segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Destaque Esportivo: "Quase 40 anos de dedicação ao futebol garcense"


Com a filha Thaís, em rodada do futebol suíço master
As suas primeiras participações em equipes de competição aconteceram no final dos anos 70, quando disputava os certames juvenis que eram realizados no Rebelão. No futebol amador teve grande destaque, bem como no futebol profissional, onde defendeu o Garça FC e o Noroeste de Bauru. Após passagem pelo futebol suíço, chegou ao máster, onde joga pelo atual campeão municipal, o Salec. O nosso `Destaque Esportivo´ da semana é Rinaldo Antonio Parreira, o Dinho, atleta de grande contribuição ao futebol de nossa cidade.
Sua historia teve início em 1979, no inesquecível Rebelão. Lá vestiu a camisa do Holanda, Corintinha e Flamengo. No ano seguinte, começou a defender o rubro-negro nas competições amadoras, em sua primeira incursão nos gramados garcenses. Foram quatro temporadas de muita dedicação ao time do técnico Betão Aguiar e com uma curiosidade: sempre jogando ao lado de seu irmão, o meio-campista Tuca.
Após duas temporadas de GFC, Dinho retornou ao futebol amador, defendendo o Vimec. “O Piúza me convidou e gostei muito de jogar na equipe dele”, recorda, demonstrando muito respeito ao saudoso amigo, ex-atleta e ex-dirigente esportivo de muito sucesso, grande comandante do time de vila Manolo nos anos 80.
Retornou ao Flamengo, quando em 1987 se consagrou como artilheiro do Campeonato Amador garcense, time onde iniciou como lateral-esquerdo. Anos depois, jogou ainda pelo Cavalcante, “Foi naquele Campeonato que não terminou”, referindo-se à temporada de 1994, quando o Amador não chegou ao seu final, devido a uma ação na Justiça Comum impetrada pela Santa Esméria. Logo após se tornou bicampeão amador com o Vimec, nos primeiros títulos municipais do time de vila Manolo, em 1995/96.
Naturalmente `migrou´ para o futebol suíço, onde defendeu o Juventude, Dinos e o Flamengo “Por quatro ou cinco anos”, recorda-se, até chegar ao futebol suíço máster.

Defendendo o Flamengo na decisão da Copa Lions, em 05/05/1980, na inauguração do Toyotão (5º agachado)

Tino, Dinho, Jabu e Tonho Nêgo: no Flamengo/87, sagrou-se artilheiro do Amador

No Vimec (com a bola) em flagrante do ano de 1986

Com o Flamengo, no municipal de futebol suíço de 2005 (5º em pé)
No profissionalismo, defendeu apenas duas equipes: GFC e Noroeste
Há exatos 36 anos, foi formada uma seleção amadora e dela, escolhidos alguns atletas para o Garça FC, que retornava às atividades naquele ano. “O Itamar (Bellasalma) me escolheu e fui jogar no Garça em 1984 e 85”, confirmou Dinho, lateral-esquerdo que integrou uma linha defensiva que até hoje povoa o imaginário dos torcedores que acompanharam o `Azulão´ na campanha do vice-campeonato da 3ª divisão, quando o alvi-anil foi derrotado na decisão pelo Capivariano, em Jaú, na cobrança das penalidades máximas (Carlos Alberto; Marquinhos, Pilão, Arenghi e Dinho).
Retornou ao Garça para mais duas temporadas, entre 1988/89, até se transferir para o Noroeste de Bauru, em 1990, quando disputou o Paulistão. “O técnico era o Norberto Lopes e depois veio o Dudu”, informou.
Aliás, Dinho Parreira, por mera opção pessoal, aos 25 anos, encerrou a sua atuação como atleta profissional ao final daquela temporada. Depois, só jogou no amadorismo garcense.

