter conhecido o lendário Pacaembu, o mais charmoso estádio paulistano.

Infelizmente nada foi registrado, nenhuma foto de recordação. Naqueles tempos era difícil ter uma máquina de fotografia. Mas em nossa memória está registrado para sempre.