sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Recordar é Viver: "Garça, feliz aniversário"



Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Com a correria do dia-a-dia e a dura fase desta pandemia até estávamos esquecendo de uma data importante do futebol profissional: o aniversário do Garça FC, no último dia 15 de fevereiro. Se estivesse com um time montado, participando de competições oficiais, o “Azulão” estaria apagando 56 “velinhas”. 

Fundado no dia 15 de fevereiro de 1.965, o Garça manteve a ultima equipe até o ano de 2.004. Mas não foi de forma ininterrupta, teve alguns intervalos onde a bola não rolou nos gramados. Quanto a volta do Garça, todos sabemos é bem difícil. O futebol hoje vive uma outra realidade. Se os considerados “times grandes” do Brasil, enfrentam dificuldades de todos os tipos, principalmente no lado financeiro, já da para imaginar o quanto é complicado “tocar” futebol em cidades do interior, principalmente as de pequeno porte, como é o caso de Garça. 

Como ninguém sabe o que vai acontecer no dia de amanhã, não se pode descartar jamais uma possível volta do Garça algum dia. Torcida é que não falta. Só lembrando que o futebol profissional começou em meados de 1.932, quando nasceu o Garça Esporte Clube.

Quando da fundação, por falta de campo com dimensões oficiais e de acordo com as exigências da Federação Paulista de Futebol, optou-se por participar do campeonato amador do Estado.  O símbolo escolhido: GFC dentro de um losango. Na década de 90 os dirigentes da época trocaram por uma “garcinha voando”. No início o Garça mandava os jogos no Campo de Vila Williams, que se fosse hoje, estaria localizado bem em frente o Hospital São Lucas. Grandes duelos foram travados ali com jogos sempre de casa cheia. No dia 04 de outubro de 1.966, foi inaugurado o Estádio Municipal “Frederico Platzeck”, onde o Garça passou a jogar. Hoje, infelizmente, o campo está fechado e interditado.  

As principais conquistas: campeão da 4ª série no ano de 1.968, campeão da 3ª Série em 1.969, campeão da 2ª Divisão do Estado em 1.969, campeão da série “Arthur Friedenreich em 1.971, vice-campeão da 3ª Divisão em 1.984, vice-campeão da série B1-B em 1.995. Em 1.996, terminou como terceiro colocado da Série Bl-A, o que valeu a ascensão à série A-3, uma espécie de terceira divisão do Estado. Os vice-campeonatos conquistados em 1.984/95 e a terceira colocação em 96, valeram ascensão à divisão superior.

Na semana passada recebemos uma bonita e inédita foto memorável Garça, de início de 1.970, numa lembrança que o esportista Walter Pavani, guardou com carinho por muitos anos. Em pé da esquerda para direita: Cláudio Belon, Ari Lima, Abegar, Bô, Lula e Zinho; agachados: Toninho Bodini, Itamar Belasalma, Helinho, Rogerinho e Davi. Quem seria o mascotinho? Segundo o são-paulino e torcedor Odair Krugner “este time foi um dos melhores que ele viu jogar. Era um time técnico e competitivo, com um elenco de ótimos jogadores”.






GRANDES GOLEIROS:
Por tradição, o Garça FC. sempre teve grandes goleiros, que reuniam condições de jogar em qualquer time. A maior revelação foi sem sombras de duvidas, Waldir Peres de Arruda. Muitos outros marcara época: Chola, Serginho Zancopé, Navarro, Roberto, Lula, Belmiro, Mario “Loco”, Jair Proença, Luizinho Andrade, Silvio Maciel, Jorjão do Prata, Carlos Alberto “Mamela” e Franz. Veja como estão (ontem e hoje), três “guapos”, que envergaram a jaqueta 1 ao longo dos anos: Júlio Cesar Martins (do grande time de 2.000), Francisco Cefaly Neto, o Chiquinho (anos 70), o único a marcar um gol de goleiro em goleiro no “Platzeck”. E Plínio Cabrini, que preferiu os estudos a prosseguir na carreira profissional. 

Você sabia que o goleiro é o único jogador a ter uma data comemorativa? Já é diferenciado pois no time é o único que pode utilizar as mãos. Pois bem, o dia do goleiro é comemorado no Brasil dia 26 de abril. A data foi instituída em  homenagem a Hailton Correa de Arruda, o “Manga”, um dos grandes  goleiros da história do futebol brasileiro, com uma brilhante carreira entre 1.955 à 1.982.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

SEJEL tem nova Comissão Disciplinar constituída



Mesmo com todos os certames oficiais do municípios parados devido à pandemia do COVID-19, a Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer se movimenta pensando no retorno dos eventos constantes no calendário oficial.