Na seleção amadora garcense, anos 80, um passo para o profissionalismo

Concedendo entrevista ao então repórter, Antonio Herrera, em sua segunda passagem pelo GFC
Atualmente é um dos grandes destaques do Salec no máster
Após defender o Dinos, onde conquistou todos os títulos possíveis na modalidade, Dinho se transferiu para o Salec, onde pôde ser visto sempre aos sábados à tarde defendendo a equipe que se tornou campeã municipal e da Taça Cidade de Garça.
Lá ele atuou como zagueiro, mas às vezes, também foi `incomodar´ a defesa adversária, jogando como atacante, quase sempre deixando a sua marca.
Este é o Dinho Parreira, figura extremamente afável e educada, muito bem visto por todos e considerado, sem sombra de dúvidas, um dos grandes atletas da história do futebol garcense.

Com o pai, `seo´ Antonio, e o irmão Tuca, campeão municipal master com o Dinos, em 2011

Atualmente defendendo o Salec, campeão da última Taça Cidade de Garça

domingo, 30 de agosto de 2020

Destaque Esportivo: "O dia em que o basquetebol garcense `conquistou´ o Estado de São Paulo"


O pivô Kléber, recebe o troféu pelo título histórico
O dia 12 de junho está marcado na história do esporte planaltino. Neste dia é celebrado o aniversário do título estadual do basquetebol masculino garcense, nos Jogos Abertos da Juventude, em 2004, em Osvaldo Cruz. Naquele dia, os comandados do prof. Marco Antonio Morais derrotaram São José dos Campos na decisão, merecendo uma grande comemoração em seu retorno a Garça, com carreata e muita festa.
Evento constante no calendário oficial da Coordenadoria de Esportes de São Paulo, os Jogos Abertos da Juventude daquela temporada simbolizaram uma das maiores conquistas do `esporte da cesta´, modalidade coletiva mais vitoriosa da história na Sentinela do Planalto.
Logo na fase sub-regional, Pompeia e Marília ficaram para trás, o mesmo acontecendo com Tupã e Assis, na etapa seguinte. Nos Jogos, um grupo `enroscado´ na 1ª fase, ao lado do time da casa, com grande tradição na modalidade e ainda Franca, que dispensa apresentações.
Ao total, foram oito jogos, com sete vitórias, num aproveitamento de 87,5%. A equipe, primando pelo jogo coletivo, manteve uma média de 72 pontos marcados, ante a 58 sofridos durante a campanha. Foram 12 atletas, 12 grandes heróis, que escreveram uma página inédita e memorável, na linda história do basquetebol, que ainda faturou uma prata dois anos depois, em São José dos Campos, sendo batido na decisão por Franca, e um bronze, em São Manuel/08, ao superar Suzano na disputa pelo terceiro lugar.

Eles entraram para a história: Adriano Oliveira (preparador físico/scoutista), Marco Antonio Morais, Fanta, Paulão, Kléber, Fernando, Hemanuel e Renatão (assistente); Toninho (motorista), Piauí, Lobinho, Michel, Rodolfo, Diego Guerin e Pinga

Diego, hoje funcionário do Banco do Brasil, Piauí, ex-atleta do América/Rio Preto e o ex-pivô Paulão, que defendeu Franca e Mogi das Cruzes e tornou campeão pan-americano com a seleção no Rio de Janeiro; hoje ele é técnico de basquetebol de base na Alemanha

Michel, jogando atualmente em Campo Mourão e Rodolfo, prof. de educação física em Limeira, foram os cestinhas garcenses naquela antológica conquista

