Por Wanderley `Tico´ Cassolla
O futebol suíço é a bola da
vez em nossa cidade. Tanto o suíço como o master estão atravessando um
grande momento. E isto não é de hoje. Vem desde os tempos do “terrão”, nos
campos atrás do Hospital São Lucas. Depois, com a construção do
belíssimo Conjunto Poliesportivo “Manoel Gouveia Chagas” a modalidade emplacou
de vez e está “pegando fogo”.
Agora você saberia responder o porquê da denominação “futebol suíço”? Com certeza não. Nos outros lugares a
modalidade é conhecida como futebol society, mini-campo, futebol de sete, até
mesmo “pelada”. Mas futebol suíço não existe em nenhuma outra cidade. Somente
aqui em Garça. Pode procurar no google. Então fomos verificar o
porquê deste nome. Primeiro recorremos ao arquivo do Jornal Comarca e não
encontramos de jeito nenhum.
A próxima etapa foi
conversar com antigos esportistas, praticantes da modalidade desde o início. Já estávamos até desistindo e
nada. Até que chegamos ao José Carlos de Lima, que nos passou uma informação
bem abalizada. Segundo o conhecido ‘Carlinhos Policia”, tudo começou no inicio
dos anos 70. Mais precisamente no dia 04 de abril de 1971, quando da fundação do time da Eletrônica, que
começou a jogar no campo que havia no interior do bosque municipal, onde hoje
está a SAMA (Secretaria Agricultura e do Meio Ambiente). Na época o garotinho
Pedro Habache Jr., passou a acompanhar a Eletrônica e sempre levava seu avô, com raízes
européias, da região suíça. Este por sua vez comentava, a beira do campo, em
tom de brincadeira: “este futebol de campo pequeno, nem na Suíça tem”. E os jogadores retrucavam, não davam moleza
pra aquele senhor, alegre e brincalhão:
“O sr. suíço isto aqui é que é futebol”.
Na época o Carlinhos Polícia
namorava a irmã do Pedro Habache (na foto a direita), e até para fazer aquela “média”
com a nova família sempre falava: “Vamos lá no campo do bosque jogar um futebol
pro suíço (se referindo ao avô do Pedrinho, que não perdia um jogo sequer)”.
Pouco tempo depois organizaram um torneio com a Eletrônica, Kosminho,
Expressinho da Rádio, Irmãos Oliveira, Lojas Yamaki e Farmácia Moderna, que
ficou conhecido como “campeonato do futebol suíço”. A partir daí o nome pegou e ficou pra sempre.
Recordamos uma das formações
do outrora tradicional time do Alfa, do presidente Fernando Lopes, que no mês
de setembro de 1992 jogou na cidade de Tupã.
Em pé da esquerda para direita: Toninho Ribeirão (dirigente do Rial),
Pedro Habache, Carlinhos Lima, Cezinha, João Habache, Plínio Dias e Wladimir; agachados: Cláudio Alves, Zé Bicha, João Alves, Tonho Nêgo, Mirão, Sardinha e
Cido Alves. Como curiosidade este jogo marcou a despedida dos gramados do
atleta Plínio Dias, grande defensor do Garça FC e de bons times amadores. E
também foi a última vez que os irmãos
Alves jogaram juntos: o João, Cido e Cláudio (falecido).
Na outra foto a gloriosa
Eletrônica, na
década de 80. Em pé da esquerda para
direita: Dagoberto, Carlos Alberto, Magno "Bidu", Carlão, Carlinhos
Polícia, Adão, Rachid e o mascotinho
Rachidinho; agachados: Acácio, Zé dos Santos, Zezo, Nicola Rosário,
Tonhá e Aníbal Bonfim. O Carlinhos Polícia foi um “peladeiro” em
potencial, jogou na Eletrônica, durante toda a sua existência, e depois na
Fitotécnica. Já o Pedrinho Habache defendeu as cores do Alfa, Eletrônica,
Gartec, Casa dos Parafusos e Casa Estrela.