Desta maneira, foi divulgada oficialmente a nova composição da Comissão Disciplinar, órgão que será responsável pelos casos de indisciplina que venham ocorrer no suíço, master e futsal. Também a JJD - Junta de Justiça Desportiva (instância superior), teve sua composição definida. Acompanhe a nova formação:

Comissão Disciplinar - CD

Presidente - Gizele Bernardo de Lima

Secretário - Fábio de Souza Marangon

Membros Titulares - Júlio César Martins, Fabiano de Oliveira Gomes e Paulo Roberto Sakatauskas;

Membros Suplentes - Reginaldo Moretti, Carlos E. L. L. Soares e Rodrigo Dantas do Nascimento.

Junta de Justiça Desportiva - JJD

Presidente - Rafael de Oliveira Citá

Secretário - Juliano Pereira de Andrade

Membros Titulares - Adalberto Vargas Tosi, Fábio Bonassa e Alcides Ângelo Gamba Netto

Membros Suplentes - Joaquim Pereira do Nascimento, Veronílson Hipólito Correia e Eduardo Chaves Cabrini.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Mountain Bike: atleta garcense conquista ótimo resultado em tradicional competição

 

Tradicional evento foi realizado em Pirapora do Bom Jesus, com o garcense ficando com a 2ª colocação

Acostumado a estar em nosso blog em virtude da sequência de ótimos resultados, o jovem garcense Arthur Fillip fez bonito no final de semana, quando participou da etapa inicial da Copa FBR, muito conhecida na modalidade.'

De acordo com Arthur, "Foi a prova mais difícil que já participei em minha vida, com terreno muito rochoso, íngreme e técnico, muito diferente do terreno de nossa região". E prosseguiu: "Mesmo com todas as dificuldades consegui chegar em 2º lugar na categoria `Junior Pró´ e por isso estou muito feliz com o resultado, já que na semana que antecedeu a prova, eu não consegui treinar nenhum dia por motivos particulares . Além disso, logo na quilômetro 10, errei uma curva em uma descida e caí. Mas já  dizia o ditado: cair faz parte e levantar é arte!".

Arthur agradece o apoio e incentivo dado pelos patrocinadores:

@ppa_brasil

@deletrodistribuidora

@mineubern
@renato.seabra

@seabrabikes
@fleximoveis

@nutrifernandoferreira

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Mais um `manto sagrado´ do terrão, que ainda não tem data para começar

 Enquanto o futebol de areia da comunidade Araceli/Beira-Rio aguarda com muita ansiedade a liberação para o pontapé inicial do campeonato de 2021, que ainda não tem previsão devido ao Plano São Paulo do Governo do Estado, as equipes vão se movimentando do jeito que podem.

É o caso do Aracéli que nos enviou seu uniforme oficial para a temporada. É com enorme satisfação que mostramos a você mais este `manto´. Confira: 




Recordar é Viver: "Sempre é Carnaval"









Por Wanderley `Tico´ Cassolla

“Que faaaase”! Aproveitando o famoso bordão do narrador esportivo  Milton Leite, até esquecemos de falar do carnaval. Tradicionalmente todos os anos, abrimos espaços na coluna, para referendar a maior festa popular brasileira. Também pudera, o momento que estamos passando com esta pandemia do coronavírus, nos levou a isto. Foi a primeira vez que não teve a festa do carnaval no Brasil, desde quando a folia aqui chegou no período colonial, a partir do ano de  1.530. 

Nem mesmo as guerras mundiais (1.914 à 1.918 e 1.939 à 1.945) e a terrível gripe espanhola (1.918 à 1.920) cancelaram o carnaval. Pelo contrário, o carnaval de 1.919, é reconhecido pelos historiadores até hoje, como o maior de todos os tempos. Este ano não foi possível. O carnaval passou e ninguém viu. Em 2.022 irá acontecer? Só tempo e a vacina poderão dizer. Era comum reproduzirmos as tradicionais marchinhas carnavalescas, que na atual conjuntura não iria dar samba. Então aproveitando um post do são-paulino Marcos Fidêncio, reproduzimos a memorável crônica de Vinicius de Moraes.