Na decisão, vitória foi sobre o único algoz das fases anteriores
A equipe garcense, formada naquela temporada por atletas nascidos em 1986/88, sofreu apenas uma derrota em sua campanha `dourada´, justamente para São José dos Campos, oponente da final no ginásio João Torro Ovídeo.
No primeiro tempo, os garcenses viraram com uma confortável vantagem, 44 x 30. Sofreram grande pressão na etapa final, quando a diferença caiu para seis pontos, 61 x 55. Mas soube administrar a vantagem e vencer com muita tranquilidade no final, 78 x 62. Eis o time vencedor: Rodolfo (21), Paulão (18), Michel (15), Diego Guerin (15), Fernando Carvalho (9), Kléber, Fanta, Hemanuel, Lobinho, Pinga e Piauí. O ala/armador Rodolfo foi o cestinha do time na competição, com 13.1 ppj, seguido de Michel (11.7 ppj) e Kléber (11.6 ppj). Ainda jovem, no auge de seus 16 anos, o pivô Paulão foi o maior reboteiro, com média de 9 rebotes ppj. Relembre todos os resultados do time, campeão estadual de 2004:

1ª fase -
Osvaldo Cruz 51 x 89 Garça
Garça 78 x 47 Poá
Garça 69 x 61 Franca

2ª fase -
Sorocaba 57 x 69 Garça
Barretos 47 x 65 Garça
Garça 59 x 88 São José dos Campos

Semifinal –
Garça 70 x 50 Mogi Guaçu

Decisão – 12/06/2004
Garça 78 x 62 São José dos Campos

Após o retorno, atletas desfilaram pelas ruas da cidade, saindo da RCG, então patrocinadora da equipe

Primeira foto da equipe, após o título, em solo planaltino

 Festa, carreata e muita comemoração no retorno dos campeões
A festa pelo conquista dos Jogos Abertos da Juventude – único ouro da história de Garça em modalidade coletiva naquela competição -, que começou em Osvaldo Cruz, prosseguiu quando do retorno à Garça.
Houve grande recepção, que antecedeu uma carreata pelas ruas da cidade. No primeiro jogo após a conquista, os atletas receberam as faixas de campões, no ginásio Wilson Martini.
Os atletas e comissão técnica foram exaltados e reconhecidos pelo título, ao inserir o nome de Garça na galeria de campeões daquela competição. De uma maneira marcante.

Uma visão geral da carreata, que começou a partir da RCG

Atletas comemoraram muito o título que ficou marcado na história esportiva da cidade
Faixa do título foi entregue no ginásio Wilson Martini, dias depois

sábado, 29 de agosto de 2020

Destaque Esportivo: "Um grande colecionador de títulos do futebol planaltino"



Luiz Delfino da Cruz, o Tino
Ele começou a atuar na várzea garcense no início dos anos 80, após passagem pelo Flamenguinho, nos extintos campeonatos realizados no Rebelão. Polivalente e rápido, sem nunca desistir das jogadas, logo foi ganhando o seu espaço por onde passou, sempre conquistando títulos. O nosso `Destaque Esportivo´ de hoje é Luiz Delfino da Cruz, o Tino, que segue em atividade, jogando no futebol suíço máster.
“Eu comecei a jogar no amador em 1983 ou 84, depois de disputar os certames do Rebelão”, relembra Tino, que tem mais de 30 anos de atuação em alto nível em nossa várzea.
Tino começou a ganhar espaço no Flamengo, sob o comando do técnico Betão, onde ficou por vários anos. Títulos conquistados e com a certeza do dever cumprido, ele acabou defendendo outros times conhecidos, como o Guanabara, Centro Esportivo, Ipiranga e Vimec, onde fechou o ciclo no amador, para depois seguir para o futebol suíço.
Alguns anos depois e em plena atividade, Tino segue atuando, agora no máster, onde é atleta do Aliança.

Levantando o troféu do título de campeão pelo Flamengo, em 1987


Tino (2º em pé), em foto com o Guanabara, no antigo campo do Sanatório, nos anos 80

No Centro e Esportivo, campeão amador de 1989

“Nunca vou esquecer o título com o Ipiranga, em 1993”
 Indagado se, entre os vários títulos, algum tinha um significado especial, Tino foi logo cravando: “O do Ipiranga, em 1993”, respondeu.
Três fatos marcaram muito o atleta naquela temporada: o Ipiranga vinha de uma fila de 14 anos, o time era composto por uma base muito jovem, sendo que ele era um dos `veteranos´ e na final, a Santa Esméria era considerada a favorita absoluta.
Ressaltando que, esse título municipal ipiranguista, foi o último daquela histórica agremiação, que encerrou as atividades em 1999. E o Tino estava lá.