Acabou nosso carnaval

Ninguém ouve cantar canções

Ninguém passa mais

Brincando feliz

E nos corações

Saudades e cinzas

Foi o que restou

Pelas ruas o que se vê

É uma gente que nem se vê

Que nem se sorri

Se beija e se abraça

E sai caminhando

Dançando e cantando

Cantigas de amor

E no entanto é preciso cantar

Mais que nunca é preciso cantar

É preciso cantar e alegrar a cidade

A tristeza que a gente tem

Qualquer dia vai se acabar

Todos vão sorrir

Voltou a esperança

É o povo que dança

Contente da vida

Feliz a cantar

Porque são tantas coisas azuis

E há tão grandes promessas de luz

Tanto amor para amar de que a gente nem sabe

Quem me dera viver pra ver

E brincar outros carnavais

Com a beleza

Dos velhos carnavais

Que marchas tão lindas

E o povo cantando

Seu canto de paz

Seu canto de paz

Para matar um pouco de saudades, recordamos flagrantes dos bons tempos do carnaval garcense do passado. Dois foliões e passistas de categoria: José Luiz “Português” e o Claudiomiro da Silva Vicente, o “Sarará”. Sem falar que eles foram bi-campeões amadores jogando no Induscômio, nas temporadas 1.972/73. Uma dupla de atacantes boa de bola. 

Veja o Zé Luiz, como mestre sala da Escola do Grêmio Teatral L. Fróes, na Rua Carlos Ferrari, com a porta bandeira Rita. Já o mestre sala Sarará, ao lado de filha Liliam, e da porta bandeira da Escola de Vila Salgueiro, aguarda o momento para mostrar samba na Carlos Ferrari. 

Na outra foto, o Induscômio campeão. Em pé da esquerda para direita: Fontes, Osni, Corinho, Washington, Reinaldo Portelinha, Silvio “Goiano” Peres e Carlão; agachados: Zé Luiz, Sarará, Béia, Jonas Zago e Péba. No outro flagrante, veja em foto recente, o Zé Luiz e o Sarará, dois craques da bola e do carnaval garcense.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Recordar é Viver: "Valdemar Zimiani, um técnico campeão regional"






Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Falar que o pirajuiense Valdemar Zimiani foi o maior político da história de Jafa, o local que escolheu para morar, todo mundo já sabe. Assim como todos sabem que o Zimiani chegou à região do Distrito de Jafa no ano de 1.946; que é o vereador com maior longevidade na Câmara Municipal de Garça; que ocupou uma cadeira por 8 mandatos, totalizando 34 anos na vereança, iniciado no ano de 1.977; que no ano de 1.990, participou ativamente da elaboração da primeira Lei Orgânica do Município; que o seu último mandato foi em 2.012, quando foi eleito com 332 votos; que ocupou de forma inédita o cargo de subprefeito no distrito de Jafa; que viveu para a política, servindo a população, e não sobreviveu da política; que no ano de 2016, por aprovação unânime da Casa, Valdemar Zimiani foi homenageado com o título de “Cidadão Garcense”; que a sua atividade principal foi a de barbeiro; que era um profundo conhecedor do futebol; que era um são-paulino fanático; que tinha como ídolos Pelé, Pedro Rocha, Waldir Peres, Gérson, Raí, Cafu, Careca, Kaká e como técnico, Telê Santana; que colaborou, em muito, com esporte jafense. 

Agora que ele foi um técnico campeão, pouca gente deve saber. Hoje vamos recordar a memorável conquista do técnico Valdemar Zimiani à frente da Esportiva Jafense, naquele que é considerado o mais  importante título da história do futebol de Jafa.

JAFENSE CAMPEÃ REGIONAL: O Distrito de Jafa sempre teve bons times e jogadores. Nos anos 50, quem não se lembra de Cido Tramontini, os irmãos João e e Tonhão Trinca, Aníbal Bonfim, Zé Devito, dentre outros. Depois nos anos 80/90, não podemos deixar de mencionar o goleiro Ramon, os irmãos Dione e Miau Fiorentino, Jaiminho Cabrini, o centroavante Zé Airton, etc.