A memorável conquista de 1993, com o Ipiranga (8º agachado)
No futebol suíço, a mesma rotina: mais títulos
Seja como lateral, meio-campo ou atacante, o `coringa´ Tino também comemorou títulos no futebol suíço. Lá se tornou campeão com a Casa dos Parafusos (1998) e Cotrag (2000), além de ter defendido Flamengo e Paulista.
No máster, jogou pelo SEC e agora defende o Aliança, atual tri-campeão municipal.
Além de vencedor e boa-praça, nosso `Destaque´ ainda reúne características marcantes: bem-humorado, educado e incapaz de destratar o semelhante. Com todos esses predicados, ele nos orgulhou muito em permitir que pudéssemos contar a sua história. Mais um nome inesquecível do futebol garcense.

Na Casa dos Parafusos, campeão do futebol suíço de 1998

Mais uma conquista: com a Cotrag, em 2000


Atualmente no Aliança, disputando o futebol suíço master

Mais uma dos anos 80, com o Flamengo, campeão amador de 1988

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Recordar é Viver: "João Neves, o zagueiro dos gols decisivos"















Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Hoje recordamos outro jogador que teve uma grande passagem  vestindo a tradicional camisa do Garça FC: João Batista Neves Araújo. Ou  João Neves,  carioca do bairro da Tijuca, um zagueiro que jogava um bolão. 
 
Foram apenas duas temporadas, nos anos de 1.988 e 1.989, que agradou em cheio dirigentes, torcedores, e abriu as portas para o João Neves deslanchar no cenário brasileiro. Mais notadamente no futebol paranaense.

Se outrora o futebol profissional garcense, teve no Pedroso e depois Pilão, dois “becões” no melhor estilo “Deus da Raça”, criada por Rondinelli, ex-zagueiro do Flamengo, a esta altura temos que acrescentar o nome de  João Neves. Tal como os mais antigos, ele vestiu a camisa do Garça com amor e carinho. Raça, determinação e voluntariedade em campo foram os seus atributos principais.

Só que João Neves levava um pouco mais de vantagem, pois ia constantemente para o ataque, e marcava gols. A maioria de cabeça, seu forte. Tinha uma grande impulsão nas cobranças de escanteios e faltas alçadas na área. Se não cabeceasse para o gol, ajeitava para os atacantes marcar. Vale lembrar que o mais importante gol de sua carreira foi  de cabeça (matéria abaixo). Me arrisco em afirmar que o João Neves está entre os principais zagueiros artilheiros do Garça. 

CHEGADA AO GARÇA: No ano de 1.988, João Neves tinha acabado de disputar o certame carioca pelo Friburguense, e dificilmente seria aproveitado no Bangu, clube dono do seu passe, que tinha muitos zagueiros. Foi quando Márcio Rossini (que depois foi técnico do “Azulão”), então “xerifão” titular na zaga do Bangu, o aconselhou jogar no Garça. Após um telefone para o diretor Laudesmir “Galo” Marangão, tudo ficou acertado. E o presidente do Bangu, o famoso Castor de Andrade, não colocou qualquer objeção. Pelo contrário, incentivou João Neves a vir para o Garça, um time de tradição, para ele ganhar mais experiencia no futebol. Tudo acertado, João Neves pegou o “busão” até São Paulo e depois para Garça, uma cidade praticamente desconhecida. Só que segundo João Neves: “fui muito bem recebido pelos dirigentes e jogadores. Tive que retribuir em campo. O Garça tinha grandes jogadores: goleiro Mamela, Pilão, Fenê, o prata da casa Dinho Parreira, e tantos outros. Um time de respeito. Jamais esquecerei dos jogos no “Platzeck” e do calor da torcida. O Garça está no meu coração”. 

Veja uma das formações do Garça, da temporada de 1.988. Em pé da esquerda para direita: Dinho Parreira, Pilão, Itamar, João Neves, Carlos Alberto “Mamela” e Fernandes. Agachados: Barrinha, Fenê, Geraldão “Manteiga”, Dutra, Sidney Risadinha e Ditinho (treinador de goleiros).

A CARREIRA: João Neves começou nas equipes de base do Flamengo. Foi no  tradicional clube carioca que começou a vivenciar o futebol. Atuou ao lado de grandes jovens valores que depois fizeram sucesso no futebol. O mais famoso foi o Crizam César de Oliveira Filho, o “Zinho”. Depois foi negociado com o Bangu, do presidente Castor de Andrade e de “Moça Bonita”, onde  foi profissionalizado. Em seguida, emprestado ao Friburguense, depois o Garça. Até que chegou no Londrina, do Paraná, o clube onde se consagrou. Foram oito anos jogando na “Capital do Café”, onde é reconhecidamente um verdadeiro ídolo. Tal como no Garça, seu desempenho e atuações foram marcantes. Em algumas ocasiões, com o término do Campeonato Paranaense era emprestado para outros clubes, dentre os quais, o Operário de Ponta Grossa, o Tanabi, de São Paulo, onde jogou ao lado do Edilson “Capetinha”, etc. Cumprido o empréstimo, João Neves voltava para o seu querido Londrina. Atuou ao lado de consagrados jogadores: Elber, do Bayer Munique e Seleção Brasileira, Éder Lopes (Atlético Mineiro) e Matosas (ex-São Paulo e seleção uruguaia). Assim foi, até que no ano de 2.000, quando estava com 32 anos de idade, encerrou a carreira. Ainda chegou a ser técnico nas categorias de base da Portuguesa Londrinense, mas não seguiu nesta carreira.

O GOL MAIS IMPORTANTE: Tá certo que João Neves marcou gols pelo Garça e também nos times onde passou . Mas com certeza, o mais importante foi no dia 19 de dezembro de 1.992, o gol do título do Londrina, campeão paranaense daquela temporada. Na semi-final, o Londrina eliminou o Atlético Paranaense e o União Bandeirantes despachou o Paraná Clube. Foi, digamos, uma final “caipira” entre Londrina x União Bandeirantes, na decisão do título. Foram  necessários três jogos para ser conhecido o campeão, uma vez que os dois primeiros terminaram empatados: 0 a 0 e 2 a 2. No último e decisivo, vitória do Londrina por 1 a 0, gol do João Neves, de cabeça, aos 31 minutos do primeiro tempo (foto). A bola veio em “chuveirinho”, ele subiu nas alturas e testou forte no canto. 
João Neves atualmente está residindo em Londrina, onde é servidor público estadual, lotado na área de segurança/vigilância. No flagrante, veja como está o ex-craque do Garça,  posando ao lado da esposa Ednea Ramos.
Mas a melhor definição para João Neves, vem dos fãs londrinenses, como um que fez sua caricatura (foto), ou lhe mandando mensagens: “O João Neves é hoje um símbolo de luta, de dedicação e de regularidade. João Neves um leão mais uma vez. Parabéns João. O futebol ainda sobrevive por causa de jogadores como você”.