Mas uma equipe que marcou época, foi a da  temporada 1.966/67, cujo grande técnico e maestro era Valdemar Zimiani. Ele montou um time com “pratas da casa" e de Garça, que se consagrou,  merecidamente, campeão amador regional. Na época a Esportiva Jafense disputou o setor 5, com sede em Marília, evento promovido pela Federação Paulista de Futebol. Veja a histórica foto dos jogadores campeões, perfilados em pé: Zé Carlos (goleiro), Silvio Tofoli, Otoniel, Claudião, Carlinhos Faria, Luiz Paulo Peres, Carlinhos de Lácio, Teruel, Corinho, Cateto e Bidiu.

A final reuniu a Esportiva Jafense e o Amador do Garça (representado pelo Bangu),  disputada em campo neutro, no Estádio Paulo Guerreiro Franco, em Vera Cruz. Vitória de goleada da Esportiva Jafense pelo placar de 4 a 1, com todos os gols marcados pelo centroavante Claudião, no goleiro Waldir Perez, que estava iniciando a carreira.

Até hoje esta conquista é lembrada pelos jogadores que estiveram em campo. Cateto, volante, camisa 5: “O nosso time era muito bom, disputamos um grande campeonato, o técnico Zimiani, foi um dos trunfos nesta conquista. Ele primava pela disciplina, e não dava moleza para os jogadores”. Corinho, meia esquerda, camisa 10: “Graças ao nosso técnico Zimiani, e a união dos jogadores, fomos campeões, enfrentando fortes cidades da região, Marília, Pompéia, Vera Cruz, Ocauçu, Lupércio, dentre outras”. Bidiu, ponta direita, jaqueta 7: “A Jafense jogava como se fosse por música. Era um time bem jovem, com muita técnica. E graças ao técnico Zimiani, um verdadeiro estrategista, que sabia orientar e comandar os jogadores”. Zé Carlos, goleiro, jaqueta 1: “O Zimiani tinha domínio no grupo de jogadores. Mas também ouvia muitos os jogadores. No jogo final, estávamos perdendo por 1 a 0. Até que pedi para ele colocar o Cateto, que estava no banco, ele atendeu e deu certo. O Cateto entrou e articulou as jogadas para o meu irmão Cláudio,  marcar 4 gols em apenas 12 minutos”.

Decorridos quase cinquenta anos, o trio campeão  se encontrou na Festa das Cerejeiras, para um agradável bate-papo, recheado de emoções e saudosismo. Da esquerda para direita: Zimiani, Corinho e Bidiu. Depois, o ultimo flagrante feito pelo Victor, no interior da residência do Zimiani, em Jafa: “Esta foto foi a poucas horas de tudo acontecer. Meus últimos momentos e o senhor alegre falando: “Tô melhor que o SPFC”,  rsrsrsr. Obrigado por tudo. Descanse em paz. Cuida daí de cima, junto com a mamãe. Te amo. Meu herói. Homem digno. Obrigado pelo pai que foi. Saudades eterna”.

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Um novo desafio que foi aceito!

 


Comunico oficialmente que, como funcionário público municipal, deixo de prestar serviços junto à Secretaria da Juventude, Esportes e Lazer. 

Foram anos a fio, procurando realizar um bom trabalho, mesmo com as dificuldades inerentes à pasta. Para completar, uma pandemia que `travou´ por completo o esporte e o que é pior: sem qualquer perspectiva a curto ou médio prazo. 

Retornarei ao esporte, certamente, algum dia. Mas por ora, atendendo a convite feito por pessoas que estimo e prezo muito, estarei atuando em outro segmento público, em desafio interessante e estimulante. 

Deixo claro que continuarei com o blog, mesmo com todo esporte garcense completamente estagnado. Seguirei tentando levar as informações à comunidade esportiva, até porque este espaço é uma grande referência na área.

E tem mais: não deixarei, sob hipótese alguma, o basquetebol, utilizando-se de horários alternativos para os treinamentos. Porém, sem saber divulgar quando os mesmos retornarão devido ao momento crítico que vivemos.

Assim viro uma página em minha vida profissional, desejando àqueles com quem mantive contato na SEJEL, muito sucesso e realizações.

Até um dia!

Você já viu alguém aquecer deste jeito?

 Recebi um vídeo bem interessante de um atleta se preparando para entrar em campo durante uma partida de futebol. 