João Neves e a decisão do Paranaense de 1992, vencida pelo Londrina, com um gol de cabeça seu

Destaque Esportivo: "Um dos grandes artilheiros da historia do futebol garcense"



O simpático e sorridente Viola, um dos grandes artilheiros garcenses
Ele foi o maior goleador do futebol amador nas décadas de 50 e 60. Com sua incrível facilidade em estufar as redes adversárias, escreveu o seu nome na história. Começou cedo, aos 13 anos, e encerrou a sua trajetória brilhante, aos 51 anos. Estamos falando de Jaci Vieira, ou simplesmente Viola, um artilheiro que nunca será esquecido. Ele é o nosso `Destaque Esportivo´ do blog.
Exímio goleador, Viola é natural de Santa Terezinha, onde nasceu há 83 anos. Seu primeiro time foi a fda. Santa Esméria, onde logo começou a chamar a atenção pela quantidade de gols marcados. Veloz e preciso, raramente deixava um confronto sem vencer o goleiro adversário.
Foi o bastante para logo envergar a camisa nove de Santa Terezinha nos campeonatos regionais, isso, com apenas 17 anos. Num amistoso que serviu para preliminar de Garça x América-RP, em 1958, no antigo campo de vila Willians, marcou dois belos gols, um deles, quase do meio de campo, com a bola entrando no ângulo. Foi a senha para que fosse imediatamente convidado pelo conhecido dirigente da época, Tarorinha, para atuar no Bar Antárctica. Com Viola sendo o artilheiro máximo do certame municipal, com 12 gols, aquela inesquecível agremiação tornou-se campeã amadora de 1959.
Depois do Bar Antarctica, defendeu outras equipes bem conhecidas ao longo dos anos, como Supergaz, Bangu, Barol, Serenata e São José dos Bonini, entre outros.
Presume que foi artilheiro do futebol amador ao menos em meia dúzia de certames. Deixou muita saudade, ainda mais pela certeza que outro centroavante igual, nunca mais surgirá.


Um flagrante do Bar Antarctica, com Viola segurando a bola do jogo, há 55 anos

Na década de 60, campeão com o histórico time do Bangu (2º agachado)

O terceiro agachado, no torneio Início de 1973, jogando pelo Fluminense


Com o Serenata, temporada/71, o antepenúltima agachado, numa formação clássico de um dos maiores times garcenses de todos os tempos
Como atleta profissional, defendeu duas equipes
Em alta pelo fato de ter se tornado uma referência em termos de artilharia, Viola teve a oportunidade de se tornar profissional da bola. Jogou no Garça FC (2ª divisão) e também no Municipal de Vera Cruz (3ª divisão), numa época onde enfrentou beques duros e por vezes, desleais
Saudosista, não se esquece de grandes nomes que teve ao seu lado num campo de futebol, entre eles: Hélder Bosquê, Erônides, Edgar Souza, Plínio Dias, Rici e Morozine, a quem julga um atleta que `sabia tudo de bola´.
Regionalmente, também defendeu o Gália Esporte Clube, sempre anotando belos gols.


Viola (D), numa foto do início dos anos 60
Artilheiro encerrou a carreira em 1988
Exatamente há 32 anos, os campos garcenses deixaram de contar com o futebol de Viola. Ele parou de atuar aos 51 anos, jogando no futebol suíço, nos tempos do `terrão´.
Jogou por várias equipes, mas reserva um carinho todo especial ao Dinos, sua última agremiação. Viola hoje não acompanha mais as competições que acontecem na cidade. Durante anos teve um estabelecimento comercial, porém, agora, desfruta de merecida aposentadoria. Sempre bem humorado, Viola podia ser visto em alguns passeios por vila Rebelo, com a sua moto. 


Ao lado do saudoso Walmir Marini, que não cansava de elogiar o ex-centroavante

Juntamente com o amigo de grandes jornadas, Carlão Cabeça

Feliz, com a homenagem recebida no master garcense de 2009, quando nominou o troféu de artilheiro

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Destaque Esportivo: "Ele teve passagem marcante como dirigente do futebol suíço"



Antonio Roberto Moreno, o Bertão do Vimec
Ele esteve à frente de um dos mais tradicionais times do suíço por anos. Mas tem um historia ligada ao futebol garcense desde a década de 80, quando disputava os campeonatos de categoria de base da época.
Aventurou-se como atleta em mais algumas equipes, porém, encontrou-se mesmo como um atuante e respeitado dirigente, com passagem marcante pelo amador e no suíço. Você conhecerá a trajetória bem sucedida de Antonio Roberto Moreno, o Bertão do Vimec, nosso `Destaque Esportivo´.
Ele começou a atuar nos gramados de nossa cidade na primeira metade dos anos 80, quando jogou pelo Vilinha, então uma equipe muito conhecida na época, cujo comandante era o conhecido Noiva, que há tempos se afastou do futebol.
Residindo em vila Aracéli, aproximou-se das agremiações que existiam no bairro vizinho, Manolo. Com isso, jogou pelo Vimequinho, na extinta `segundinha´, além de ter defendido o Vijor – Vila José Ribeiro, nos início dos anos 90. Ainda atuou pelo Rebelo, no Campeonato Amador de 1993.
No ano seguinte, com o Vimec retornando às atividades após um hiato de cinco temporadas, voltou a se aproximar da equipe, logo se tornando um assíduo colaborador. Não demorou e lá esteve ele emprestando a sua competência à diretoria da equipe, maior vencedora do final dos anos 90.
Com a retirada do Vimec do amador, em 2004, Bertão, imediatamente, passou a acompanhar a agremiação homônima que representava o bairro no futebol suíço, de onde se retirou recentemente. 
Neste período comprovou toda a sua competência, galgando várias decisões e conquistas. Enfim, um dirigente que toda agremiação gostaria de contar.


No início dos anos 90, ainda como atleta no Vijor (primeiro agachado)

Outra equipe que contou com o seu futebol: Rebelo, em 1993 (quarto em pé)
Dirigente se tornou `campeão de tudo ´
Atuando como diretor do Vimec, quando esse disputava o Campeonato Amador, Bertão Moreno comemorou títulos e mais títulos, quer seja no municipal, como na Copa Lions.
Porém, durante o período que está no suíço, alcançou as maiores vitórias. Faturou os títulos municipais de 2007/09/10/11/12, além da Taça Cidade de Garça em 2008, 2014 e 2016. Também se tornou campeão da Copa Uniradio em 2012/13. Resultados que apenas serviram para mostrar a sua dedicação e séries de acertos que culminaram em resultados altamente positivos, que nunca serão esquecidos em vila Manolo. Aliás, com todas essas conquistas, o Vimec se tornou um dos times mais vitorioso da modalidade em todos os tempos.

Ao lado do ex-atleta do Vimec, Éverton, comemorando mais um título

Sempre participando das reuniões técnicas da SEJEL, no início de cada temporada

Vimec, campeão municipal de 2012, e lá estava o Bertão recebendo o troféu Adão Rocha

Com os amigos comemorando mais uma conquista em confraternização realizada no Clube da 3ª Idade, em temporada anterior

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Destaque Esportivo: "Uma dedicação de meio século ao esporte garcense"



Sérgio De Stefani: aplausos por sua bela contribuição ao esporte garcense
Ele é uma rica página viva da história do esporte garcense. Nascido em 1930, apresenta uma memória incrível e uma empolgação tocante, quando o assunto é o segmento que tanto se dedicou, quer seja como atleta, técnico ou ainda dirigente esportivo. Nosso `Destaque Esportivo´ é o prof. Sérgio De Stéfani, praticamente 90 anos de uma vida saudável, com muita dignidade e respeito junto à comunidade esportiva da cidade.
De Stéfani começou a se envolver com o esporte ainda no anos 40, quando se tornou um esforçado atleta, inicialmente de futebol. Na década de 50, defendeu o Bancários e depois passou pela AA Bandeirantes, o grande esquadrão daquela época.
No basquetebol, inicialmente atuou como jogador, para depois se tornar técnico das equipes feminina e masculino do Garça Tênis Clube.
Esse professor de educação física formado em Bauru, foi árbitro do nosso amadorismo e dirigente esportivo municipal, comandando a CCE – Comissão Central de Esportes e também a DETUR – Divisão de Esportes e Turismo. Em 1964 e 1988, quando Garça recebeu os Jogos Regionais, foi o responsável pelo Comitê Organizador, recebendo elogios por sua atuação.
Por muitos anos, foi diretor do CPP – Centro do Professorado Paulista, entidade onde teve atuação destacada desde 1984. Enfim, um atleta, treinador, dirigente, assistente de direção e diretor de escola, exemplar chefe de família, que não consegue ficar longe de seus netos, palmeirense convicto e fanático, que contribuiu como poucos para o desenvolvimento do esporte em nossa cidade. Uma figura ímpar e honesta, que merece aplausos por tudo que fez e que por isso merece ter o nome sempre lembrado por todos os esportistas planaltinos.