De uma forma bem chamativa, ele se `aqueceu´ de um jeito nunca visto antes. Você seria capaz de responder se já viu alguém fazer todos estes movimentos antes de entrar em campo?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Recordar é Viver: "Agamenon, um futebol guerreiro"







Por Wanderley `Tico´ Cassolla

Com certeza ele está entre os jogadores que mais vestiram a camisa do Garça: Agamenon Soares Galvão, o ex-zagueiro que chegou em Garça para não sair mais. Na noite da última quinta feira partiu para um plano superior. Deixou os gramados da terra definitivamente. Foi “convocado pelo Grande técnico” para acertar a defesa do time lá de cima. E que reforço de peso a zaga ganhou! Uma coisa é certa: vai ser mais difícil a rede balançar.

A cidade ficou mais triste. Os esportistas em geral, amantes do futebol dos bons tempos do Garça, lamentam o falecimento do Agamenon, que agora virou um eterno ídolo.

O Agamenon foi um daqueles jogadores que chegou em Garça e não saiu mais. A raça deste nordestino, nascido no dia 01/12/1938, na cidade de Quebrangulo, Estado de Alagoas, se engajou plenamente em nossa comunidade, em todos os aspectos. No trabalho “forte que nem um ferro”, até porque foi um excelente ferreiro. No futebol, um espetacular zagueiro, com muita raça em campo, que vestiu a camisa do Garça com muito amor e carinho. A sua trajetória no futebol profissional foi estupenda: uns 20 anos, entre as décadas de 50 e 60, época romântica do esporte bretão na cidade. Está num seleto grupo de jogadores, que fez parte dos memoráveis esquadrões do Garça Esporte Clube e Garça Futebol Clube.

A sua dedicação era tamanha que sempre foi titular absoluto na lateral direita. Numa ocasião, ao disputar um lance, trincou o osso da perna. Não se fez de rogado, nem pediu substituição. Jogou praticamente todo o segundo tempo com a perna quebrada. Assim que terminou o jogo foi direto para o hospital engessar a perna. E contente da vida, nada de reclamação e dor, pois o Garça conseguiu uma importante vitória diante do São Bento de Marília, no tradicional e mais esperado derby regional.

Recordamos uma das formações do Garça EC da temporada de 1.958, na época comandado pelo técnico Moacir. Em pé da esquerda para direita: Agamenon, Aldo, Adilson, Xisto, Altamiro e Dadico; agachados: Haroldo, Vicentinho, China, Cecy e Plínio Dias.

Como um grande futebolista, depois que encerrou a carreira no profissional ainda se aventurou na várzea e teve uma rápida passagem no futebol suíço, na época do “terrão”, nos campos atrás do Hospital São Lucas. Aí já veterano, por puro lazer, mas com o mesmo futebol de antes, de muita garra e disposição. Não podemos esquecer também que sempre colaborou com as entidades sociais da cidade. Num trabalho prestativo e voluntário.  

Na outra foto ao lado do goleiro Waldir Peres, que ele viu crescer no futebol. Neste encontro o Waldir relembrou que quando começou a treinar no gol do Garça, não gostava de defender os chutes do Agamenon. “Ele batia bem e muito forte na bola. Era cada “canudo”, que as vezes nem via a bola passar. Com o Agamenon aprendi muita coisa, que muito me ajudaram na minha vida de goleiro.

No outro flagrante, quando foi homenageado no Garça Tênis Clube, por ocasião de mais uma edição do campeonato de pênaltis, promovido pelo esportista Enéas Filho. Na ocasião ele também cobrou um pênalti e marcou o gol no corintiano Ricardo Conessa, improvisado de goleiro. Também foi homenageado no futebol suíço. Outra bonita lembrança foi no suíço master de 2.009, quando o troféu de campeão levou o seu nome.  

Como bem disse o são-paulino Dr. Caio de Almeida, amigo e fã de carteirinha de seu futebol: “realmente a cidade hoje chora. O Agamenon, dentro de sua simplicidade, era uma pessoa encantadora. Garcense de excepcional personalidade defendeu com a alma a sua terra. Profissional dotado de postura invejável, sério, responsável, de honestidade exemplar, naturalmente, será lembrado como exemplo de cidadão probo. Meu amigo, que Deus o tenha”.

Aos familiares do Agamenon a nossa solidariedade. Podem ter certeza que a sua jornada foi cumprida com muito amor e afabilidade a família, amigos e os fãs do futebol. Agora o Agamenon “subiu” e foi jogar bola lá no céu. Mas ficará por todo o sempre incrustado no carinho, no coração, na ternura e na sinceridade do nosso cantinho da saudade.