Dirigindo o time masculino de basquetebol garcense, onde faturou três Jogos Regionais

À direita, posando ao lado do quadro de árbitros das competições do início dos anos 70

Ao lado de Nélson Carvalho de Souza, atuou na CCE, depois na DETUR


Sérgio De Stefani (2º, da dir. p/ esq.) em abertura do Torneio Início do futebol amador no ano de 1973
Jogos Regionais e Abertos: um capítulo à parte na atuação do prof. Sérgio De Stéfani
Sérgio De Stéfani sempre se caracterizou por ser um exímio competidor. Por isso, comandou equipes fortes, de alto nível, que alcançaram grandes resultados.
Ele se tornou campeão em quatro oportunidades, como técnico do basquetebol feminino nos Jogos Regionais e outras três do masculino. “Eu comecei com o feminino, mas depois o Humberto Casagrande e o Erônides me convidaram para o masculino e eu fui”, relembra, com uma ponta de orgulho.
No feminino, foi o treinador da saudosa Laís Elena Aranha, que por anos foi treinadora do basquetebol feminino de Santo André, campeã estadual e nacional na modalidade, bem como da inesquecível professora Terezinha Barganian, atleta que se tornou 11 vezes campeã dos Jogos Regionais defendendo Garça.
Ele se lembra que ainda disputou três Jogos Abertos do Interior: Santos, Piracicaba e Sorocaba. “Eu me recordo que nos Jogos de Piracicaba, estávamos enfrentando o basquetebol feminino da casa, o mais forte do país, e chegamos a virar o 1º tempo em vantagem. Depois, o juiz complicou e acabamos perdendo”, comenta, revelando a sua verve contestadora, mesmo tantas décadas depois.
Ele se despediu do esporte garcense no ano 2.000, quando respondia pela Divisão de Esportes. Mas não sem antes comemorar os títulos do basquetebol – masculino e feminino – conquistados em Ourinhos, na cat. 21. Aliás, naquele ano, Garça foi a única cidade de todo o Estado a conquistar o lugar mais alto do pódio nos Regionais, nos naipes masculino e feminino, resultado que lhe valeu a classificação para os Jogos Abertos do Interior, em Santos.

Jogos Regionais em Ourinhos/2000: ao lado da equipe feminina, campeã com todos os méritos

Ainda naquela inesquecível temporada, com o masculino, igualmente campeão da cat. 21
Palmeiras: uma paixão esportiva de décadas
Sérgio De Stéfani é torcedor fanático da Sociedade Esportiva Palmeiras, time que acompanha de perto há décadas. A sua paixão pela equipe de Palestra Itália é tamanha, que ele se aventurou, quando da primeira passagem de Felipão pelo time de Parque Antárctica, a manter contato com a Assessoria de Imprensa alviverde, contestando, em várias ocasiões, a escalação de alguns atletas.
“O Palmeiras tomava muitos gols pelo lado esquerdo”, relembra, citando o seu maior alvo nas críticas, o ex-lateral Júnior, pentacampeão mundial de 2002.

Serginho De Stefani, César Maluco, prof. Sérgio, Ademir da Guia e Nilson Bastos Bento

Ao lado do filho Serginho, na capital, tendo ao fundo as obras da nova arena palmeirense